domingo, 17 de julho de 2011

Contrato.

Fizemos um contrato. Diferente de todos os outros contratos que envolvia sexo, casamento, filhos ou esquecimento, esse só envolvia domingos, noites frias e abraços. E um pouco de conversa quando o coração precisasse.
Aconteceu assim, normalmente, um dia a gente tava conversando pela internet sobre o quando os domingos eram tristes, sobretudo no pôr do sol, da falta que fazia uma companhia pra ver filme nesses dias, ou simplesmente pra ficar imóvel, só transmitindo o calor no corpo de um pro outro, em baixo do cobertor. Éramos amigos a uns anos e a uns meses não nos víamos, motivo nenhum, só desencontros rotineiros.
Na semana seguinte, acordei meio dia e preparei um miojo com requeijão, típica comida preguiçosa de quem mora sozinha em dias de ressaca. Já lavava a louça, quando a campanhia tocou. Abri o portão e me deparei com um sorriso de orelha a orelha, um travesseiro, uma caixa de bis e um case de filmes. Não dissemos nada, nem "oi". Ele entrou, subimos as escadas, deitamos na cama. Ele pôs um filme que eu não faço ideia de qual seja. Me abraçou bem forte. "eu preciso tanto de amor", sussurrei. Ele me abraçou mais forte e a adormecemos.

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