quarta-feira, 9 de abril de 2014
Ponto de fuga
Você nunca entendeu nada. Nunca entendeu o caos aonde estava se enfiando. E nunca entendeu todos os adeus. Nunca presenciou nenhuma lágrima escorrendo quando eu virava as costas e revirava na cama lembrando da música que você tirou no violão porque eu tinha dito que eu gostava ou da comparação com o filme "como se fosse a primeira vez". Nunca entendeu que eu sempre faço as escolhas erradas e tendo a continuar neste círculo vicioso. E que às vezes eu só não quero escolher, nem pensar. Nunca entendeu o tamanho da importância. E do quanto é difícil que ela seja deixada de lado. Nunca entendeu que eu nunca te liguei querendo comer, pedalar, fumar, foi só o teu abraço que eu solicitei. Foi só do seu olhar de quem acha que entende tudo, mas no fim nunca entende nada, que eu preciso quando te ligo noite dessas, no meio do nada,com uma desculpa qualquer. Insistentemente querendo que pelo menos a nossa afinidade não saia da minha vida. Como eu sempre tiro tudo que me é válido.
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