quarta-feira, 21 de maio de 2014

Faz mais de um ano que perdi o sentir. E muito mais que você me encontrou com o sentimento desmensurado. Hoje pensei que todo dia um amor renasce de algum que acaba no meu corpo (e nos outros). Entretanto, ainda dói olhar pro lado e não encontrar sua cara de sono me pedindo pra não dormir mais. A gente nunca sabe que dia será o nosso último e, devido a essa consciência que passa desapercebida na maioria dos nossos dias, brincávamos sempre de último dia da vida. Até que nosso último dia chegou. Logo depois de eu ter tirado, pra você, a minha barreira de proteção: você prometeu que me cobriria com a sua. Eu precisava de um colo e acreditei. Quando acordei, estava sozinha em meio ao oceano.
Hoje, meu barco passa pelo seu, mas nunca paro. Tem dias claros de céu azul que passo horas olhando pro mar e querendo fazer parte dele, virar peixe, talvez te esquecer. Então lembro do pavor que é o mar à noite. Sem outra opção, me vejo contando estrelas. E lembro das tantas noites que vimos virar dia assim. Não navego mais à sua deriva. Mas seu barco ainda é porto onde quero chegar.

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