quinta-feira, 16 de setembro de 2010

anjo

Sempre falo do meu anjo da guarda sem corpo, o Luz, que guia meus passos, ilumina meu caminho, me acalenta e sempre vem abrir meus olhos e minha mente. Entretanto, a pouco mais de 6 meses, ganhei um anjo da guarda com corpo, de quem nunca falo, mas sempre amo e lembro. Ela (porque eu preciso que os sexos variem) veio, assim como ele, com uma voz terna no meu ouvido, voz que fica ecoando na minha mente e me faz entender tudo aquilo que eu me recuso. Ela, que assim como ele, me fala as verdades que eu não quero ouvir, chama muito mais a minha atenção do que me aplaude (já que erro muito mais que acerto), mas quando aplaude, aplaude com a alma e não só com o corpo. Ela que vela meus sonhos, que reza por mim (e que poder a oração dela tem sobre mim). Que me chama de cricri quando eu me envolvo de pirraça, que nunca levanta a voz porque se faz ouvir. Ela que sente meus sentimentos, que pressente minhas dores, que palpita o coração quando o meu se desespera. Ela que cuida, de cada detalhe, pra que cada lágrima seja sorriso. Que sempre tem o ouvido disposto mesmo com a orelha cansada da minha voz, que sempre guarda os melhores conselhos mesmo quando não há palavras o suficiente. Que insiste em me colocar pra cima mesmo quando eu quero cair, que levanta meu astral só com uma carinha, que é a melhor contadora de histórias e que distrai qualquer pensamento ruim gesticulando qualquer coisa idiota que tenha acontecido. Ela que vê o valor das coisas simples, que é o valor das coisas simples. Que equilibra a casa, o mundo, o meu mundo. Que tem sempre um sorriso, que tem sempre compreensão nos olhos e cafuné de colo. Que ri da minha cara e conta as minhas piores histórias em público e não sente vergonha de mim, que fala demais, que brilha demais, que eu amo demais. Vejo-a sempre como sinal de respeito, vejo-a sempre como sinal de fé, vejo-a sempre como sinal de que tudo vai ficar bem. Ela não precisa fazer esforço pra me tranqüilizar, não precisa pedir paz porque sempre a tem, a é. Sempre sabe o que fazer mesmo quando está perdida. E sempre se esforça pra se colocar no lugar do outro e sentir como ele. Ela sempre me guia. Ela que chegou sem avisar, sem que eu esperasse, sem que eu ao menos desejasse. Meu anjo da guarda com corpo e sem asas, minha companheira de aventuras, minha paz: Lívia.

Um comentário:

  1. Nossa, ficou muito lindo! É o tipo de coisa que a gente lê com um sorriso no rosto e o coração vibrando... vcs são lindas!

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