segunda-feira, 2 de agosto de 2010

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Não, não é nada disso que você ta pensando, é exatamente o contrário. Eu não tenho medo que não dê certo, lágrimas e revolta no final é comigo mesma, cresço, evoluo que é uma beleza, porque ultimamente vejo que só aprendo assim: a base de porrada. Eu to apavorada, tremendo de medo que as coisas dêem certo, que a gente se apaixone e eu perca esse maldito controle que eu faço de tudo pra ter desde que me entendo por gente. Eu não quero ter coisas bonitas pra lembrar, eu não quero lembranças que ficarão fixas em minha memória e não saírão nem com um transplante de cérebro, quissá, de corpo, não quero sorrisos e "eu te amo" enraigados na minha alma a cada vez que eu fechar os olhos. Eu estou com medo. E dizem que assumir a fraqueza é o primeiro passo pra mudar alguma coisa. Assumo: sou controladora. E não mudou nada. Tudo que eu queria agora era me desfazer dessa armadura, dessas correntes que me prendem e fazer tudo dar certo sem medos ou receios, mas não consigo. Não só por não ver a segurança que eu preciso em seus olhos, mas por algum motivo obscuro eu faço tudo pra que essa segurança nunca chegue, que nunca tenhamos certeza. Disseram-me: amor dói no começo e no fim, pra mim, a dor maior é no começo, dói tanto e tanto que eu faço de tudo pra fugir dessa dor, pra fugir de mim.
Eu queria ser uma pessoa normal que hoje te ligasse e dissesse: estou a caminho, nos vemos em 20 minutos, mas eu continuo preferindo ser a pessoa que diz: não estou a fim, não me espere, eu não vou. Enquanto tudo que eu queria era dizer: eu to com medo, me da a mão e me diz que você ta aqui comigo.
Mas isso soaria dramático demais, passivo demais, vulnerável demais, dependente demais e isso eu não quero ser nunca mais.

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