“O hábito enfraquece todas as coisas; mas as coisas que melhor nos lembram uma pessoa são aquelas que, por serem insignificantes, nós as esquecemos e que, por estarem esquecidas, não perderam nada de sua força. Por isso, a melhor parte de nossa memória existe fora de nós mesmos, numa brisa de chuva, num cheiro a quarto fechado ou no de um primeiro fogaréu, coisas através das quais podemos recuperar qualquer parte de nós mesmos que a razão, não tendo nenhum uso para elas, desdenhou; o último vestígio do passado, o melhor dele, a parte na qual, depois de todas as nossas lágrimas terem secado, pode nos fazer chorar outra vez.”
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