terça-feira, 19 de outubro de 2010

Iluminado 2.

Não olhei pra trás hoje, preferi assim, não me despedir. Porque nunca foi isso que eu quis. Embora seja carregada pela impressão de não sermos mais nada. De nunca termos sido nada. Um sonho talvez, uma ilusão, sei lá.
Eu achava, no meio daquilo tudo, que você era a minha luz no caos que eu me metia, hoje vejo que talvez você fosse a escuridão no meio de tanta luz que eu exalava e que me circundava. Tanto faz. Hoje tanto faz. Não tenho mais luz, tampouco paz.
Queria você como antes, bem antes, quando era só a gente, só os nossos olhares e sorrisos no horizonte sem pressa e porquê. Hoje dói, senti meu coração bater ao contrário por saber que nossos rostos não estão postos na mesma direção, quissá nossas mãos entrelaçadas ou emaranhadas em nossos corpos.
Eu sinto um vazio, só o vazio. E a lembrança, a lembrança boa que ficou de tudo que você foi e sempre vai ser na minha história.

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