quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Do fim.

Tento não contabilizar o tempo exato desde que meu suspiro se transformou numa respiração entrecortada. Só posso dizer da correria dos dias e do que vejo pelo vitral de ideias tortas que minha mente se tornou com a sua despedida. Minha mãe costuma dizer que "homem só deixa um relacionamento quando tem outra" e eu finjo não acreditar nesse discurso machista do século XX, mas a verdade é que o que eu não quero acreditar é que o seu coração habita outro peito que não o meu, que o seu abraço cura outra alma que não a minha. E é nesse "tentar não pensar" que parei a minha vida, é nessa falta enorme que você deixou, esse vazio gigante no lugar do seu sorriso. Talvez eu tenha te amado pouco, demonstrado errado, feito escolhas duvidosas, acho que estou naquela fase em que a gente coloca toda a culpa do fim em nós mesmos esquecendo que toda relação, seja ela qual for, é uma via de mão dupla.
Esses escritos não são pra dizer nada, na verdade. Não tem conclusão, não tem causa, não tem sentido (como tudo que me envolve agora). É só pra dizer que sinto a sua falta, todos os dias. E que sem você nenhum pôr do sol no mar nunca mais foi o mesmo.

Um comentário:

  1. Querida Amanda!
    Acredita que, só hoje vi seu comentário em meu blog? (poesiametamorfoseada) hahaha
    Sumi de lá ha tempos.
    Achei o máximo nossa coincidência de xarás de nome e blog. Adorei seus textos! Prabéns!
    Beijo grande.

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