quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Ana e o Mar, Mariana.

Desde os primórdios (ou desde uns 2 anos atrás), venho tentando ser uma pessoa desapegada. Que saiba amar sem tentar possuir e viver sem querer pra si. Se consegui 3 vezes foi muito, mas o importante é tentar neah? E cá estou eu, mais uma vez me despedindo e mais uma vez tentando o desapego.
Mas como desapegar do que só fez bem pra gente? Como dar "adeus" a quem nunca queríamos dar nem "até amanhã" e não sofrer, não chorar?
Eu não sei muito bem como foi, não sei quem adicionou quem no orkut e depois no msn. Não lembro como começamos a conversar e agora me fogem os assuntos. Não nos identificamos logo de cara necessariamente, nem tivemos aquela confiança mútua no primeiro momento. Não que eu me lembre, na verdade. Mas foi uma coisa constante, nesse meu mundo em que vivo de imediatismo, fui construindo uma relação estável aos poucos, sem me dar conta. Fui confiando a minha vida, os meus segredos mais íntimos, a minha dor mais profunda, o meu sentimento mais sincero. E quando eu me dei conta, já não sabia separar o que era eu e o que era a visão dela sobre mim (Já que ela me olha tão sem julgamentos que parece o meu auto-olhar.)
Ela me convencer de qualquer coisa que quiser e mesmo tendo esse poder sempre o usa só pra fazer o bom e bem pra mim, ela me faz massagem pra me acalmar e gasta seu creminho comigo, ela me dá bronca, me obriga a comer coisa saudável (ou menos prejudicial a saúde), me ouve como se todas as asneiras que eu falasse fossem as coisas mais importantes do mundo, fica surpresa com as minhas travessuras mas nunca me julga por elas, come brigadeiro com morango e uva tendo orgasmos gustativos juntas, é meu ombro amigo, meu colo certo, pra onde eu corro quando o perigo vem, quando o negócio aperta, quando o calo dói. Conquistou minha mãe, minha avó e ganhou autorização delas pra me dar quantas broncas fosse preciso (como se erla precisasse de autorização para tal). Estuda comigo, coloca musiquinha pra eu estudar, me deixa fazer trabalho e ficar no msn sem encher meu saco, me pergunta como eu me sinto antes de me julgar, me explica a mesma coisa (da faculdade ou do mundo) mil vezes até eu entender, tem paciência com minhas limitações como ninguém e me mostra sempre o lado fácil quando eu to cismando em dar murro em ponta de faca.
Essa é a Mariana Gomes. A Gomão, a mari, a nana. A da música do Teatro Mágico (pra quem não sabe, foi feita pra ela!hahaha). Essa é a amiga, amiga com todo sentido que essa palavra carrega. De poder contar sempre, de amor incondicional, de não importar o que a pessoa faça, de ser quem quiser ser, de sentir amor nos rodeando, de confiança plena, de eternidade. Essa é a menininha responsável, a melhor aluna da classe, a velha reclamona da casa, a criancinha do aniversário de 20 anos. Esse é o meu mérito, a minha luz na escuridão, a minha ponte sobre as pedras. Você é, Mari, um dos melhores presentes que a UFF me deu e eu nem preciso dizer que vou te guardar e levar pra sempre, que vou contar pros meus netos e levar meus filhos pra passear em Brasília na casa da tia Mari.
Obrigada por ter cruzado o meu caminho torto e por ter se esforçado tanto pra ele ser mais retinho. rs.
Eu te amo muito, pra sempre, incondicionalmente e mesmo se você morasse no sol e eu em Plutão, eu ia continuar amando.
Desde os primórdios (ou desde uns 2 anos atrás), venho tentando ser uma pessoa desapegada. E é com você que eu deixo meu amor menos egoísta, meu instinto mais altruísta. E do mesmo jeito que você só me deixou ir embora porque era o melhor pra mim, faço das suas as minhas palavras. Se cuida sempre e pode deixar que vou me esforçar muito pra não ter dar preocupações, mãerizita! Pra sempre.

Um comentário:

  1. eu amo você sabia? (:
    mesmo me fazendo chorar a todo instante hahaha
    boba

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