Estou concentrando toda a poesia ao meu redor em um cubo, pegando cada força de vontade, cada centelha de esperança, cada rastro de amor e amassagando até que ele fique bem pequeno e eu possa colocá-lo junto das forminhas de gelo do congelador e que esse resto de humanidade e sensibilidade que resta em mim possa se tornar gelo, pedra e que seja dissolvido apenas numa coca-cola, num copo alheio, e que pulse no peito de outro idiota ideologista por aí.
Eu tinha esperança, juro que acreditei por um minuto que superaria tudo, que o amor existe e é maior que tudo. Tolinha, quantas vezes vou cair no mesmo conto de fadas ilusório. Acabou. O amor, a paz, a plenitude. Eu apago com corretivo cada centelha de amor e paixão de mim, a força, nem que eu tenha que rasurar o documento da minha alma, o carbono da minha história, acaba aqui, nesse momento, a minha mania idiota de acreditar na vida.
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