domingo, 27 de dezembro de 2009

Adaptar.

Talvez, num desses domingos de sol como o de hoje, caminhando pelo parque com nossos filhos, tenhamos a sensação de ter vivido de menos devido a ausência da presença. Ou talvez estaremos satisfeitos pela maturidade que a vida longe um do outro nos causou, não sei. Sei que hoje, vivo com os olhos brilhando mesmo sem ter o sorriso de um dos dois na foto ao meu lado.
Os planos eram outros, a vida era pra ser outra, mas não foi. Não sabemos se pela crença dele de que cada um escolher seu fazer acontecer, pela crença dela de que foi o destino que quis assim ou pela minha, que é o equilíbrio entre os dois conceitos, mas isso não importa, o que vale é como está. E agora está a saudade, a nostalgia e a certeza. Agora está a distância, a barreira, a falta. Mas e depois? Me dizem que o presente é um presente, o meu foi daqueles de grego, o presente me deu de presente o aprender a viver sem.
Não digo que estou me saindo mal, aprendi a me adaptar melhor do que eu imaginava ser possível, entretanto, o adaptar-se não é sinônimo do não doer. Dói, dói cada momento que se queria um abraço e se encontra braços vazios do que se busca, dói cada meio sorriso que seria gargalhada juntos, cada confissão que se torna segredo, cada cachoeira que, se pulássemos juntos, contrariaríamos a tese de Protágoras já que o rio e as pessoas, mesmo não sendo os mesmos, teriam a mesma sensação, o mesmo sentimento, o mesmo amor.
Amadurecemos, encaramos sozinho o que suspeitávamos ser possível apenas lado a lado, conhecemos tantos mundos ao léu do nosso mundo, inventamos tanto, sorrimos, choramos, crescemos, apanhamos, ô vidinha pra gostar de nos bater. Porém estamos aqui, não estamos?
O que me convence a continuar é a esperança do andar pelo parque de mãos dadas com o coração cheio de certeza e amor (os mesmos que nos envolvem agora) gritando pra Isabel, Samuel e Pilar pararem de correr na nossa frente, o tempo há de esperar por eles como esperou por nós. Eu só torço que eles tenham tanto brilho nos olhos, tanto amor no coração, tanta compreensão nos lábios e essa certeza única de eternidade que eu tenho agora e que vai permancer além dessa vida.
Não importa o que aconteça, quantos anos passe, quantas pessoas eu conheça, quanta dor me atormente, eu nunca vou me arrepender de esperar por a gente.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

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A culpa, muito mais que nos infernizar, nos paralisa. Tanto a idéia de perfeccionismo quanto a de tomar para si a responsabilidade de terceiros nos faz carregar sobre os ombros um peso que não é nosso, muitas vezes, ou se é, nos faz não saber o que fazer com esse peso.
O certo seria olhar de fora, olhar nos olhos do nosso erro e dizer que somos maiores que eles, que temos direito a ele por sermos humanos, somos incapazes de evitá-los, mas, ao contrário do que ele acha isso nos faz galgar um novo degrau mediante a evolução.
É só errando que aprendermos a fazer certo, não se deixe levar pela culpa, vá em frente, você merece uma nova chance de acertar, uma não, quantas chances lhe forem permitidas.
Te amo muito e nada nunca vai mudar entre a gente.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sou?

Sou tudo aquilo que fiz
Tanto quanto o que eu deixei de fazer
Sou tudo aquilo que sonho
Somado a tudo que abomino
Tudo aquilo que eu quero
E tudo que nunca quis
Sou o que penso, mas também sou o que sou
Tudo que nunca pensei em pensar
Eu sou tudo aquilo que falei
Sou também tudo aquilo que calei
Sou uma grande antítese
Sou uma antítese tal como não sê-la
Sou tudo aquilo que fui
Sou tudo aquilo que sou
E tudo aquilo que vou ser
Embora eu saiba que sou também tudo que não fui, não sou e nunca vou ser.
Sou tudo aquilo, mesmo não sabendo a dimensão de tudo, sem saber o que é aquilo
Sou aquilo que não sei
Embora eu saiba tudo que sou.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Existo.

Era como se até ali eu acreditasse que seria capaz , que conseguiria me esconder de mim mesma - e consegui - só que por um tempo limitado demais. Tolinha...era só o que eu me permitia pensar de mim mesma.
Eu sabia que um dia a parte que eu não queria mostrasr iria rasgar, abrindo um buraco percorrendo de extremidade a extremidade do meu corpo. Como numa explosão tudo veio à tona numa velocidade que eu seria incapaz de controlar, segurar, acalmar.
Eu sabia que eu estaria comigo, não importava onde eu fosse, só não sabia que eu conseguiria tornar a convivência comigo tão...constrangedora.
Que enorme contradição essa vida sofrida em contrapartida com a morte anestesiante. Não seria como uma pré-disposição a escolher não viver?!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Natal na Leader

Já é Natal na Leader Magazine e parece que meu 2009 nem começou. Ontem eu tava em
janeiro, aí me bateu a soneca da tarde, eu encostei no sofá com a Raissa enquanto os meninos
lavavam a loça e acordei aqui, em novembro de 2009, no Natal da Leader Magazine, numa Universidade Federal, numa cidade quente, entre tanta gente estranha e diferente.
Até antes do almoço, eu tinha a vida definidamente perfeita, minha melhor amiga do meu lado, meu namorado lindo e perfeito a 2m de mim (vez ou outra eu ouvia a risada dele de onde eu estava) e o meu melhor amigo ali na minha frente, inistindo que eu não dormisse, rindo da minha cara, me cutucando, me irritando, será que ele sabia que se eu dormisse eu ia acordar tarde demais? Tarde ao ponto de não ver nada acontecer, de ter a impressão de existir, mas não viver? Não sei, talvez ele estivesse, como sempre, berrando pra que eu fizesse a coisa certa enquanto eu escolhia a errada, talvez ele só quisesse ver minha cara de enfezada. Não sei.
Sei que eu fui feliz por tanto tempo, eu fui radiante no último Natal jogando imagem e ação
na sala da minha casa ao lado dos meus amores, e hoje, no Natal da Leader Magazine, eu só sei me ver sozinha, não por fora, mas por dentro. Eu não sei mais quem eu sou, onde estou e nem porque vou, mas eu estou indo de acordo com a maré.
Eu só queria que no final, eu fosse acordada da soneca da tarde com um montinho e um convite pra jogar futebol de sabão cantando teatro mágico e apertando a bunda do mateus e da raissa ao mesmo tempo.

domingo, 8 de novembro de 2009

Tudo novo de novo! (=

Eu sempre tive blog, desde a época que ele era blig e todo mundo o usava pra postar gifts e poeminhas e mesmo lá, eu nunca me apresentei. Não é agora que pretendo fazê-lo, mas quero explicar. Bem, a esperta aqui perdeu o email de log do antigo blog (sonetoaoalvoroco.blogspot), entretando, como eu tenho um enorme carinho por aqueles textos e por seus comentários (principalmente), resolvi repostá-los aqui, junto a seus comentários pra que eu possa continuar com a minha saga de escrever meus pensamentos insanamente embolados sem ter a sensação de perda ou de deixar uma parte de mim pra trás.
Seguem os textos.
beijosmeliguem

Só.

Só tem dois dias que eu to sozinha, sem meus amigos, meus livros e minha cama, em compensação, meus pensamentos não me deixam em paz, estão aflorados. Ficar sozinho tras idéias, lembranças, planos, dias especiais à tona. Hoje, sentada na praia, observando o mar se desfazer em ondas, lembrei de tantos dias que eu queria de volta, tantos sonhos que eu sonhei e a tanto tempo esqueci, dei tando nó nas minhas idéias, me perdi dentro de mim em tantos momentos... Acho que quando alguém diz que tem medo da solidão, ela não tem medo da solidão propriamente, tem medo do que as próprias idéias podem transformá-la quando estão a sós consigo mesma, eu não, não tenho medo de mim, adoro saber no que eu me transformo a cada dia que passa, é claro que não queria ter que resolver tudo isso sozinha, mas....eu estou sozinha.

Acabando.

Uma vez um professor do Ensiono Médio que eu não ia nem um pouco com a cara, me disse a primeira coisa que pareceu fazer sentido saindo da boca dele: "quanto mais tempo se tem, mais se sente a falta dele". Pois é, eu tive 6 meses de férias e sabe o que eu fiz? Nada! Eu até tentei me sentir culpada com isso, listei coisas que eu poderia ter feito e não fiz, ouvi teorias de que devia ter aproveitado melhor porque com o começo da faculdade acaba a paz, mas não senti nada. Eu não tive 6 meses de férias, mas de tédio. Isso ninguém entende. Eu queria anda à toa e todo mundo tinha que ir pro colégio, eu queria ver um filme e todo mundo ia trabalhar, eu queria acampar e todo mundo queria estudar pro vestibular, pra semana de prova da faculdade, pro raio que o parta.
Não posso reclamar, meus amigos (que são os melhores do mundo), perderam tempo comigo (ou será que ganharem?). Mataram aula, saíram mais cedo do trabalho, perderam uma tarde de estudos pra me ver sorrir. Não fiquei feliz em atrapalhá-los, mas em tê-los por perto. Eu nunca tinha ficado tanto tempo na internet.
Agora essa moleza ta acabando. Mais uma semana e puf! Sumiu! E eu confesso que to sentindo saudade antecipada dela. Não pelo tédio, claro. Mas pelo ir e vir livremente, saber que posso estar com qualquer um deles a qualquer momento me conforta e perder isso agora me tira o sono.
Eu to tentando crescer, seguir em frente, parar de pensar nisso. Porém, eles sabem, e como sabem, eu não sei perder nada que não seja meu tempo com eles.

Lanches semanais e 8 anos mais.

Cheguei em sua casa, como sempre, alguns minutos atrasada achando que o encontraria aflito a minha espera, lezo engano, como sempre ele ainda estava no banho e o processo de revisar os cachinhos no espelho após a troca de roupa não terminaria tão cedo. Como sempre eu fiquei sentada na escada da sala conversando com sua mãe, que, entre histórias e planos dirários (o que explicava perfeitamente de quem ele tinha herdado isso), me fazia dar longas risadas até que ele chegasse e, com o perfume extavagante me dissesse que estava com saudades entre um abraço e outro, ele sempre me diz isso ao me ver, mesmo que tenha me visto um dia antes, mesmo quando me via todos os dias. Confesso que muitas vezes aquele abraço me constrangia, não pela sua intenção, mas pelas presença da mãe dele ali, e era nessa horas que ela quebrava o gelo e o receio dizendo: "eu admiro tanto a amizade de vocês". E assim seguíamos, com o conforto dos braços dados, dos beijos no rosto, dos segredos e sorrisos dados sem motivo aparente (nunca precisamos de motivos maiores que a presença um do outro para termos sorriso verdadeiros estamapados na face) rumo aos hambúrgueres de $1,00, os pãezinhos de queijo e presunto, coca-cola de 600ml e dois pães de mel, por favor! Não sei se cheguei a dizer, mas o pedido idêntico semanal me fazia querer que todo dia fosse nosso. Aqueles eram os únicos dias que eu saía da dieta pra mastigar durante as conversas rumo ao lugar que ele frquenta pra chegar aonde eu estou indo agora. Eram incríveis aquelas tardes, a magia, o amor, a admiração, os ouvidos sempre à postos, a sinceridade a um alcance real, as gargalhadas garantidas assim como a batida forte do coração. Muitos dizem que pra sentir borboletas no estômago precisamos estar apaixonados pelo amor da nossa vida, eu só preciso estar acompanhada do bom papo do meu mehor amigo e sentir que existem mil maneiras de se apaixonar e mil e uma de continuar alimentando isso (mas este já é assunto pra um próximo post).
Entre os sorrisos, olhares e confissões, muitas vezes, quis dizer a ele que eu não queria nunca que aquilo chegasse ao fim, que eu não queria ter que ir embora e lhe deixar apenas com as lembranças daquelas tardes. Essa foi, talvez, a única verdade que não lhe disse. Não por falta de confiança, mas porque eu sei que ele me desenha como um ser forte, e eu não queria estragar essa imagem logo agora que preciso ser como suas expectativas.
Apesar disso, eu sentia que, se um de nós dois morrêssemos naquele instante, não carregaria culpa, eu perderia o corpo ou o veria perder o dele com a certeza de que tínhamos vivido tudo, que tínhamos dito tudo, experimentado todos os sorrisos, conversas e experiências que a vida nos proporcionara até então, eu teria certeza que nossa amizade, nossa eternidade, não acabaria assim. E se a morte não destruiria o nosso elo, o nosso laço de alma, como ele costumava chamar o amor quando começou a sentí-lo, não será 100km que vão destruir.
Sei que meu medo não é esse, sei o quanto somos fortes e inabaláveis, mas eu queria tanto que aquelas tarde durassem pra sempre. Ele não tem idéia da falta que eu vou senti do seu colo, do seu cafuné, da sua voz quando eu achar que meu mundo está para desabar. Eu juro que por ele e mais uns três ou quatro, eu largava tudo, ficava aqui, virava uma planta e criava raiz no pé de cada cama dessas, porém, é exatamente por eu saber que eles acreditam que eu vá em frente, que eu vá vencer, que estou indo.
(Teju, eu sei que nunca vou conseguir organizar os pensamentos, tranformá-los em palavras e construir uma poesia assim como só você faz de um jeito tão único, especial e comovente, eu só to aqui, chorando, lembrando dos seus olhinhos cheios de lágrimas por saudade antecipada, pensando em todas as hitórias que já temos pra contar pros netos, pra te dizer que você faz parte da minha eternidade, você construiu as partes principais do meu eu, você estava lá quando ninguém estava, me ensinou a sorrir quando eu só tive motivos pra chorar, me contou histórias, me ensinou os segredos da vida, discutiu comigo tudo que seria, como seria, porque e pra quê. Hoje, eu quero que tenha a certeza que eu vou estar com você pra sempre, assim como você esteve nesse sempre todo.
Até logo e vou torcer todo dia pra que esse logo chegue logo.
Eu te amo muito.)
Ele não sabe o que quer da vida, sabe aquelas pessoas que não tem a menor noção do que ela mesma vai ser amanhã? Então! E sabe o que mais? É isso que eu mais admiro nele, o viver cada dia, o sonhar com o hoje, o querer o que se tem. Ele não tem a menor noção do que quer da vida, e eu espero que isso nunca mude, pra que se um dia você me perguntar o que eu quero da minha, direi sem pestanejar: ser amiga dele pra sempre!

Quase adeus!

É, ta chegando a hora. Daqui a pouco eu vou retirar os sorriso pregados no mural de fotos, encaixotar meus livros, dobrar as roupas e apertá-las dentro de uma mala tão cheia de sonhos que quase não reserva lugar pras vestimentas físicas. Daqui a pouco eu vou dizer adeus, fechar a porta de casa e correr pro mundo lá fora, pra esse mundão que me espera desde que eu me entendo por gente e quero ser grande pra entrar na Universidade. Tenho a estranha sensação de ganho e de perda. A estranha visão da enorme montanha que escalei pra chegar até aqui e, agora que achei que estivesse no topo, vejo uma montanha muito mais alta que provavelmente tem uma vista muito melhor lá de cima, quando eu chegar no topo...Ah! Quando eu chegar lá sei que serei uma nova pessoa, sinto que tanta coisa vai mudar aqui dentro... Mas eu estou pronta, a casa hora que passa me sinto mais preparada pra alçar esse vôo, pra fechar os olhos e me jogar nessa vontade, e, mesmo sem ter asas, ter a certeza de que sairei voando.
Claro que a saudade vai apertar. Eu costumava pensar que não, que ia ser tudo tão novo, tão como eu sempre quis que nem ia ter tempo pra esse sentimento brasileiro. Mas vi que não. Vai doer não levar uns certos algués pro cursinho, buscar na escola, bater perna em plena quarta à tarde, jogar conversa fora nas segundas, passar os dias na internet e ter aquele horário de quinta feira reservado pra filmes e passeios no contry. Ai! Chega a dar pontada no peito, mas entendam, é necessário. Quando eu fechar a porta da casa, eu não vou só conhecer todos os lugares que eu quiser, sentir todos os gostos e cheiros que eu imaginar, absorver todo conhecimento como uma esponja, eu vou me encontrar, vou me conhecer, vou atrás das minhas certezas, vou atrás de mim. Essas que vos fala sou eu, entendam, mas não sou eu em forma completa. Sou o que vocês, nossas experiências e vivências me transformaram, mas a partir de daqui a pouco eu vou ser o que eu sempre quis ser e mal posso esperar pra estar na platéia onde eu mesma assumo o espetáculo como personagem principal.

Falei.

Olha, calma. Espera, eu vou falar. To falando já. Deixa de ser chata, ta aki na pontinha da língua, mais dois segundos e eu crio coragem. É...bem...eu não sei como te falar issom sabe? É difícil pra mim deixar que as pessoas vejam quem eu realmente sou. Ain... Lá vai: eu tenho ciúmes de você, morro. Mas eu juro que não queria sentir isso. Eu sei que tenho muitos amigos e falo com outras pessoas, mas quando eu vejo você dando atenção pra alguém que não seja eu, eu fico com medo de você acabar gostanhdo mais da outra pessoa do que de mim, com medo de ela ser mais importante que eu e ter um espaço maior na sua vida e em você que o meu.
Pronto falei!
Ah! Me desculpa, eu não queria sentir nada disso sei que é infantilidade minha. Mas fazer o que se eu ainda não aprendi a dividir? Será que você pode me ensinar? Será que você pode me ajudar?
Quando temos ciúmes achamos que amamos demais. Lezo engano! Amamos de menos, o amor é jovem, inseguro, precisa de adubo. E pra isso, uma hora ou outra você precisava saber o que eu sinto, pra gente adubar nosso amor.
Até porque eu não aguentava mais sumir e te ignorar toda vez que sinto isso.
Agora você já sabe o motivo e a verdade que nunca quis que ninguém soubesse: esse meu medo de perder sempre.
Perdão por não ter contado antes, é que fiquei com medo de você nãos gostar mais de mim.
Se isso acontecer, eu juro, eu vou entender. Mas me avisa com antecedência pra eu tentar me acostumar sem você, porque eu já tentei, mas até agora não deu...

Adeus.

Pra cada amigo que digo adeus, parece que arrancam um pedaço de mim e levam com as palavras. E assim, pouco a pouco, vou perdendo minhas características, vou deixando de ser eu pra me transformar numa coisa que eu não sei o que é, só sei que é um sorriso no rosto a menos que os dias que passamos juntos.


Para Cicero e Raissa.

Você! ♥

O que me importa nessa vida não são coisas que todo mundo pode ter, é o sorriso bobo que brota no meu rosto enquanto eu fico aqui, me sentindo uma tonta, olhando seu sorriso numa foto, lembrando das duas palavras, das paisagens magníficas que vimos juntos e vc sussurou no meu ouvido: "obrigado por existir". O que me importa é saber que o seu sorriso é meu, que você o dedica pra mim não só nos momentos de piadas, mas nos momentos de vitórias. Seu sorriso é contagiante, ele me faz sorrir independente do lugar ou da situação que estejamos. São inúmeras as vezes que você me arrancou uma gargalhada no meio de uma briga e pronto, esquecemos até o motivo dela, das vezes que eu queria prestar atenção e você se ria junto comigo, das vezes que o mundo chorou e você sorriu pra mim e, me dizendo que tudo ia acabar bem, me fez sorrir também.
O que me importa nessa vida, é saber que seus olhos acompanharam todos os meus movimentos. Em qualquer lugar, sob qualquer circunstância, seja pra me apoiar, criticar, admirar, ou, simplesmente olhar. Olhar no meu olhar e enxergar a minha alma. Você me olha e me decifra. Decifra meus sentimentos, meus pensamentos, meus sonhos, minhas vontades e desejos. É como se de repente eu não precisasse da minha boca pra falar, só de olhar você já sabe tudo que precisamos fazer.
O que me importa nessa vida é a sua voz no meu ouvido nos momentos tristes. As suas piadas dos momentos sérios. O seu grito de guerra nos momentos de vitória. E o seu canto, mesmo que desafinado, nos momentos que eu menos espero e mais preciso. "Você é mais do que sei, é mais que pensei..."
O que me importa nessa vida são os nossos passos. A sua pegada ali, logo atrás da minha, ou será que aquela é a marca dos meus pés te seguindo. Que diferença faz? Estamos indo pro mesmo lugar. Que diferença faz aonde eu estou indo? Eu sei que quando eu chegar é no seu abraço que eu vou me deitar, é no seu sorriso que eu vou me sorrir, no seu olhar que vou me dormir, canta uma música pra eu dormir, bebê? Pode ser aquela...
O que me importa nessa vida, é ter te encontrado nessa vida. Você é o meu melhor em tudo. Agradeço tanto pelo nosso reencontro. Você é meu porto seguro, minha fortaleza, meu recanto sagrado, minha certeza.
O que me importa nessa vida, é ficar com você não só nessa vida, mas pela eternidade.
Eu te amo. Obrigada por existir. Obrigada por me fazer sentir esse, que eu chamo de o melhor sentimento e sensação do mundo, amor.




(Para o meu companheiro, amigo e amante da eternidade)

O final dos livros.

Tirando os da escola, eu odeio terminar um livro. Tenho um sério problema com isso. Seríssimo, eu diria. Fico imaginando como a história que o autor deu fim continua até hoje, sinto saudades do personagem, invento falas e situações novas pra eles, às vezes, fico me sentindo um deles e achando que minha vida é igual a dele. Acho que isso é escrever bem, não sei, pode ser minha culpa, que viajo demais na leitura, ou do autor, que escreve de uma maneira viciante. Quando li "A menina que roubava livros" ia toda noite pro porão junto com ela e o pai dela pintar as letras na parede, senti cada dor do Marcelo em "Feliz Ano Velho", ajudei a pintar a Avenida Paulista de vermelho no caminhão do corpo de bombeiros em "Blecaute", fui internada num hospício junto com a "Verônika decide morrer", comecei a entender a alma das putas em "As travessuras da menina má", tive um medo horripilante em "Eu sou o Mensageiro", fiquei sufocada por alguns minutos igual ao "Menino do Pijama Listrado", achei que em outra vida, minha vida foi como "Água para elefantes", tive receio de olhar nos olhos do "O homem que conhecia as mulheres" e ele adivinhar o que eu tava pensando , viajei o mundo com a Maîte em "Uma vida inventada", to tão curiosa quanto o Daniel pra descobrir o mistério de "A sombra do vento", fiz terapia diária de grupo em "Férias", decidi nunca mais teclar com desconhecidos depois de "Uma bebida e um amor sem gelo por favor", percebi o quão útil e chata é uma DR em "Eu sei que vou te amar" e, juro que quase perdi a vontade de ter filhos, pra não ter que um dia perdê-los como o pai de "Relato de um amor". E esses são só os livros que me lembro agora. E, mesmo sem querer, mesmo parecendo uma louca, me sinto um pouco de cada história dessa, eu não li, eu vivi com eles.
Eu já até pensei em fazer um protesto, para que todos os autores continuassem os seus livros, poxa. Custava me contar como foi que tudo continuou depois do fim? Será que os autores, mesmo com toda a sabedoria que possuem, não perceberam ainda que o fim é só um recomeço? Ta decidido, eu vou continuar inventando a vida de cada um dos personagens que eu ler, e nem venham me dizer que eu to pirando.
Quem sabe um dia, quando chegar o fim dessa minha história, eu não os encontre e a gente sente pra tomar um café com bolo de chocolate enquanto eles me contam como anda a vida e tudo que aconteceu desde que decidiram parar de contar a nossa história.

Dizer.

Eu tenho dificuldade de me expressar, pois é. Tanto que chegar doer ao tentar dessagarrar tudo as palavras de dentro da garganta. Elas vem de dentro de mim, mas ao invés de fluirem, elas se escondem na garganta, são tantas que às vezes, por aglomeração, interrompem o caminho e dão um nó que parece choro interrompido. Talvez eu até saiba onde tudo começou e porquê acontece, mas prefiro ignorar. Eu, logo eu, que sempre falo o que penso, que sempre enfrento tudo que aparece a minha frente, com medo de enfrentar meus sentimentos, com medos das minhas palavras. Com medo de tudo que eu tenho pra dizer e de tudo que já mudei, já consertei e estraguei devido a voz que sai do meu peito e não consegue se aglomerar na garganta por falta de espaço que as coisas que já deveriam a muito ter sido ditas e resolvidas ocupam.

MOBI

Eu estava pensando, dia desses, que eu sempre quis lutar de verdade por uma causa político-social, e, no meios dos meus pensamentos desoladores de que essa geração é a geração da acomodação, que vê o mundo caindo ali do lado, mas nunca que vai levantar a bunda do sofá e fazer alguma coisa, lembrei:"cara, eu já participei disso sim!!".
Ta, isso causa risadas incontroláveis no rosto dos meus amigos, e, apesar de eu querer justificar isso como acomodação, sei que escolho meus amigos pela vontade de transformação que os dominam todas as manhãs, então, combinei comigo mesma que eles podem rir à vontade e eu me achar o máximoa vontade por isso.
O que importa, é que eu queria pintar a cara e sair gritando que o governante era um bosta e que, não deixa de acreditar não meu irmão, ainda tem jeito! E eu fiz, pintei a cara, modifiquei camisa, fiz faixa, inventei músicas, eu dancei e berrei no sinal, eu parei mais de cem pessoas na rua pra conseguir um voto, eu fui pra comício, pra reunião, pra passeata. E, juro, chorei num discurso. Eu quis tanto um mundo melhor. Participei de uma carreata histórica, fiz amigos pr'uma vida. Sentei numa barzinho pra discutir filosofia política. Andei nas favelas, nos morros, nas avenidas, em lugares friburguenses que eu nem imaginei que existissem, eu fui atrás do que eu acreditei. E isso vai continuar arrancando risadas dos meus amigos (quem é aquela maluca cantando pintada no sianl?), mas também vai me fazer morrer feliz um dia, sabendo que eu não abaixei a cabeça e disse que as coisas não tem jeito.
A gente perdeu. De lavada. A campanha que foi um sucesso foi pro beleléu. E isso doeu, juro, tanto quanto eu descobri quenão tinha passado pra UFJF.
Mas eu sempe vou lembrar das músicas, das dinâmicas, das cirandas, das conversas, da fé e de cada rostinho que me fez continuar achando que eu posso mudar o mundo, quando eu achei que não podia mais. Pra sempre.
Eu sou da MOBI porra! E vou ser até o fim dos meus dias!

Coisas legais de ter amigos homens:

- eles te dão chocolate,
- eles não secam seu namorado,
- eles consideram sinceramente a sua opinião,
- eles são eternos bebezões,
- eles te fazem cafuné,
- eles montam a barraca pra você caso vocês acampem juntos,
- eles pegam água pra você,
- eles sempre cedem às seuas vontades,
- eles levantam sua auto-estima,
- eles dizem que você está linda sinceramente, sem interesses posteriores em você ou na sua bota,
- eles te dão a mão quando você está com medo,
- eles se preocupam com você,
- eles te fazem rir,
- eles não tem frescura,
- eles não te deixam chorar,
- eles te falam a verdade nua e crua,
- eles implicam com você,
- eles te ligam pra falar nada,
- eles falam pornografias perto de você,
- eles te falam quem estão pegando e você sempre fica à par das fofocas,
- eles são lindos,
- eles te protegem,
- eles não ligam se você não estiver bem-vestida,
- eles cozinham pra você,
- eles são carentes,
- eles te fazem se sentir importante,
- eles sempre são bons nas matérias que voce é péssima,
- eles te dão opiniões na versão masculina bem úteis,
- eles raramente te julgam,
- eles te amam com ou sem maquiagem,
- eles não dão a mínima pra quantidade de besteiras que você fala,
- eles são amigos do seu namorado e te dão várias dicas sobre ele,
- eles não ligam quando você os chama por apelidos gays,
- eles acreditam em tudo que você fala,
- eles brigam quando você ta errada,
- eles são meu tudo! ♥




(Para: feu, ci, bateju, edu, paraíba, di, peuô, nanato, léozinho, meus amigos de uma vida inteira. E pro mais que namorado: nunninho.)

Gorda

Eu não aguento mais ser gorda. E não me venha com a ladainha de sempre: "você não é gorda, só está um pouco acima do seu peso ideal!"Na boa? Não cola mais. Minhas calças não passam mais das minhas coxas, as minhas blusas marcam a minha barriga e graças ao meu bom Deus que chegou o inverno e nem tão cedo eu terei a amargura de colocar biquíni. Eu olho no espelho e tudo que eu vejo é banha sobrando daqui, pelanca caindo acolá, tá vendo essa gordurinha sobrando aqui nas minhas costas? Então, é dela que eu tento fugir.
No meio dessas crises sempre me vem uma pergunta a cabeça que eu nunca consegui responder: tá, vc é gora, mas e daí? Daí que eu não sei a resposta. Eu poderia comprar calças novas, batas tá super na moda e a cidade em que moro nem é tão quente pra usar biquíni. Sendo assim, porque a auto-tortura toda vez que eu saio de casa? Sinceramente eu não sei. Eu podia colocar a culpa nessa sociedade maluca, que a cem anos atrás adoravam gorduras sobrando e hoje em dia tudo que querem é uma barriga tanquinho. Mas infelizmente eu nem posso culpá-la, porque eu faço parte dela, faço parte do grupo que acorda todo dia querendo mais que tudo ser magra, mas já começa a comer chocolate pela manhã.
Não tem jeito, minha sina é ser esse poço de banha.
beijosnãomeliga.

Egoísmo e fé

Dizem que nossa fé se reforça nos momentos difíceis. Pois eu acho que não, nos momentos de crise, a nossa fé corrói. Às vezes nem tanto pela crise, mas pela mania de drama do ser humano, a mania de se colocar como vítima das situações e não como autor da própria história. Sofremos quandp alguma coisa não sai do jeito que queríamos, nos inconformamos quando não temos o controle de uma doença, da morte, de um sentimento. Queremos mandar no mundo quando não conseguimos nem mandar nas nossas atitudes. Achamos que a morte é o fim, quando na verdade é um recomeço, queremos controlar essa despedida por puro egoísmo, pelo mau estar que a perda nos provoca, pela saudade que não queríamos sentir. Isso é injusto. Nós somos injustos todos os dias. Do momento que acordamos e reclamamos por ter que acordar cedo enquanto dormiu alguém na esquina da nossa casa no frio da madrugada, até a hora de dormir e não encontramos nada de bom na televisão pra nos entreter e maldizemos o mundo por isso. Somos egoístas e esse egoísmo nos impede de ver o que é bom pra Humanidade. Infelizmente, só aprendemos através da dor e é essa dor que vem nos ensinar. Crise Mundianl Financeira? Sejamos menos consumista, passemos a pensar no outro, agora o mundo depende do apoio de todo mundo e não só da opinião de uma potência. Provável pandemia? Dê mais valor a própria vida, pense no que está fazendo com ela, se sua vida, a oportunidade que o Criador nos deus de evoluir ta sendo bem aproveitada.
Ontem um dos temas da minha noite foi a tal da gripe suína. Entre notícias telvisionadas, aulas na faculdade e jornal, a gente preferiu ficar com a fé. A fé de que a política sanitária do Brasil é a melhor, a fé de que nada nos acontece por acaso, a fé de que não adianta se esconder se o nosso merecimento agora é dar fim a nossa vida e começar outra, a fé de que nossa amizade e nossas teorias podem nos salvar de qualquer mal.
Até onde vai a sua fé?
beijosmeliga.

Amigos para sempre.

Amigo é um bicho estranho. Os meus pelo menos são. Eles te fazem rir quando você está chorando e chorar quando vcoê está sorrindo. Eles entram na sua casa, usam o seu computador, mechem nas suas coisas, pegam seu danone na geladeira, e trocam o canal da sua tevê. Eles te zoam, falam na maior boca um segredo, zombam dos seus pontos fracos, e te dão sustos nas madrugadas. Eles gastam seu dinheiro, seu tempo e sua paciência. Eles discutem com você, mandam você calar a boca quando acham que estão certo e você errado, e diz que você vai fazer o que eles querem sim.
Sabe a pior parte? Você adora, idolatra tudo que eles fazem. E daí que eles usam seu computador e trocam o canal da sua tevê? O que vale é a companhia que ele ta te fazendo. E qual o problema de eles comerem toda a comida da sua geladeira? Depois é só repôr (e isso te dá o direito de fazer o mesmo na casa deles). Eles debocham de você porque é o que a vida vai fazer o tempo todo e é muito melhor aprender pelo amor que pela dor a não ser tão mimado e teimoso. Deixa eles mandarem você fazer o que eles quiserem, façamos tudo que eles exigem, no final das contas, a gente vai ta sentado rindo de tudo e comendo toda a comida da geladeira dele.
Amigo é um bicho estranho mesmo. Se o seu irmão fizesse a metade do que ele faz, com certeza, você teria rachado a parede da sala com a cabeça dele!

Colo confessionário

Se me pedissem pra definir como uma amizade perfeita surge, com certeza não
seria do jeito que a minha amizade com ele nasceu.
Poucas pessoas acreditam que exista amizade pura depois de um beijo.
E viemos provar o contrário. Aliás, pensando agora, nem parece
que um dia isso aconteceu. Mas de que isso importa agora? Não é disso que eu quero falar.
Sabe quando você sai desembestado a falar, ou melhor, a desemtupir a própria alma com palavras
sem nenhum medo, sem nenhuma trava, nenhum bloqueio, e nem se dá conta de que tem alguém te escutando.
Aí você já falou, mas e daí? E como se você estivesse falando consigo mesma, mesmo. Não porque
a pessoa seja insignificante, mas porque você se encontra tanto no outro que até se esquece que há dois corpos que separam pensamentos e sentimentos idênticos.
Ou então quando você sente medo até de pensar em alguma coisa, quem dirá, extravazar através de palavras do seu coração e percebe que o outro ta rindo, do que você ainda nem falou.
Porque não se precisa de palavras quando se ouve os sentimentos.
É tão bom encontrar consigo mesmo fora de si, encontrar seus pensamentos insanos e seus atos
infantis em alguém que não seja você e que além de tudo não vai te julgar ou condenar.
É tão bom saber que o Feu existe...

Minhas Gêmeas

Lembro-me bem daquele dia. 2006, segundo ano, a semana do fim de amizades de uma vida. Vi dois seres iguais sentados no canto direito da sala quando entrei. Logo de cara, quis entrar no mundo delas. A primeira me recebeu com uma patada na aula de geografia, a segunda, com um segredo. E no desenrolar dessa história, com um começo triste e um fim feliz, muitos tropoeços, dúvidas e lágrimas foram estacandas, assim como os sossiros, as piadas, os abraços e a cumplicidade. Fisicamente eram idênticas, do lado de dentro das mesmas, eram de um diferença que me completava. Quando eu brigava com uma, corria pro colo da outra. Quando a outra me irritava, me consolava com a uma. O que eu tinha certeza que uma não entenderia, sabia que podia falar com a outra, e quando o assunto era tenso demais pra ser entendido, sabia que a uma ia levar numa naturalidade confortante.
Hoje elas moram do outro lado do oceano. Não ouço mais a risada delas quando riam de mim, nem a voz delas cantando na aula, nem posso mais molhar a blusa delas com lágrimas ou mostrar o texto que acabei de inventar. Isso me dói, um sofriemento opcional sem fim.
Me dói, mas não me derruba. Porque, além das lembranaças, eu tenho a certeza. A certeza dew um futuro bom onde iremos caminhar de mãos dadas por um parque contando casos e besteiras, um presente bom de espera, de saudades, de ansiedade, de conversas mal formuladas e histórias mal contadas por meios de comunicação escassos, mas o amor, o meu amor, o nosso amor, é indestrutível.
Se hoje eu sou completa, pode ter certeza, é porque eu tenho duas almas que reencontrei, que fazem parte de mim, que me fazem uma só. Me fizeram entender que eu posso ser tudo e tudo que eu quiser. Autista e sorridente, escandalosa e quieta, misteriosa e simpática, calada e falante, poeta e leitora, mente aberta e certinha, estudiosa e desleixada...raissa e raianne.


As palavras não funcionam, mas espero que vocês possam sentir.

Sobre o Amor

Ontem, numa dessas noites de fofocas, filme e comilanças que compartilhamos com nossas amigas, aconteceu um diálogo um tanto quanto intrigante:
(pesoa 1): - Eu achava que você e seu namorado eram perfeito.
(pessoa 2): - Achava?
(pessoa 1): - É, agora eu vi que vocês têm problema como todo mundo!
(pessoa 3): - Ah, mas eu não vejo ela sem ele.
Então voltamos ao assunto inicial que não tinha nada a ver comigo.
A resposta pra essa conversa foi dada, acredito eu, no filme que vimos a seguir ("Romance" que recomendo ao cubo!), mas isso não tirou a pulga de trás da minha orelha.
Entao pra um relacionamento ser perfeito, não pode ter brigas, problemas e diferenças?
Acredito eu, que a relação perfeita acontece quando as diferenças não deixam de existir, mas passam a ser conciliadas (conciliadas, não ofuscadas), quando aparece uma pedre gigante no caminho e você sente que seu amor é muito maior que qualquer obstáculo, quando você percebe, no meio de uma briga, o quanto você ama aquela pessoa mesmo com a quantidade de erros que ela tem. E essa é a perfeição mais imperfeita da vida: o amor.
Afinal, pra ter uma relação perfeita, sem nenhum defeito mesmo, teríamos de ser seres perfeitos e, feliz ou infelizmente, não somos. Brigas acontecem por convivência, e não há ninguém que conhece melhor os nossos defeitos, erros e pontos fracos, que o amor da nossa vida. E é quando tudo isso passa a ser insignificante, que o sentimento sublime vem, nos colocamos no lugar do outro e passamos a ser felizes, obrigada Deus, por eu ter encontrado o amor mais imperfeito pro meu coração.





ps(namorado, eu te amo, mesmo com todos os nossos erros, defeitos, brigas e diferenças).

Essa nação fantástica

Ontem foi ao ar a nova propaganda da havaianas que é mais ou menos assim: um grupo tocando pagode num barzinho, entra uma mulher e começa a berrar que estamos no meio de uma crise mundial, aí um cara fala que isso é uma tristeza e da seguinte palavra eles lembram de uma música e começam a cantá-la.
Isso me provocou um riso, uma gargalhada incontrolável. Porque brasileiro é exatamente assim: ri dos problemas, canta quando devia chorar, chora quando deveria gritar e grita quando deveria silenciar. Não sei se ter nascido aqui me fez assim ou se sou assim porque nasci aqui, sei que é com essa manha, com esse brilho de quem não desiste nunca, desse sangue de Brasil que eu quero encarar tudo sempre. Com um sorriso no rosto, os olhos adiantes.
A crise tá aí, tem gente milionária ontem morrendo de fome hoje, tem presidente de empresa perdendo emprego e jovem que depois de anos de estudo não vai conseguí-lo tão cedo. Mas e daí? Daí que não adianta chorar, espernear, tão pouco fingir que nada ta acontecendo. Por enquanto a gente não vai mudar nada, ta nas mãos dos líderes do nosso país. E fomos nós que o colocamos lá! Agora é confiar no taco dele e partir pum barzinho fazer um samba e ser feliz com o que nos resta.
Entre ser feliz ou triste, eu prefiro ser brasileira! ;D

Falta de inspiração

É impressionante. Tudo que eu queria e por preguiça não tinha era um lugar pra transbordar meus pensamentos e sentimentos. E agora que o tenho, não tenho as palavras. Acho injusto as palavras terem vontade própria. Só saem quando querem. Quantas vezes com um nó na garganta tive tanta coisa pra dizer e elas se recusaram a passar pra minha voz e invadir o mundo. E quantas ainda mais eu tinha porque tinha que ficar calada e elas, as palavras, saíram de mim sem que eu nem percebesse, quando dei por mim, já estavam soltas, já tinham estragado tudo.
Dizem que isso não existe, que antes das palavrÉ impressionante. Tudo que eu queria e por preguiça não tinha era um lugar pra transbordar meus pensamentos e sentimentos. E agora que o tenho, não tenho as palavras. Acho injusto as palavras terem vontade própria. Só saem quando querem. Quantas vezes com um nó na garganta tive tanta coisa pra dizer e elas se recusaram a passar pra minha voz e invadir o mundo. E quantas ainda mais eu tinha porque tinha que ficar calada e elas, as palavras, saíram de mim sem que eu nem percebesse, quando dei por mim, já estavam soltas, já tinham estragado tudo.
Dizem que isso não existe, que antes das palavras serem ditas, passam pelo cérebro e só depois pela boca. Será que quem inventou essa teoria nunca ouviu falarm em impulso?
Ora pipocas, me devolvam as palavras! Eu quero desemtupir a minha alma...





Ps. mais que impressindível(eu te amo pepa, obrigada pela força e paciência de me ajudar a fazer isso aqui!)as serem ditas, passam pelo cérebro e só depois pela boca. Será que quem inventou essa teoria nunca ouviu falarm em impulso?
Ora pipocas, me devolvam as palavras! Eu quero desemtupir a minha alma...





Ps. mais que impressindível(eu te amo pepa, obrigada pela força e paciência de me ajudar a fazer isso aqui!)