sexta-feira, 8 de julho de 2011

distraída

Na verdade todo mundo precisa de amor. Esqueça tudo que eu disse anteriormente, eu já esqueci. Sempre esqueço, só preciso de uma noite de sono entre dois dias e pronto, esqueci todas as teorias e sentimentos constatados e/ou inventado até então.

A gente precisa de amor até quando foge dele, aliás, principalmente quando a gente foge dele, mas é difícil fazer as pessoas aceitarem isso assim, no auge do desamor. O amor move olhares, sorrisos, pulsar de corações e direção do vento. E é por isso que o tememos tanto. Como não morrer de pavor de algo que pode mudar toda a sua história de um dia pro outro.

Amor é assim, ele simplesmente nos pega desprevenidos numa tarde nublada de mau humor e final de período. Eu esbarro meu olho no teu enquanto caminho pra fila da Xerox, você deixa cair um sorriso de canto de boca em cima de mim e pronto, eu te amo.

E exatamente por te amar demais e tanto assim, passos as minhas noites de sexta escrevendo textos sem cabimento tentando explicar quanto amor cabe em mim desde que você chegou. E o quanto eu me afobo pra que os dias passem rápido até a hora de reencontrar o calor dos seus braços envolvendo os meus. Aconteceu assim, esse tal de amor, enquanto eu vigiava pra paixão não abrir a porta, o amor por você pulou a janela da minha vida, montou acampamento no meu coração e decidiu fazer uma fogueira pra esquentar o frio que fazia nele. Você se torna a cada dia, a melhor parte do meu dia. E eu busco e tento e finjo que sou madura e experiente o bastante e que tudo que eu sinto já é normal em mim, mas a cada dia você desfaz mais uma resistência em mim e me torna mais parte de mim mesma porque quando eu sou eu mesma, você me diz que te faço feliz. E eu que jurei nunca mais acreditar em pra sempre, fico aqui fazendo planos pros últimos dias da minha vida com você ao meu lado, fico aqui lembrando e rindo de você dormindo e babando e me espremendo na cama pequena que a gente divide em dias de sorte, como você chama as noites que adormecemos juntos, já eu chamo de sorte a minha distração que não teve tempo de impedir nossa entrega quando você chegou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário