sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Escrevo.

Escrevo pra não morrer de tédio, de angústia, de dor. Escrevo pra não morrer e, em contrapartida, pra que ao me ler sintam alguma vida após a minha morte. Escrevo pra contrariar a sorte, pra não engasgar com meus próprios sentimento, como se o que sinto fosse um fio de cabelo preso na garganta: não sobe nem desce, portanto vomito.
Vomito palavras com canetas coloridas, no teclado sujo de poeira, no choro convulsivo noite adentro. Vomito palavras escritas pra não te perder, pra não correr o risco de você me ouvir e sair da minha vida. Escrevo pra curar excessos de amor, calor, rancor, pra não ser tão e sempre o que sobra, pra alguma vez ser a procura porque falta. Escrevo. Engano a saudade com palavras combinadas inventando motivos pras mesmas estarem dispostas em linhas organizadas sem que mais uma vez, seja sobre você.

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