Hoje, perdida em pensamentos como costumo ficar no meio de uma conversa importante, descobri que o ciclo de amor que achamos não existe. Sim, senhoras e senhores, não existe a pessoa certa pra você e você, nem aqui nem na China é a pessoa certa pra alguém. Descobrir isso me deu uma paz. A gente passa tanto tempo da vida procurando um amor pra nossa vida e descobrir que não temos mais nada que encontrar no meio do caminho, que a verdadeira procura incessante é apenas por nós mesmos, me faz finalmente suspirar em paz.
A vida inteira, ou pelo menos nos últimos 11 anos dela, passei à procura. Não que eu tenha saído por aí à caça, que eu tenha me contentado com qualquer coisa ou atribuído insatisfação à toda satisfação que a vida me ofereceu. Mas sabe aquela sensação de vazio, de faltar alguma coisa que não se sabe o que é, de agonia de falta, de ânsia de chão? Com essa constatação, ela sumiu.
Me livrei da procura, da completude, do encaixe perfeito de almas coerentemente imperfeitas. De repente, todo amor que busco encontro, dentro do meu olho refletido no espelho com a luz do sol entrando pela janela. "O amor não existe!" eu berro pela pro sol! E embora sinta aqui dentro a grande mentira que digo, não pesa a consciência, pois sei que não existe da maneira que eles acreditam, essa é a minha verdade.
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