terça-feira, 2 de outubro de 2012
O que eu desejo.
Que a gente continue se fazendo esquecer os amores que causam dor. Que continuemos sabendo nos ter em meio ao breu e a solidão. Que a gente não perca o riso frouxo e a mania de fazer piada em meio a todos os problemas que nos assolam. Que nenhuma outra relação nos impeça de deitar abraçados na cama visualizando o teto enquanto nos fazemos carinhos na tentativa de um convencer o outro que o mundo pode ser legal às vezes. Que possamos habitar todos os êxtases químicos com a certeza de que um cuidará do outro. E falando em cuidado, que sempre saibamos que tem um colo nos esperando caso tudo insista em continuar dando errado. Que a gente tome banho no escuro do banheiro vendo o sol nascer pelo basculante. E que continuemos a fazer dancinhas pela casa e pela vida. Que nossos ombros sejam os melhores lenços pras nossas lágrimas e nosso abraço, além de refúgio, a melhor comemoração de cada sorriso. Que a gente sempre durma bem e muito, juntos ou não. Que a gente continue escrevendo textos, canções e filmes. Que continuemos sonhando em conhecer a Irlanda até que seja realidade. Que a gente se guarde bem um no outro pra poder nos contar com detalhes quando não estivermos mais por perto. Que a gente experimente o mundo e conheça cada lugar e cada pessoa que podemos habitar. Que nos mantenhamos atentos e saibamos a hora de nos deixar, já que o problema de toda relação é que erramos a hora do adeus. Que a gente se viva e se aprenda. E sobretudo, que você continue se sentindo confortável no mundo enquanto canta baixinho suas músicas e as toca no violão, mesmo quando eu não estiver mais aqui pra ouvir.
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