domingo, 28 de julho de 2013
sexta-feira, 26 de julho de 2013
domingo, 21 de julho de 2013
deus
Por que vocês precisam nomear? Por que vocês precisam obedecer? Deus é o vento que sopra no rosto e move os pêlos, é o alto da montanha onde se avista a cidade, é a água que bebo-olho-banho-sinto, é a sorte de um bom encontro, é a paz de um sentimento vivido, é o êxtase, o pleno, o que fica. Pra que essa besteira de obedecer a um só rei?
sábado, 20 de julho de 2013
Acho engraçado quem diz que não devemos ter medo, que deve-se ter coragem pra enfrentar os dias e fé que tudo vai ficar bem, mas acredita num deus que proíbe tudo, que faz temer, que te faz andar na linha do moralismo religioso ou queimará no inferno (seja lá qual variação de nome seja dada ao mesmo).
sexta-feira, 19 de julho de 2013
O tempo corrói as unhas e pensamentos. Tudo chega ao fim mais cedo do que se espera. E o final pode ser sempre mais bonito. É preciso coragem de olhar pra trás, mas, ainda mais, pra olhar pro hoje conhecendo tudo que se foi e não surtar. Seria isto, acho eu, um surto preso entre as amígdalas inflamas que avisam, junto com todo o corpo que não aguentarão por muito tempo. O fim se aproxima. O fim pode ser belo. Ou não, pode seguir cumprindo o seu papel de findar o mundo dos sonhos.
Sábado à noite e todo mundo se arruma pra algum lugar, se aninha na cama, espera o esperado chegar. E a minha vez, quando chega? Amigos dando valor uns aos outros, realizando sonhos, viagens, desejos. Indo-se de encontro um ao outro, fazendo valer o momento que se vive. E a minha vez? Famílias felizes na pizzaria, sorrisos largos e sem fim, felicidade descarada. E a minha vez? Filme, sexo, barzinho, cinema, social, vinho, paz. E a minha vez, quando é mesmo?
terça-feira, 16 de julho de 2013
História
Se eu fechar os olhos agora, é como se tivesse sido hoje de manhã. Enquanto resmungávamos e chorávamos até no mesmo quarto, ela sentou-se na mesa da cozinha e confeccionou um porta tazos a partir de um vidro de remédio pro estômago e um desenho: uma árvore enorme, cheia de maçãs penduradas. (sempre penso nesta árvore, quase toda vez que pego um lápis pra desenhar algo, remeto-me a vontade de fazer um desenho tão lindo quanto aquele).
Lembro e meus olhos se enchem de lágrimas. Eu não entendia muito bem o que acontecia, só via o medo tomando os olhares, a segregação, o controle, o massacre psicológico. Sabia que não era falta de dinheiro e nem de tempo. Só muitos anos depois, um dia desses, fui entender do que se tratava. Uns chamam de amor, outros, da falta dele. O que acontece é que toda vez que lembro de algo, vem carregado de dor.
Não quero mais atribuir culpas, tento entender e pensar que cada um tem sua parcela de responsabilidade, mas a verdade é que nenhuma criança do mundo deveria se sentir daquele jeito, as crianças são puras e devem viver guiadas por tal sentimento e não por um aperto no peito de medo sem saber do dia de amanhã.
Hoje, como toda vez que sinto medo, ansiedade, tristeza. Feito aquela menina de antes. Hoje sofro com medo do amanhã, que eu sempre desejo que não chegue, que eu sempre acho que não vou dar conta. É sempre um aperto gigante na garganta, infindável.
Não quero pensar em heróis ou vilões, mas conheço todas as faces de cada um e sempre há um com quem eu concorde mais. Sempre há um que explique mais o porquê de hoje eu não saber amar, escolher, emagrecer. sempre há um que explique mais porque a dor toma até os meus dedos, porque me sinto massacrada, sem luz, sem cor, sem vida.
Alguns dizem que sou culpada por chegar onde chegou, eu só consigo pensar que eu era criança demais pra saber o que eu deveria ouvir ou não, os recados que eu deveria passar ou não. Me tornei órfã de chão muito cedo. E hoje, a cada piso que me colocam no caminho pra seguir, ou rejeito e desperdiço chances inigualáveis, ou me agarro, controlo, sufoco e faço com que se quebre.
No funo, eu sempre soube diferenciar a culpa da boa vontade. E sempre soube a obrigação de parecer fortaleza, de inventar manobras, de ser uma árvore forte, quando tudo, na verdade, está quebrado.
Lembro e meus olhos se enchem de lágrimas. Eu não entendia muito bem o que acontecia, só via o medo tomando os olhares, a segregação, o controle, o massacre psicológico. Sabia que não era falta de dinheiro e nem de tempo. Só muitos anos depois, um dia desses, fui entender do que se tratava. Uns chamam de amor, outros, da falta dele. O que acontece é que toda vez que lembro de algo, vem carregado de dor.
Não quero mais atribuir culpas, tento entender e pensar que cada um tem sua parcela de responsabilidade, mas a verdade é que nenhuma criança do mundo deveria se sentir daquele jeito, as crianças são puras e devem viver guiadas por tal sentimento e não por um aperto no peito de medo sem saber do dia de amanhã.
Hoje, como toda vez que sinto medo, ansiedade, tristeza. Feito aquela menina de antes. Hoje sofro com medo do amanhã, que eu sempre desejo que não chegue, que eu sempre acho que não vou dar conta. É sempre um aperto gigante na garganta, infindável.
Não quero pensar em heróis ou vilões, mas conheço todas as faces de cada um e sempre há um com quem eu concorde mais. Sempre há um que explique mais o porquê de hoje eu não saber amar, escolher, emagrecer. sempre há um que explique mais porque a dor toma até os meus dedos, porque me sinto massacrada, sem luz, sem cor, sem vida.
Alguns dizem que sou culpada por chegar onde chegou, eu só consigo pensar que eu era criança demais pra saber o que eu deveria ouvir ou não, os recados que eu deveria passar ou não. Me tornei órfã de chão muito cedo. E hoje, a cada piso que me colocam no caminho pra seguir, ou rejeito e desperdiço chances inigualáveis, ou me agarro, controlo, sufoco e faço com que se quebre.
No funo, eu sempre soube diferenciar a culpa da boa vontade. E sempre soube a obrigação de parecer fortaleza, de inventar manobras, de ser uma árvore forte, quando tudo, na verdade, está quebrado.
quinta-feira, 11 de julho de 2013
"Enquanto velo teu sono imaginando por onde você anda, me pergunto: como foi mesmo que você acabou entrando em minha vida? Foi primeiro uma carona? Um drink? Um convite, um beijo, uma foda. Uma mensagem, um sorriso. Aí você esqueceu a blusa em casa. Aí você resolveu deixar a blusa em casa. Deixou também uma camisa. E quando a sua escova de dente encontrou espaço no armário do meu banheiro, aí já estava feito. Veio junto barbeador, chinelo, pijama, livro de cabeceira, carregador de celular, chave extra de casa, bomba para asma, desodorante e shampoo anti-caspa. Conquistou uma gaveta para chamar de sua no meu criado-mudo. Era a sua constante presença em meus pensamentos, em meu dia-a-dia, em minha vida, tomando forma física.
E sabe que, às vezes, a gente responde com um instinto brusco quase natural ao estímulo dessa presença estranha em nosso habitat. Reclama da toalha em cima da cama como se fosse o fim do mundo, da tampa da privada levantada como se fosse um desaforo, das cuecas penduradas no armário como se representassem um ultraje. O que não percebemos é que a implicância com a presença pode ser o medo da ausência. Porque eu estava feliz e tranquila antes de você chegar. Porque eu nunca precisei de nada e nem de ninguém para levar a minha vidinha em paz. Porque eu já não consigo mais imaginar você fora de mim."
E sabe que, às vezes, a gente responde com um instinto brusco quase natural ao estímulo dessa presença estranha em nosso habitat. Reclama da toalha em cima da cama como se fosse o fim do mundo, da tampa da privada levantada como se fosse um desaforo, das cuecas penduradas no armário como se representassem um ultraje. O que não percebemos é que a implicância com a presença pode ser o medo da ausência. Porque eu estava feliz e tranquila antes de você chegar. Porque eu nunca precisei de nada e nem de ninguém para levar a minha vidinha em paz. Porque eu já não consigo mais imaginar você fora de mim."
segunda-feira, 8 de julho de 2013
sábado, 6 de julho de 2013
Nota mental:
Aquele momento da vida em que você finalmente percebe que quem criou, foi também criado.
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