segunda-feira, 1 de setembro de 2014

fim

Um grito oco, silencioso, uma tentativa falha de fazer o tempo voltar. De fazer as coisas voltarem a ter sentido. De me fazer caber num abraço qualquer. Eu fiquei órfã. Eu fiquei sozinha. Lembra que a gente prometeu não se abandonar nunca? Eu sei, eu sei que não foi você quem escolheu, mas isso não muda o meu egoísmo. Isso não altera a minha dor. Isso não faz com que eu aprenda o que fazer com os meus dias, com a minha vida. Isso não me aponta nenhum caminho. Eu ando sem parar e quando paro é onde o meu corpo não aguenta mais o peso do choro. Cadê a alegria do meu sorriso? Sua morte comeu. E eu não tenho nem voz pra gritar.

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