sexta-feira, 27 de junho de 2014
Fui feliz
Já reli nossa última conversa mil vezes. E não tem um dia que não checo suas redes sociais ou a última vez que ficou online no whatsapp. Nada. Tudo que temos é o silêncio que nunca coube em nós. Compreensível, já dissemos todas as palavras que existem no vocabulário pra tentar encontrar um ponto de entendimento, um elo que nos mantivesse juntos, uma tábua de salvação pra correnteza que levou o nós embora. Dias como este, tenho convicção de que não aguentarei a vida inteira pela frente longe dos seus olhos, aqueles em que eu bastava cruzar pra sentir toda a segurança que precisava pra continuar caminhando nesta linha torta que chamo de vida. E reler cada palavra do que você disse decretando nosso fim não me faz encontrar nada que não um golpe no estômago por nunca ter havido reconhecimento do tamanho esforço que fazia pra corresponder ao seu ideal, pra ser o que você queria que eu fosse, pro meu mundo caber dentro do seu. O problema com o silêncio, hoje eu vejo, é que ele pode ser interpretado da maneira que eu bem entender. E eu sempre interpreto da que me causa mais dor. E isso é tão burro porque pode ser que as dores que habitam nossas faltas de palavras pudessem se ancorar uma na outra e nos manter salvos. Entretanto eu quero a ruína e não a salvação. Entretanto, eu continuo buscando te conhecer e reconhecer, encontrar algo que me diga quando foi que chegou o dia da nossa última conversa e eu nem vi.
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