domingo, 30 de agosto de 2015
Porque eu te amo, tu não precisas de mim
Eu te amo e você não precisa de mim. Eu preciso, porque não há como amar realmente o impalpável, o intangível. Pra que eu te ame é preciso que você exista, é preciso que você viva, tenha sonhos, gostos, traumas, é preciso. Nada de novo sob o sol.
A grande sacada, só agora, depois de mais de um ano lendo essa frase percebo: VOCÊ NÃO PRECISA DE MIM PORQUE EU TE AMO. Eu não quero que você seja uma pessoa insegura, eu não quero que você co-dependa, que você se desacredite, que quero que você saiba do meu amor e que exista nele independente de que ele continue existindo. Porque eu te amo, te quero autônomo, independente, livre. Não dessa forma desumana que andamos vendo por aí, do viva sua vida, foda-se a empatia, o amor próprio, o amor ao outro, viva as ideologias e o meu ideal. Não. Que você seja livre pra dizer, sentir, pensar, gritar, dar vexame. Que seja livre pra e contradizer, pra erra, pra despertar meu pior lado e o melhor ao mesmo tempo. Que você não dependa de mim pra existir de tão livre que a sua existência é. Que você seja potência. E que fique, um pouco mais, talvez, porque quer e não porque precisa.
Porque eu te amo, tu não precisas de mim. Tu não precisas de mim porque eu te amo, mas porque minha companhia te potencializa. Tu não precisas de mim porque eu te amo, porque, à despeito de ter entendido que ninguém se basta sozinho, que tudo é impermanência, você é livre como poucos são: respeita a sua liberdade e a minha.
Obrigada, Roberto Freire, por mais uma catarse no meio do nada. Por mais uma reformulação de teoria no meio da vida.
terça-feira, 18 de agosto de 2015
Bateju
Engraçado me dar conta disso hoje em dia, visto que sempre achei que eu fosse muito competitiva. Lembro da minha tia, depois de toda apresentação na escola, falar mal de todas as outras meninas dizendo que eu era a mais bonita. Eu não ficava feliz com aquele elogio nunca. Primeiro porque, venhamos e convenhamos, que criança/adolescente esquisita eu fui, Segundo que eu não queria ser mais bonita que alguém, eu queria ser tão bonita quanto.
Vi agora um comentário numa foto de uma amiga, ela posando com várias outras amigas e a mãe comentou "filha, você é a mais bonita" qual a relvância disso.
terça-feira, 4 de agosto de 2015
Rivotril
segunda-feira, 3 de agosto de 2015
Transformar ódio em oportunidade de crescimento.
Transformar ódio em oportunidade de crescimento. Transformar ódio em oportunidade de crescimento. Transformar ódio em oportunidade de crescimento. Transformar ódio em oportunidade de crescimento. Transformar ódio em oportunidade de crescimento. Transformar ódio em oportunidade de crescimento.
Transformar ódio em oportunidade de crescimento. Transformar ódio em oportunidade de crescimento. Transformar ódio em oportunidade de crescimento. Transformar ódio em oportunidade de crescimento. Transformar ódio em oportunidade de crescimento(...)
Auto-amor energético
Parando pra pensar o Universo como força e energética em tudo. Talvez seja viagem, talvez seja coerente: sei do aspirador se pó de energia que se instala na minha pineal toda vez que sinto medo ou lido com pessoas tóxicas, sei dos encontros por afinidades não ditas, sei da manutenção do pensamento que faz com que nada atravesse meu campo vibratório, sei do mal estar que paira no meu dia quando gasto 10 minutos dele desejando o mal de alguém.
Aconteceu quando eu lembrei que ta todo mundo morrendo, por fatalidades ou pelo tempo, a gente ta se despedindo e isso me deu uma enorme sede de vida. Não quero mais perder tempo me odiando ou odiando alguém porque não há tempo pra isso dentro do pouco tempo pra ser o que eu quero. Primeiro comecei a cantar uma música bonita quando começava a sentir ódio - porque o que é a vida senão um grande teste de paciência -, depois parei de visitar a página social ou a casa de quem me desequilibra, em seguida, e talvez tenha sido o passo principal, troquei o "eu odeio a vida e que isso esteja acontecendo, isso tudo não tem jeito quero morrer" para "o que isso tudo que ta acontecendo tem pra me ensinar? Aonde nisso tem espaço pra que eu possa crescer?". Então, quando eu estava pronta pra ver - já que certamente antes eu preferiria a cegueira permanente - eu pude me ver, me re-ver. Durante um show um filme se colocou dentro dos meus olhos. Os lugares que eu fui, os amigos que eu fiz, as pessoas por quem me apaixonei e o desenrolar de cada história, a sensação de ter passada no vestibular, as novas casas, a saudade da cidade natal que foi sumindo com o amor pela cidade nova, voltar pra cá depois de tanto tempo odiando aqui, as noites esparramadas na cama, dormindo no ônibus ou no avião chegando ao próximo destino, matar aula de matemática sentada no meio fio da calçada conversando com meus melhores amigos porque sabíamos que aquilo passaria rápido e não voltaria, uma torta dividida com uma amiga num dia que falamos sobre efemeridade, tomar banho de chuva andando de bicicleta com minha prima quando ela levou o primeiro fora, o primeiro beijo que ganhei da minha namorada, o abraço da minha mãe ao chegar de uma viagem em que fiquei passando mal com medo de morrer, a sensação de deitar na grama e sentir o sol da manhã entrando na minha pele, o fórum social, a primeira vez que vi minha banda favorita, o último encontro com a turma de colégio, a onda do último jazz e blues, contar moedas pra consertar o carro pra acampar escondido... Eu me vi tão linda, tão grande, tão forte, tão amada, tão Amanda.
E foi através dessa energia que eu comecei a entender o que é auto-amor.