segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Talvez

Chocolates, fumos e músicas já não são o suficiente. Nada me basta, há uma sobra constante em tudo que me falta. O nó da minha garganta se tornou quem sou, eu sou o nó, a complicação, eu sou os pensamentos complicados e os dias turvos em pleno céu azul, em pleno céu estrelado que habita o céu da minha boca.
Você não merece o que eu sinto por você, nem eu. Tudo que dói, tudo que contradiz, tudo que foge da liberdade de poder ir e vir sem dor, sem desespero, sem querer abrir o zíper nas costas e sair de mim, não me cabe. E eu continuo querendo ter as suas medidas. Dói. E eu choro. Dessa vez não grito mais, não soco paredes, não ando de um lado pro outro, só deito na rede e vejo mais um cigarro se desfazendo, só choro baixinho me perguntando porque entre tantas perguntas que existem no mundo a única que não me vem resposta é a que eu mais preciso, a que eu mais desejo. Talvez as minhas lágrimas te encontrem e te digam o que não consigo. Talvez seja só mais uma noite em que dou voltas em volta de mim mesma e não chego a lugar nenhum. Talvez me assusta. Você me assusta. Talvez.

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