quinta-feira, 17 de junho de 2010

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Eu não tinha amiguinhos, a princípio, brigava com todo mundo e acabava por brincar sozinha no recreio, ou com meu namoradinho da época já que eu mudava sempre. Depois, com a mudança de escolinha e o aprender a ler, eu comecei a me enturmar, mas não com as meninas, preferia as crianças mais novas e os meninos a elas, como eu odiava aquele papainho de maquiagem, meninos e a boneca nova da fulaninha, como eu amava jogar futebol, brincar de lutinha e power rangers. Meu complexo de Édipo foi ao contrário, eu não tive a fase de odiar meninos, eu tive a fase de não suportar meninas. Não que elas não gostassem de mim, incrivelmente a minha diferença atraía a atenção delas na maior parte das vezes, a minha indiferença não, o meu fingimento de indiferença, claro que eu queria ser como elas, mas não era, tentava ser amiga delas e isso só me fazia odiá-las mais. E quanto aos meninos, mais incrivelmente ainda, a minha afeição sem interesse por eles os atraía, eu era a namoradinha de todo mundo e eles eram os meus melhores amigos. E isso era ótimo, isso fazia com que eles me defendessem de tudo, me ajudassem em tudo e me deixassem fazer gol no futebol (meu time sempre ganhava). Aí a minha mãe começou a ser chamada na escola toda semana, não só pelo começo do ódio recíproco pelo meu irmão, mas porque me notaram. Eu fiquei 4 anos naquela escola e só no último perceberam que eu não tinha nenhuma amiguinha.
A escola nova era legal, pela primeira vez eu andava com meninas. Não, eu não tinha começado a amá-las, era só que meu namoradinho (agora quem namorava era eu) estudava na mesma sala que eu e claro que eu não ia fazer parte do mesmo grupo que ele. Mas andar com elas não quer dizer que eu gostasse, nem que eu quisesse.
Quer saber, to cansada desse papo. Problemas de relacionamento..... Pro raio que o parta....

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