quarta-feira, 1 de setembro de 2010
falar 2
Palavras entaladas na garganta, sonhos guardados em baixo do travesseiros, dores inenarráveis presas dentro dos olhos. Eu queria falar, eu juro, juro que queria conseguir aliviar esse coração dolorido, falar, falar e falar. Colocar pra fora de vez cada detalhe que incomoda, cada grande parte que transforma, me transforma, me deforma. Eu queria tanto olhar nos olhos de alguém e não tremer de medo da pessoa sumir da minha frente no meio da conversa, morro de medo de que me abandonem ao saberem meus segredos, de confiar, como dói confiar, como dói ser vulnerável, como dói mostrar minhas fraquezas. Eu sempre fui uma fortaleza, o porto seguro de todos que eu amo e agora não pode ser diferente. Não pode, não pode. Que cessem as lágrimas, que pulsem os passos, me encontro em desabraços, levo-me daqui.
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