sábado, 11 de setembro de 2010

Logo eu.

Não é só o fato de passar mal, de apagar, de ter o corpo dormente ou a falta de domínio. O pior de tudo é a dependência. É querer ir tomar sorvete e não poder ir sozinha, é querer ter meus momentos diários necessários de solidão e não poder, é ter que ter alguém pra tomar banho, comer, dormir, estudar, andar, viajar. É ter que ter alguém pra sentir comigo, pra me dar a mão e pra me ajudar a andar. É depender, é aceitar, não revoltar e caminhar. É ter resignação e ter a fé que move montanhas. Fé, sobretudo fé. Forte, sobretudo forte. Disciplina, sobretudo disciplina. Eu, logo eu, que sempre fui independente demais, lutei pela co-dependência nunca mais, agora tenho que sentar a minha bunda do lado da irmã ou amiga mais próxima e prometer: só vou sair daqui com você e se eu passar mal eu prometo te avisar. Eu, logo eu.

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