segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Então.

Eu não senti nada quando o ano virou. Nada mesmo. Nada de emoção, entusiasmo, fé. Tampouco fiquei indiferente. Não, foi apenas mais uma noite (barulhenta) na praia, queima de fogos como todos os anos (olha que sempre odiei meu pai por dizer isso), roupa branca (que poderia muito bem significar uma sessão ubandista), enfim, era como se, apesar de meu corpo estar ali, o meu eu estava vagando em alguma época sem grande importância, se não me engano, na virada eu estava lembrando da piada da menstruação do Drácula que um amigo me contou umas 4 vezes e em todas elas eu morri de rir como se nunca tivesse ouvido aquilo.
Um outro amigo, que me conhece muito bem, disse que quando eu parei de não sentir mais as coisas com tal itensidade de antes, no mínimo, o eixo da Terra mudou. Logo eu, tão intensa, tão sensível, me tornado tão...racional. E daí? São só 366 dias, podiam comemorar a cada 400 pra ficar o número inteiro, ou a cada mês (eu ia adorar ter feriado na praia todo mês), mas não, veio algm boçal dizendo que todas nossas promessas, sonhos e planos deveriam ser renovados a cada 366 dias e lá estamos nós acreditando num ciclo imaginário que se fecha enquanto outro se abre onde é só mais uma noite. Outra coisa besta é passar a madrugada acordado. Porque Senhor? Tem tantas outras noites mais legais no ano pra se passar acordado, tem tantas outras coisas mais divertidas pra se fazer na madrugada que não seja ficar bêbado fazendo planos.
Sei lá se eu deveria me preocupar, mas eu não senti nada, não to sentindo ainda e, se essa história de o primeiro dia do ano intervir no resto do ano, digo logo que farei escolhas realmente boas esse ano que a emoção é o que menos me importa.

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