quinta-feira, 19 de novembro de 2015

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Você não costuma fazer o que é mais fácil, você não se rende. E você não faz ideia do quanto eu te admiro por não se render. Do quanto eu te admiro por comprar todas as brigas e colocar teu peito na reta das nossas diferenças.
Eu me vi vestindo o dilema da psicanálise, ao seu lado. Quando estamos em um relacionamento, achamos que somos dois que vão se fazer um, e isso é extremamente frustrante porque são sempre duas pessoas vivendo as próprias vidas e se desencontrando. Agora, vendo de tão perto e de tão longe tudo que a gente é, deixo que sejamos quem somos. Sem me ater ao que eu gostaria que você fosse, sem me ater aos nossos defeitos, deixo que a gente flua, que o nosso encontro seja fluido e se dê de sua melhor forma. Não sou mais assombrada pelo medo de nos perdermos, mas ainda há tanto que me assombra, ainda há a auto-cobrança e o drama da insuficiência. Ainda há aqui, dentro da minha vida, tudo que havia de errado e que antes eu achava que estar ao seu lado resolveria. Fico feliz por ter me enganado, por nosso relacionamento não resolver, de fato, nada além do que está entre nós, por mais difícil que isso seja.
Eu espero que você continue não se rendendo e me ensinando, deste jeito tão torto e tão nosso, que amor não tem nada a ver com ser o que a outra pessoa espera.

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