quinta-feira, 16 de outubro de 2014

"Levar uma mulher para a cama é levar para cama uma multidão, e é preciso estar preparado para lidar com tanta gente, e com tantos medos, e com tantos amores, e com tantas dores, e com tantas paixões. Porque depois de tirar nossa roupa é preciso que nos tirem as camadas psicológicas de detritos impostos pelo mundo machista, misógino e cruel que fica do lado de fora e que acaba penetrando. Ao contrário de nossos colegas do sexo masculino, não nos desatrelamos dele tão facilmente. A pessoa que consegue eliminar essas camadas tem em sua presença o ser humano mais rico e complexo e intrigante que já passou por aqui: uma mulher em sua totalidade. E a totalidade de uma mulher é coisa demais – e talvez por isso relacionamentos lésbicos sejam sempre tão intensos e dramáticos; porque envolvem essas características potencializadas e a menos que você esteja dentro de um deles jamais terá noção de como um casal de mulheres tem a colossal capacidade de complicar todas as coisas, mas também a colossal capacidade de se entregar e de cuidar e de se envolver." (Milly Lacombe)

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