sábado, 11 de dezembro de 2010

Ele.

Sinto saudade. Do cheiro da pele, dos corpos agarrados, das almas entrelaçadas. Do gosto do amor que eu sentia em cada célula do meu corpo, em cada fração da minha alma.
Sinto saudade e nada digo, me calo, sofro sem lágrimas. Minha alma secou. Minha vida secou sem você.
Eu, o jardim de mim, despedacei, sequei. E agora, prostrada em frente a mim mesma, recebo a água do regador de quem hoje ainda me quer bem, ainda está disposto a cuidar de mim, tento me curar, de mim, de você, de nós, desse amor, essa obsessão entranhada em mim.
É triste dizer, mas a única pessoa que eu queria que cuidasse de mim é você. Não digo. Minhas palavras pra ti também acabaram, também secaram. Tudo acabou, se desfez.
E eu? Refaço? Refaço-me? Sinto saudade.
Do cheiro dos corpos agarrados, do gosto da pele, do cheiro do amor que eu sentia em cada fração do meu corpo e em cada célula da minha alma, das nossas almas entrelaçadas num único momento: pra sempre.

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