terça-feira, 29 de novembro de 2011
Redenção - o re-final
Não é por você me mandar ouvir sertanejos bregas ou vídeos idiotas. Nem porque ouvir sua voz faz qualquer dor sumir; ou porque não importa o tamanho da minha raiva, você sempre vai me fazer sorrir. Não é pelo tamanho do buraco que a sua falta deixou no meu peito ou pela conversa no telefone a 5 minutos atrás quando eu sentia como se tivesse faltando uma parte de mim, tamanha a contradição de ouvir sua voz e te dizer adeus ao mesmo tempo. Tampouco por você ser a primeira pessoa de quem eu escrevo sem precisar exagerar nas palavras (pelo contrário, controlo-as, pra que elas não transpareçam ainda mais do que sinto), ou pelo pavor que a incerteza de um reencontro me causa. Não é pelo desejo de tele transporte pra qualquer lugar em que você esteja agora, ou pela minha auto-avaliação histórico-amorosa que me faz perceber a novidade do que sinto. É, muito provavelmente, pelo despertar interno, pela iminência do amor bombeando em minhas veias sem que eu queira admitir ou ao menos tenha me dado conta. É o medo de que tudo isso que eu sinto agora se perca em nossa memória e, com o passar dos anos, não nos recordemos mais da sua falta de mira com armas em barracas de urso de parques de diversões ou dos seus “muitos beijos” dados pessoalmente e não só por mensagem no celular todo noite antes de pegar no sono. Se agora me martirizo escrevendo sobre algo que tanto me dói, é na tentativa de que a gente não se perca, é na tentativa de te guarda em mim, na minha vida, nas minhas páginas, nos meus sonhos. É a tentativa de que um dia a gente abra mão do orgulho, da teimosia e dê espaço pra um possível reencontro, pra não ter necessidade, nunca mais, de dizer adeus.
domingo, 27 de novembro de 2011
Redenção - o descomeço
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Tatuagem
Reino da Alegria
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Irmã do meio
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Redenção - o final
Acho estranho esse sentimento surgir tão rápido mesmo longe, mesmo sem convivência, mesmo sendo contra tudo que eu sempre disse e acreditei. Eu não forcei nada, sabe, um belo dia acordei sem querer imaginar minha vida sem você e foi então que os planos inusitados e as vontades repentinamente incontroláveis começaram a surgir. Era bom compartilhar meu dia, minha vida, meu melhor sentimento com você. Entretanto, não é sempre que te sinto querendo fazê-lo. Pensei muitas vezes em sumir da sua vida, aí você me ligava com a voz mais mansa que consegue fazer me dizendo da saudade que sente, da vontade que tem da minha presença. É tão confuso ter ao lado alguém que não sei se está ao meu lado.
Sei que não fizemos promessas, nunca poderemos cobrar momentos ou sentimentos, mas justamente por você nunca me cobrar nada, eu te dei tudo: toda confiança, toda lealdade, todo afeto que cabia em mim. Eu fui sua namorada mesmo sem nunca termos namorado, eu fui sua melhor amiga mesmo não dividindo com você todos os meus segredos.
A verdade é que não sei viver de dúvidas, de insegurança, preciso de estabilidade em algum lugar nessa instabilidade que sou e sei ainda mais que você não pode me dar isso agora e nem eu a você. Portanto, eu quero pedir um novo reencontro num futuro, uma nova dança de formatura, um novo filme, uma nova viagem, eu quero pedir que a gente nunca diga adeus um pro outro, mas que a gente não se sinta tão e sempre na obrigação de ser o que não podemos.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Não solte a minha mão
"Eu adoro o gosto da sua boca": sim, foi esse o pensamento que levei comigo do momento em que nossas línguas se encontraram até você me deixar no ponto de ônibus no dia seguinte. Fechava os olhos e conseguia lembrar exatamente o gosto do cheiro ou o cheiro do gosto, não sei. Sei que fica cada vez mais difícil ir contra a maré de sorte que me leva até nós.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Carta pra minha filha
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Espelhos.
Fico aqui submersa na insônia pensando no que vocês pensam antes de fechar os olhos. Dá uma dorzinha quando páro e me vejo em vocês. Mas não é uma dor comum, dessas que a gente tem de arrependimento por ter feito algo que deixamos de fazer, não, essa dor é a de querer cuidar e polpar vocês de qualquer mal que possa acontecer, de qualquer besteira que eu tenha feito e vocês possam vir a repetir.