"- Meu filho, você é homossexual?"
- Olha mãe, eu não sou nem uma coisa, nem outra, porque nada é definitivo na vida. Você pode dizer que eu seja bissexual, porque não fiz minha escolha ainda. Um dia posso gostar de um homem como, no outro, gostar de uma mulher. Então, não fique preocupada com isso."
(Cazuza)
quinta-feira, 31 de julho de 2014
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Não me espere antes da hora. Nem depois. E nem que eu saiba lidar, porque eu não sei, nunca soube. Não espere que eu diga o óbvio ou que minhas palavras tenham coerência com o que sinto. Não ache que vou ficar, tampouco que eu vou embora. Não pretenda me ouvir dizer que eu tenho tentado encontrar forma do relógio voltar a fim de que nunca nos percamos, mesmo que todo o meu corpo grite por isso. Me espere depois. Me espere antes da hora. Sei que preciso, mas não consigo ir embora (ainda).
terça-feira, 29 de julho de 2014
(A menina que roubava livros)
"Algumas pessoas passam por sua vida, outros a acompanham até que não lhes seja mais possível, outro estão mais perto do que parecem.
(...)
(“Uma especialista em ser deixada pra trás.”) - UMA DEFINIÇÃO NÃO ENCONTRADA NO DICIONÁRIO - Não ir embora: ato de confiança e amor, comumente decifrado pelas crianças.
(...)
Como a maioria dos sofrimentos, esse começou com uma aparente felicidade.
(...)
Não resmungou nem gemeu nem bateu com os pés. Simplesmente engoliu a decepção e optou por um riso calculado - um presente dela para si mesma."
(...)
Mas, afinal, será que é covardia reconhecer o medo?
(...)
Este é um pequeno fato. Você vai morrer.
(...)
"Não me façam feliz. Por favor, não me saciem nem me deixem pensar que alguma coisa boa pode sair disso. Olhem para meus machucados. Olhem para este
arranhão. Estão vendo o arranhão dentro de mim? Estão vendo ele crescer bem diante dos seus olhos, me corroendo? Não quero ter esperança de mais nada"
sexta-feira, 25 de julho de 2014
"A Psicologia representa, positivamente, uma cruz para mim. Seja como for, jogar boliche e colher cogumelos são atividades muito mais saudáveis. Afinal, eu queria apenas explicar a defesa, mas, quando dei por mim, estava tentando explicar algo que pertence ao próprio núcleo da natureza. Tive de elaborar os problemas da qualidade, do sono, da memória — em suma, a psicologia inteira. Agora não quero mais ouvir falar nisso." Carta de Sigmund Freud remetida a Willhelm Fliess em agosto de 1895.
sábado, 19 de julho de 2014
Pensa numa mesa de almoço de vó: toalha quadriculada azul e branca, um tanto de panelas, potinhos, pratos, talheres, copos, vasilhas, jarras, garrafas...tudo cheio. Ela está posta na beira de um barranco, em baixo de uma árvore, sob a grama e flores bem pequenas e coloridas. Rodando em volta da mesa e admirando-a, eu piso em falso, meus pés afundam na terra fofa do precipício e começo a cair.
(E aí percebo que a história que quero contar não é sobre a mesa, tampouco o barranco. É sobre a queda). Imediatamente, começo a me segurar em tudo que está sobre a mesa, tudo é fraco demais pra aguentar meu peso, até mesmo aquela panela de barro pesada que está fechada e não sei o que tem dentro, tento até as cadeiras em volta da mesa, nada. Surge a ideia de me segurar pela toalha, minha última esperança. Nada. Além de não me segurar, tudo que há nela vai caindo em cima de mim, quanto mais eu me seguro, mais coisas caem em mim. E eu não desisto de segurar em tudo que não me dá apoio, insisto em carregar comigo tudo isto que não faz diferença, só pesa. Quando me toco disso, solto. Abro os braços e vou caindo junto com caldos quentes, vidros quebrando, facas "tirando fino" de mim. E eu não me importo porque alguma coisa me diz que vou cair em uma nuvem quentinha e macia. E se eu cair no concreto e me esborrachar, tudo bem também, eu já caí.
E é exatamente assim que é estar apaixonada por você.
(E aí percebo que a história que quero contar não é sobre a mesa, tampouco o barranco. É sobre a queda). Imediatamente, começo a me segurar em tudo que está sobre a mesa, tudo é fraco demais pra aguentar meu peso, até mesmo aquela panela de barro pesada que está fechada e não sei o que tem dentro, tento até as cadeiras em volta da mesa, nada. Surge a ideia de me segurar pela toalha, minha última esperança. Nada. Além de não me segurar, tudo que há nela vai caindo em cima de mim, quanto mais eu me seguro, mais coisas caem em mim. E eu não desisto de segurar em tudo que não me dá apoio, insisto em carregar comigo tudo isto que não faz diferença, só pesa. Quando me toco disso, solto. Abro os braços e vou caindo junto com caldos quentes, vidros quebrando, facas "tirando fino" de mim. E eu não me importo porque alguma coisa me diz que vou cair em uma nuvem quentinha e macia. E se eu cair no concreto e me esborrachar, tudo bem também, eu já caí.
E é exatamente assim que é estar apaixonada por você.
terça-feira, 15 de julho de 2014
sexta-feira, 11 de julho de 2014
segunda-feira, 7 de julho de 2014
O problema é daqui praí.
Daqui de dentro em direção à você, digo.
Uma ligação com uma possibilidade de não ser o que você esperar, me tira do eixo, me dá falta de ar, taquicardia.
E eu me pego segurando o choro porque eu te amo demais, mas nunca vou ser só o que você espera, pois há um punhado de coisas que eu também espero que eu seja, de mim, pra mim.
E parece tudo tão incompatível até que você esteja por peto.
Meu coração agora dói e se questiona, mas sei que quando abrir a porta do seu quarto e sorrir pra mim, nada no mundo mais vai importar, nem o que eu sinto.
E, talvez, esse seja o nosso maior problema.
06-03-14
Daqui de dentro em direção à você, digo.
Uma ligação com uma possibilidade de não ser o que você esperar, me tira do eixo, me dá falta de ar, taquicardia.
E eu me pego segurando o choro porque eu te amo demais, mas nunca vou ser só o que você espera, pois há um punhado de coisas que eu também espero que eu seja, de mim, pra mim.
E parece tudo tão incompatível até que você esteja por peto.
Meu coração agora dói e se questiona, mas sei que quando abrir a porta do seu quarto e sorrir pra mim, nada no mundo mais vai importar, nem o que eu sinto.
E, talvez, esse seja o nosso maior problema.
06-03-14
Ontem
"Em frente ou enfrente".
No fim, a vida é sempre escolher ficar ou ir, sair ou entrar, esquecer ou permanecer.
Meus dias são sempre sobre você.
A sua falta ou os excessos que me atormentam e enlouquecem.
Sobre aprender a lidar, me reencontrar sem te perder.
E não importa o quando eu nade, sempre volto pro nosso oceano, meu lugar preferido e cômodo.
Esquecendo que acomodar é ruim.
Como sempre eu volto e cedo aos teus encantos.
E volto pro teu canto criando espaço na sua confusão pra desorganizar a minha bagunça.
Dessa vez reconhecendo o caos, as dores, dificuldades e contradições e ainda assim,
querendo querer.
22-04-14
No fim, a vida é sempre escolher ficar ou ir, sair ou entrar, esquecer ou permanecer.
Meus dias são sempre sobre você.
A sua falta ou os excessos que me atormentam e enlouquecem.
Sobre aprender a lidar, me reencontrar sem te perder.
E não importa o quando eu nade, sempre volto pro nosso oceano, meu lugar preferido e cômodo.
Esquecendo que acomodar é ruim.
Como sempre eu volto e cedo aos teus encantos.
E volto pro teu canto criando espaço na sua confusão pra desorganizar a minha bagunça.
Dessa vez reconhecendo o caos, as dores, dificuldades e contradições e ainda assim,
querendo querer.
22-04-14
Eu falei sério quando disse que você poderia entrar e bagunçar o que quisesse em mim, desde que não reparasse a bagunça que eu já estava. E também não brinquei avisando que mais dois minutos ali e não te deixaria mais cruzar a linha do meu mundo pra fora. Foi de verdade o número de vezes que te olhei te achando a pessoa mais linda que já vi, embora já tenha achado isso tantas outras vezes de tantas outras pessoas. E eu não brincaria dizendo que estava junto com você pra qualquer coisa se eu não estivesse. Eu quis sim entrar nisto e me dei conta do passo a passo, de cada nível avançado, do amor acontecendo. E eu falei ainda mais sério quando disse que não, eu não estou nem um pouco disposta a ir embora agora.
quarta-feira, 2 de julho de 2014
terça-feira, 1 de julho de 2014
Cebola
Sento em frente ao mar e acendo um cigarro buscando pelo tempo aonde anda a pessoa que sempre debochava "quando o seu filho tiver 16 anos vou ensiná-lo o que são drogas" "não vai não" "vou e não tem nada que você possa fazer pra me convencer" "se você fizer isso eu nunca vou te perdoar" "se você não me perdoar, além das drogas, eu conto pra ele o que a mãe dele fazia nas madrugadas quentes na varanda do quarto dela" "quando meu filho fizer 16 anos, vou mandá-lo pra um colégio interno na China".
Desde que você foi embora, eu nunca mais quis ter filhos.
Desde que você foi embora, eu nunca mais quis ter filhos.
É sempre assim: você some por meses e eu fico aqui sentindo cada parte do meu corpo dilacerar tentando te mostrar o tamanho da sua importância na minha vida e o quanto te quero por perto o tempo todo.
Quando canso desse jogo idiota e me recomponho, você me manda uma foto com um texto que te escrevi no inverno passado perguntando se eu ainda vou te amar quando amanhecer. Sabe o mais patético? Não importa o quão longe eu tenha chegado sem você, eu sempre volto pra segurar a sua mão.
"Sim, eu vou te amar mesmo quando a gente deixar de respirar"".
Quando canso desse jogo idiota e me recomponho, você me manda uma foto com um texto que te escrevi no inverno passado perguntando se eu ainda vou te amar quando amanhecer. Sabe o mais patético? Não importa o quão longe eu tenha chegado sem você, eu sempre volto pra segurar a sua mão.
"Sim, eu vou te amar mesmo quando a gente deixar de respirar"".
Até que ponto desistir é sinal de covardia? Até que ponto parar de insistir em uma vida que claramente não dá certo é o mesmo que fraqueza? Poupar sofrimento deveria ser visto com bons olhos. É mesmo necessário buscar motivos pra viver quando é nítido que viver não vale à pena?
- Só por um momento sentir o amor que dizem sentir por mim como uma pessoa normal.
- Só por um momento sentir o amor que dizem sentir por mim como uma pessoa normal.
Assinar:
Postagens (Atom)