Lembro de na nossa segunda semana, do nosso encontro, te ter deitada no meu colo, te fazendo cafuné na face completamente mudas, você dizia que eu tava quieta demais e eu te dizia que tava treinando seu silêncio.
Hoje, o silêncio que te ensinei, aquele que vem quando a gente se sente tão à vontade que não precisa de palavras, aquele em que os olhares falam mais que qualquer junção de letras, aquele que me fazia passar mais tempo olhando seu rosto tentando entender como a sua pele é o melhor lugar que já encostei minhas digitais: se tornou um muro. Um silêncio sepulcral nos invade. Dos tantos assuntos e histórias que eu poderia te contar, sobra a anestesia.
O silêncio comeu minha energia, comeu a minha coragem de atravessar meu medo e te atravessar ao mesmo tempo em que sou atravessada por você. O silêncio comeu a minha paz, o sossego das batidas do meu coração quando ao seu lado, o ritmo desgovernado que as minhas idéias surgem perto/dentro das suas.
O silêncio me devora. Logo ele, o meu fiel companheiro, hoje se torna meu pior inimigo. Logo eu que sempre fiz questão de apontar os seus benefícios, não vejo a hora de quebrá-lo. Só pra te trazer pra perto.
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