terça-feira, 23 de abril de 2013

Que reste a gente

Queria reaparecer com um texto bonito, falando de tantas das coisas boas que existem e me vivem. E por isso, me envergonha de permanecer em palavras de confusão, visto que estou em uma sociedade onde a dor deve ser evitada e, sobretudo, escondida. Não. Continuo perseguindo soluções pra problemas que só existem dentro da minha cabeça. Inventando diálogos e fórmulas exatas, mesmo desconsiderando o fato de existir exatidão. Continuo perseguindo o inatingível, o impossível, o improvável. Sonhando com dias em paz e noites de abraços sem vãos de incertezas, sem espaço para poréns, sem memória pros desgastes. Poderia querer apagar dias, algumas noites especialmente, mas prefiro pensar que sou constituída muito mais pelo que não sou do que pelo que sou. Prefiro pensar que as pedras no meu caminho, os buracos da estrada, os murros em tantas facas foram o que me trouxeram até aqui. Foram o que me trouxeram pra dentro do teu abraço. Não importa, sei que tudo se ajeita quando se trata do nosso amor. Sei que tudo cabe dentro das nossas pupilas, por mais apavorante que seja ver. Sei que no fim, tudo que vai restar será o amor. Espero sinceramente, que seja o nosso.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Há dores que ninguém entende, nem quem sente. Há muito mais na tristeza de olhar pro lado e não refletir o que é esperado, o que já existe em outro ser, do que se possa supor. Há tanto medo na solidão depois que se vive sendo mais de um. Há um aperto muito maior no coração do que eu jamais imaginei existir.