terça-feira, 26 de julho de 2011

É que eu ainda tenho tanta coisa pra viver, tanta vida pra conhecer e isso me atrai tanto. Cada nova pessoa, um novo mundo, um mundo inteiro de possibilidades, verdades, contrariedades. Vejo em cada um que vejo, um novo país a ser descoberto, um novo lugar a ser habitado, uma nova barreira desfeita, uma virgindade tirada. Como se o primeiro "oi" trocado pudesse mudar todo um destino.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Antes que termine a poesia.

Eu não faço idéia do que você pensa agora e é exatamente isso que me intriga: sempre que acho que te decifrei, você muda tudo. Em mim, em você, no meu dia. Mais que isso, na minha vida.

Você é a contramão do meu futuro idealizado e mesmo assim eu insisto em te seguir, mesmo assim eu insisto em te querer e te pedir que venha pra mim e cuide dos meus dias enquanto eu cuido de você. Mesmo assim eu durmo sonhando com nosso corpo entrelaçado debaixo do lençol em noites quentes, mesmo assim eu refaço mentalmente o desenho da sua boca e o contorno dos seus olhos e a graça das suas falas. E mesmo assim eu fico aqui procurando meios para que o tempo passe, as distâncias diminuam e eu encontre logo o seu abraço apertado pra então, enfim, minha alma sorrir, meu coração sentir paz.

Eu não quero nada de você além da sua presença na minha vida, além das suas pegadas nos meus passos, da sua mão enroscada na minha. Além do meu coração sendo o seu coração.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dia do amigo.

Faz algum tempo que venho pensando no quer seria realmente um amigo. Um sábio, uma vez, disse-me que os amigos de verdade podemos contar nos dedos de uma mão, que amigo, é aquele que permanece ao seu lado, sob qualquer circunstância e te ama independente de qualquer coisa. Concordo. Amigo, amigo mesmo, nesse sentido, é artigo raro no mercado de amizades instantâneas e comodismo de hoje em dia.
Entretanto, fiquei a pensar que se amigo é mesmo algo tão raro, o que explica o fato de eu sempre poder contar com alguém em todos os momentos da minha vida? Não necessariamente a mesma pessoa. Mas alguém que me empresta os ouvidos num momento de tormenta mesmo sem grandes intimidades, é o que além de amigo? Alguém que faz a sua noite valer a pena, que divide álcool e confissões de bêbado, não é amigo? Quem deixa o namorado (a) pra ficar com você vendo filme em dias de fossa, ou que viaja com você nas férias e até mesmo nas suas ideias, mesmo que sem sair do lugar.
Julgo que amizade é como o amor, quanto mais se dá, mais se tem. A cada nova esquina, encontro um novo amigo. Um novo alguém que compartilha a vida comigo, que divide suas emoções, suas histórias, que traz algum aprendizado pra minha trajetória. Eu não tenho medo de estar só, porque sei que a cada instante, encontrarei um novo amigo e a cada novo amigo, mais vontade eu tenho de cultivar os que a tanto tempo estão comigo.
O que eu desejo no dia de hoje, é que nunca deixemos de cativar novos sorriso, novas alegrias, novos corações, novos amigos e que a cada novo amigo cativado, lembremos daqueles antigos companheiros que estão a tanto tempo ao nosso lado.
Se você passou por minha vida acrescentando algo ou levando um pouquinho de mim, feliz dia do amigo, meu amigo de caminhada!

domingo, 17 de julho de 2011

sono

Quem sabe porque dormindo-te, sonho pra dentro
E domindo-me, deixo que me sonhe
E em sonhos te encontro através dos desencontros de outrora
Nossos caminhos se esbarram e eu atropelo seu passo te seguindo
E flutuo pra onde quero, segurando sua mão ao meu redor
Nos misturamos pela saliva, pelas lágrimas, pelos narizes gelados
Sonhando somos um só, contrariamos a física
Contrariamos a sociedade
Dormindo-me, sonho pra dentro
E dormindo-te, deixo que me sonhe.

Contrato.

Fizemos um contrato. Diferente de todos os outros contratos que envolvia sexo, casamento, filhos ou esquecimento, esse só envolvia domingos, noites frias e abraços. E um pouco de conversa quando o coração precisasse.
Aconteceu assim, normalmente, um dia a gente tava conversando pela internet sobre o quando os domingos eram tristes, sobretudo no pôr do sol, da falta que fazia uma companhia pra ver filme nesses dias, ou simplesmente pra ficar imóvel, só transmitindo o calor no corpo de um pro outro, em baixo do cobertor. Éramos amigos a uns anos e a uns meses não nos víamos, motivo nenhum, só desencontros rotineiros.
Na semana seguinte, acordei meio dia e preparei um miojo com requeijão, típica comida preguiçosa de quem mora sozinha em dias de ressaca. Já lavava a louça, quando a campanhia tocou. Abri o portão e me deparei com um sorriso de orelha a orelha, um travesseiro, uma caixa de bis e um case de filmes. Não dissemos nada, nem "oi". Ele entrou, subimos as escadas, deitamos na cama. Ele pôs um filme que eu não faço ideia de qual seja. Me abraçou bem forte. "eu preciso tanto de amor", sussurrei. Ele me abraçou mais forte e a adormecemos.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Mar.

Subi na minha bicicleta e pedalei o mais rápido que pude. Coração apertado, nariz gelado do vento frio de outono, olhos embaçados por lágrimas que teimavam em escorrer até a boca. Era sempre assim quando o medo invadia minha alma, era sempre assim quando eu olhava pro lado e não te via.
Lembro de uma noite dessas ter te chamado pra tomar banho de mar à noite comigo. Você fez charme e não quis ir, reclamando do frio que arrepiava seus pêlos até do pescoço, eu disse que tudo bem e por eu não ficar chateada, me prometeu que um dia passaríamos a noite inteira no mar. Não sei ao certo como lembrei disso num momento de desespero, sei que quando corri em direção à praia, só pensei que aquela seria a maneira mais rápida de entrar em contato com você.
Faz muito tempo que você se foi, eu sei. Sei também que já devia ter me acostumado, pelo contrário, sinto mais a sua falta a cada dia. Falta você em tudo que eu olho, em tudo que eu toco, em tudo que eu conheço.
A areia da praia estava úmida da chuva da tarde que já cessara, meus pés afundavam nas pegadas já traçadas com enorme facilidade, finalmente cheguei perto do mar. A bicicleta jogada na praia, meu casaco dentro da sua cestinha, e os meus pés desejando apenas o sal do mar entranhado na minha pele. Quando encostei o primeiro dedo na água, meu primeiro pedido foi pra que você sumisse de dentro de mim. A cada parte da perna que eu deixava a água invadir, pensava numa lembrança diferente, retornava ao um dos nossos tantos dias bons e pedia apenas, pra que se o mar tem mesmo algum poder, que levasse cada pensamento daquele embora, apagasse cada sentimento.
Quando dei por mim, estava totalmente coberta pela água, tentava me manter o maior tempo possível imersa nas profundezas escuras como se dissesse àquela força misteriosa que poderia levar qualquer coisa de mim, desde que a dor da sua falta sumisse. Quanto mais eu tentava te esquecer, mais eu te lembrava, como se o simples fato de pensar no seu nome, fizesse você se tornar dono dos meus dias.
Não sei quanto tempo fiquei ali, não contei quantas ondas tentaram me arrastar até a beira, apenas senti. O frio já dominava meu queixo que tremia sem parar. Meu casaco não foi o suficiente pra tripudiá-lo. Dois anos inteiros não foram suficientes pra esquecê-lo.
Subi na bicicleta e fiz todo o caminho de volta a minha cama, onde dormi encharcada e salgada do mar. Eu posso até não conseguir esquecer seu abraço nunca, mas sentir-se viva, ainda tem o dom de me fazer sentir mais leve.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

ML




Eu preciso confessar que minha vida ta um caos desde que você foi embora. Sentimentos fora do lugar, pensamentos embolados, atitudes imundas. E você precisa admitir que eu te avisei que isso aconteceria no dia que você fez as malas me dizendo que precisava ir, que precisava viver. Eu disse que a sua desculpa de que eu tenho que aprender a andar com as minhas próprias pernas não ia colar, que sua teoria que eu precisava de tempo e espaço pra pensar no que eu realmente queria pra minha vida, ia falhar. Eu sou um turbilhão, eu sei, não precisa ficar me lembrando, mas eu sei também reconhecer um amor pra vida toda quando ele passa diante do meu nariz.
Eu te disse que só funcionava perto de você e que todo aquele orgulho que você dizia sentir de mim, deveria sentir de si mesmo, porque era só por você que eu queria fazer tudo tão certo. Eu sei, eu sei, sei e também odeio co-dependência, só que odeio ainda mais mentir pra você e sobretudo, pra mim mesma. E a pior mentira que eu conto todos os dias é que eu to bem sem você, que eu não desejo seus beijos, abraços e carinhos. Que eu não penso num futuro bonito, uma família feliz ao seu lado. Eu preciso de você.
E precisar de alguém, na situação em que me encontro, de não querer amor, é a maior coisa que eu poderia fazer por alguém. Presta atenção, me ouve uma vez na vida? Eu sei que a gente daria certo. To nem aí pra pactos, promessas, "e se", nossa vida juntos funcionaria bem. Não finge que não ta ouvindo, não fala que tem medo, porque você é toda coragem que eu tenho.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Ele.


Então eu me dei conta de tantos erros e tropeçando neles, vi que todos esses erros me levam a você. Hoje eu queria morrer e ressuscitar no meio de uma briga idiota, queria poder te abraçar e dizer que nem lembro mais porque a gente tá brigando e admitir a minha imensa vontade de rir das suas piadas no meio de um assunto sério e que eu não quero mais brigar, nunca mais, porque eu não quero nunca que essa briga vire motivo de término, eu não quero nunca ter que aprender a viver sem você.
Acordo de mim mesma, olho no espelho que reflete a varanda e o mundo lá fora e lembro que já aprendi. Eu já acordo sem suas mensagens e vou dormir sem sua voz. Eu já sobrevivo a cada dia sem seus beijos e me ergo a cada queda sem seu abraço, eu já substituí sua mão que outrora fazia de travesseiro, por um bem mais macio. Eu já conheci outros perfumes e senti outros corpos e vivi outras vidas. Eu já aprendi.
Dormi até o dia escurecer hoje, juro, deitei 2 da manhã e acordei 6 da tarde do outro dia. Minha vontade, era de não acordar nunca, nos meus sonhos sempre tem você e eu nunca precisei decorar os ítens do manual de sobrevivência. Nos meus sonhos, ainda tem essas sua coisa que eu não sei explicar o que é. Esse seu jeito de moleque, essa sua maturidade de homem feito, essa sua calma pra me mostrar o mundo, essa sua ansiedade de viver tudo, a pressa de viver cada instante, esse não sei explicar o quê que eu sinto tanta falta e que me impede de me apaixonar de novo, de ser feliz de novo, de me entregar de novo.
Eu descobri hoje, olhando a paisagem refletida, que eu não preciso de fórmulas mágicas, de tanta aula, tanto texto, tanto conhecimento, tanta festa, tanta viagem, tantas novas experiências. Eu só preciso de amor. Do seu amor.

domingo, 10 de julho de 2011

ML




Hoje parei pra pensar que não parei de pensar no nosso filho. Sim, naquele menino espontaneamente inteligente que a gente poria pra dormir toda noite depois de uma história minha e uma canção sua.
O tempo passa e você continua sendo o que eu queria pra mim. O tempo passa e eu ainda desejo nossas guerrinhas ao acordar, nossas implicâncias. O tempo passa e eu ainda almejo seu abraço protetor e suas palavras cantadas dizendo que vai ficar tudo bem.
Tudo em nós é tão lindo, que eu perco a vontade de escrever, por mim eu viveria isso, apenas viveria e é tão triste saber das convenções que fizemos para que haja uma boa convivência.
A gente sabe que quando tivermos que ser, seremos naturalmente e se tivermos que ser, seremos simplesmente. Isso me faz não ter medo, você me dá coragem. Isso me faz não tentar controlar, pra isso uso a sua paz.
Eu só queria que você soubesse que ainda te espero. Que não importa a distância, o tempo, que não importa o que aconteça, eu ainda estou esperando pelo destino perfeito que nos aguarda se um dia a gente deixar de ser ser teimoso, e seguí-lo.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

distraída

Na verdade todo mundo precisa de amor. Esqueça tudo que eu disse anteriormente, eu já esqueci. Sempre esqueço, só preciso de uma noite de sono entre dois dias e pronto, esqueci todas as teorias e sentimentos constatados e/ou inventado até então.

A gente precisa de amor até quando foge dele, aliás, principalmente quando a gente foge dele, mas é difícil fazer as pessoas aceitarem isso assim, no auge do desamor. O amor move olhares, sorrisos, pulsar de corações e direção do vento. E é por isso que o tememos tanto. Como não morrer de pavor de algo que pode mudar toda a sua história de um dia pro outro.

Amor é assim, ele simplesmente nos pega desprevenidos numa tarde nublada de mau humor e final de período. Eu esbarro meu olho no teu enquanto caminho pra fila da Xerox, você deixa cair um sorriso de canto de boca em cima de mim e pronto, eu te amo.

E exatamente por te amar demais e tanto assim, passos as minhas noites de sexta escrevendo textos sem cabimento tentando explicar quanto amor cabe em mim desde que você chegou. E o quanto eu me afobo pra que os dias passem rápido até a hora de reencontrar o calor dos seus braços envolvendo os meus. Aconteceu assim, esse tal de amor, enquanto eu vigiava pra paixão não abrir a porta, o amor por você pulou a janela da minha vida, montou acampamento no meu coração e decidiu fazer uma fogueira pra esquentar o frio que fazia nele. Você se torna a cada dia, a melhor parte do meu dia. E eu busco e tento e finjo que sou madura e experiente o bastante e que tudo que eu sinto já é normal em mim, mas a cada dia você desfaz mais uma resistência em mim e me torna mais parte de mim mesma porque quando eu sou eu mesma, você me diz que te faço feliz. E eu que jurei nunca mais acreditar em pra sempre, fico aqui fazendo planos pros últimos dias da minha vida com você ao meu lado, fico aqui lembrando e rindo de você dormindo e babando e me espremendo na cama pequena que a gente divide em dias de sorte, como você chama as noites que adormecemos juntos, já eu chamo de sorte a minha distração que não teve tempo de impedir nossa entrega quando você chegou.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Sou um pouco de tudo que vejo e quando vejo

Morrem-se as vozes

Morrem-se as teses

Tudo morre em mim

Pra ressussitar em calafrios no pescoço de outrem

Tudo sobre em mim e ao mesmo tempo tudo me falta

Como se por alguma mágica, algum trágico destino

Eu tivesse que pagar pelos meus próprios pecados

Usando dos meus sentimentos

Inexistência

E aprende a aceitar os caminhos que a vida te sugere, porque sim, nem sempre o caminho sugerido combinam com os passos que queremos dar.
Hoje, perdida em pensamentos como costumo ficar no meio de uma conversa importante, descobri que o ciclo de amor que achamos não existe. Sim, senhoras e senhores, não existe a pessoa certa pra você e você, nem aqui nem na China é a pessoa certa pra alguém. Descobrir isso me deu uma paz. A gente passa tanto tempo da vida procurando um amor pra nossa vida e descobrir que não temos mais nada que encontrar no meio do caminho, que a verdadeira procura incessante é apenas por nós mesmos, me faz finalmente suspirar em paz.
A vida inteira, ou pelo menos nos últimos 11 anos dela, passei à procura. Não que eu tenha saído por aí à caça, que eu tenha me contentado com qualquer coisa ou atribuído insatisfação à toda satisfação que a vida me ofereceu. Mas sabe aquela sensação de vazio, de faltar alguma coisa que não se sabe o que é, de agonia de falta, de ânsia de chão? Com essa constatação, ela sumiu.
Me livrei da procura, da completude, do encaixe perfeito de almas coerentemente imperfeitas. De repente, todo amor que busco encontro, dentro do meu olho refletido no espelho com a luz do sol entrando pela janela. "O amor não existe!" eu berro pela pro sol! E embora sinta aqui dentro a grande mentira que digo, não pesa a consciência, pois sei que não existe da maneira que eles acreditam, essa é a minha verdade.
Vem cá, senta aqui, antes de tudo, vamos conversar. Peraí, pára de me beijar, a gente tem a noite toda pra isso. A gente ta aqui pra quê? Ah, não sabe? Pois eu te conto! Pra fazer sexo, ok? Fazer sexo? Então pára com essa história de querer beijar minhas costas e de elogiar cada parte do meu corpo. Você não precisa encontrar um adjetivo pros meus pés, peitos e barriga. Tudo bem sério! Não, eu não sou feito essas que precisam de ilusão, é exatamente isso que te pedi naquela carta, lembra? Não me iluda.
Não, eu não to chateada, só quero deixar as coisas claras, pra que ninguém mais saia machucado. Não é que eu não goste da sua mania de contar as pintas pelo meu corpo, de fazer cafuné até eu dormir ou me acordar com um beijo estalado no pescoço. Não é que eu esteja reclamando das nossas guerras de cosquinhas, das dancinhas matinais ou do concurso de piada idiota. Tampouco das histórias de dormir ou das canções de ninar, mas poxa, se amanhã a gente vai passar um pelo outro e trocar oi de longe, por favor. Não me iluda.
Pronto, já disse tudo que eu queria te dizer, agora pode continuar me beijando. Não no automático, não precisa de ficar com medo de ser você. Só te peço encarecidamente que você não seja alguém de quem eu vá sentir falta em todas as noites frias da minha vida. Não me iluda.

terça-feira, 5 de julho de 2011

A última oração

E eu descobri assim, sem querer, que nem tudo precisa de explicação. Não que eu tenha dado o braço a torcer sobre as verdades ditas pelo Universo, mas porque sinceramente, nada explica eu estar nesse momento deitada na minha cama abraçada com o casaco que eu estava vestida na nossa noite de despedida e que guarda o cheiro do seu perfume nas suas linhas e malha. Chego a sentir inveja desse tecido bem cortado por ele conseguir reter esse cheiro que me faz esquecer qualquer dor, qualquer rancor, acho que estou enlouquecendo.

E eu descobri que um sorriso pode quebrar todos os estereótipos construídos em uma vida e destruir todas as defesas e barreiras e muralhas internas que venho construindo nos últimos anos.

E descobri ainda que talvez, se apaixonar, não seja, como eu dizia, o pior castigo que Deus pode dar ao homem. Que um beijo pode sim valer uma vida e um abraço, uma eternidade. Chego ao ponto de quase entender o poeta que queria trocar a eternidade pela noite com seu amor. E sim, digo, repito e friso, você é o meu amor. E eu não tenho medo nenhum de dizer que pela primeira vez na vida eu luto por alguém. Perto de você eu sou invencível. Corrigindo, perto de você eu descobri que sou invencível.

E eu descobri que nessas noites frias, eu desejo o seu braço em volta da minha cintura e os seus dedos perdidos no meu cabelo. Eu desejo nossas conversas de olhos fechados meio dormindo, meio acordado. E essa felicidade que invade meu peito quando eu acordo do seu lado depois de sonhar com você. Você consertou até meus sonhos.

E finalizo com a total descoberta de que é impossível querer mais alguém do que eu quero você pra mim, só pra mim.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

casual.

Não entendo porque você tem medo de mim. Eu não tenho medo de você. Calma, calma, to procurando a chave, seu bêbado. Acha logo, ta frio. Eu que sou a mulher aqui e você que reclama de frio? Vai começar de machismo? Vai começar de discussão? Você tem a bunda mais gostosa que eu já apertei na vida. Gosto mais quando você ta com a boca nela e não só as mãos. Só porque eu sou homem não posso sentir frio? Pronto, achei, entra, fica a vontade. Ai! Não faz barulho, quer acordar a casa inteira? Não quero acordar ninguém, quero apenas continuar tendo unhas no meu pé. Vem por aqui. To com frio ainda. Ninguém manda ficar de bermuda e havaiana nesse frio. Quê que você ta reclamando aí ainda que não ta sem roupa? To indo pegar água. Pra que água? Não consigo dormir sem um copo de água perto de mim. Quem disse que você vai dormir? (...) Você ta com gosto de canela. Da sua cachaça de canela. Ah sim, achei que tivesse me negado um chiclete. Não te nego nada. Pára de tentar tirar minha roupa no meio da cozinha. Pára de fingir que não quer que eu tire sua roupa no meio da cozinha. To com aquele sutiã que você não consegue abrir. Ah não! Ué, não sabia que a gente ia se ver hoje. Sabia sim! Sabia nada! Tanto sabia que foi praquela festa pra me encontrar. Deixa de ser prepotente, fui porque me convidaram. Quem te convidou? Um amigo. E agora você rastreia outro homem? Quê? Achei que só coubesse eu na sua cama. Minha cama é grande pra nós dois. Quer fazer sexo à três. Com você não! Nem comigo nem sem mim, você é minha. Desde quando. Desde agora. Huuum! Só minha! Adoro quando você entra em mim assim, rápido, de uma vez só, sem me deixar pensar. E eu adoro o jeito como você fica molhada mesmo na primeira vez que eu entro em você. Eu fico molhada na primeira vez que você me olha. Sério? É! Linda. Não me chama de linda! Mas você é linda. Linda é fofo e pessoal. Eu sou fofo. Mas é pessoal. Mais pessoal que isso? Não fala essas coisas que você nem vai se lembrar amanhã. Mas eu vou me lembrar amanhã. Mas vai fingir que não. Nunca finjo. Mais forte. Você me deixa louco. Mais rápido, quero ver o quanto te deixo louco. Assim. Você sempre finge. Deita aqui. Coloca a perna por aqui. Finjo nada. Você sabe que sim. Eu tenho medo. Medo de quê? Disso! Sexo? Não, do amor. A gente ta fazendo sexo e não amor. Isso é amor pra mim. Qual a diferença? Eu daria minha vida por você agora. Você ta falando sério? Não, amanhã não vou nem lembrar disso.