Eu odeio quando você fala comigo.
E odeio não conseguir te dizer o quanto eu odeio.
Eu tenho nojo do meu corpo quando lembro que ele já encostou no seu, que já foi motivo do seu prazer.
Eu odeio o amor quando lembro que te amei.
Eu odeio ter abaixado a cabeça pras suas imposições, odeio ter seguido suas regras.
Odeio ainda ter medo de você.
Odeio o nó na minha garganta quando penso na possibilidade de você aparecer na minha casa me cobrando algo.
Odeio ter cedido à sua última chantagem.
Tenho raiva de mim por tê-las percebido tão tardiamente.
Odeio que você tenha me silenciado, calado minha autoestima, minha autonomia.
Eu odeio o rastro que você deixou em mim e a minha vontade de morrer por isso.
Odeio meu sangue por ter entrado em contato com o seu, odeio tanto que desejo por vezes me cortar inteira, me livrar do meu sangue impuro, dos resquícios de você em mim.
Eu odeio não conseguir te denunciar, não conseguir fazer um escândalo, que você tanto merece nesse momento.
Eu te odeio, odeio, odeio, odeio, odeio, odeio, odeio, odeio (...)
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
Abusivo
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