terça-feira, 31 de maio de 2011
Espelho meu.
domingo, 29 de maio de 2011
A última oração
Fiz um pacto de te esquecer. Agora mesmo, acabei de fazê-lo. Preciso tirar você da minha mente, dos meus dias, dos meus atos, do meu jeito de sorrir. Preciso tirar você de mim.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
A última oração
Não sei disso de amar pela metade, nunca soube. Por isso que hoje, te amei por inteiro, ao contrário do que se diz por aí, que amor precisa de tempo, espaço e certeza, te amei por 24 horas total e completamente. Só assim foi possível ser tão eu estando tão perto de você. E escrevo só pra não esquecer!
Seu beijo molhado e mansinho e devagar como se tivesse cantando uma canção de amor dentro da minha boca. Seu olhar de homem sério que custou a conseguir encarar o meu, seu sorriso de menino bem perto do meu que surgia sempre a um milésimo de segundo de as nossas bocas se encontrarem. Vou guardar o seu abraço quente que me protegia do frio e do gelado da cerveja que eu segurava em minha mão pra não fazer desfeita a você, da sua voz cantando "não te dizer o que eu penso já é pensar em dizer" junto com a música no meu ouvido enquanto nossos corpos dançavam colados. O tempo parou ali, no beijo que eu teimava em não te dar até ceder aos seus encantos e perceber que aquele seu riso de moleque poderia me levar a qualquer lugar. Quando voltei do surto de me entrelaçar nos seus lábios, amanhecia. Corremos pra praia de mãos dadas, o céu, de negro, começava a se tornar roxo, depois rosa e depois... Depois eu não vi, estava perdida no seu abraço sentados na areia nos aquecendo do frio que teimava em fazer, estava ocupada com o encontro inusitado das nossas línguas.
Uma van lotada, um beijo de despedida que não queria terminar. “Vem comigo?” “Por quê você não vem comigo?” “Ta, eu vou! Mas qual casa é mais perto?” “A sua!” “Então vamos logo pra minha casa”. Risadas e implicâncias até lá, sujar seu banheiro com a terra e a areias grudadas com cerveja na minha sapatilha e pés, escovar os dentes e eu só pensava no quanto achava fofo seu shampoo que fazia de sabonete líquido em cima da pia. Te vi vindo na minha direção, foi só isso, depois disso, não vi mais nada.
Quando saímos do banheiro pra cama, eu decidi que não poderia pensar, porque se estivesse pensando eu não faria nada daquilo, eu não estaria ali. Eu não deixaria você desabotoar os inúmeros botões da minha camisa, beijar cada parte do meu corpo delicadamente. Não estaria sorrindo quando me desse conta de que nossas roupas estavam todas perdidas em alguma canto do quarto que eu não fazia idéia, que a porta estava destrancada, que a janela não tinha cortina e que a luz do dia irradiava o quarto. Estaria dormindo, mandando você parar, me vestindo, melhor, eu estaria sozinha na minha cama adormecida. Mas era você, é você. E sei lá porquê a gente escolhe as pessoas assim, pra confiar e se entregar. Sei lá porque ter você dentro de mim pela primeira vez foi ato que já me parecia antigo, meu beijo já se acostumara ao teu e o cheiro da sua pele já se misturara ao do meu perfume doce que continuava em mim às 7h da manhã. Eu poderia me acostumar com isso, poderia e queria. Eu queria me acostumar a acordar de manhãzinha, te envolver num abraço e ter minhas mãos beijadas pelo seu sorriso, queria seus carinhos diários, nossa compatibilidade se completando, queria você pra sempre. Mas pra te ter pra sempre em mim, preferi te ter por um momento. Preferi que nossos olhos se fechassem no mesmo instante por apenas uma noite. Assim, não temos chance de nos magoar, de acabar sem fim, de não dar certo. Já deu certo. Deu certo desde o momento que cheguei naquela festa dizendo “prazer te conhecer pessoalmente” e vai dar certo, aquela noite, eternamente. “Acho que agora você perdeu a vergonha de mim neah?” e eu só consegui sorrir.
terça-feira, 24 de maio de 2011
...
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Ele.
E me diz então que minha vida valeu à pena, que valeu cada dia sem você, cada bar em que eu acabei com o estoque de vodka, cada noite mal dormida com outro corpo que não era o seu. A sua, pelo visto valeu, eu vejo o amor tão grande transbordando das suas palavras que me sinto mal só de pensar em interferir nele. Quase nunca encontro sentimentos de verdade a cada esquina que faz os seus olhos brilharem hoje como você fazia os meu brilharem outrora e assim sinto-me na obrigação de te deixar ser feliz em paz e essa obrigação da sua felicidade quase me obriga a ser triste, como se a minha tristeza fosse o preço que eu pago pelo seu sorriso.
Daí você surge, num sonho, num bilhete perdido ou até mesmo na voz na linha do outro lado do telefone me dizendo pra me acalmar, que o plano era sempre sermos bem e felizes. Eu te digo a verdade, minha vida não valeu a pena sem você e você, com a audácia florescendo num sorriso, você me diz que vale sim, que vale a pena passarmos a vida inteira tentando viver um sem o outro, já que decidimos que juntos não somos bons. E me pede pra viver minha vida, seguir meu caminho! E me diz que no final vai dar tudo certo e eu choro porque eu sei que pro meu final dar certo, ele tem que ser com você. Mas diante da certeza que te move, de tudo que você acredita, eu concordo, ou finjo que concordo. E saio de fininho seguindo meu torto caminho que eu não sei aonde vai dar, mas que cada diz me deixa mais certa de que não será em você.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Frango Teriaki
REVIVENDO
"Estou guardando o que há de bom em mim". É exatamente assim que me sinto quanto a você, a nós (se é que pra você o nós existe), guardando o que há de bom, aproveitando cada segundo, colando com super bonder na parede da minha memória a sua boca contornada, os cílios quase postiços, o olhar fascinante, o seus braços envolvendo o meu corpo, a sua voz no meu ouvido dizendo qualquer coisa que eu não preciso entender pra julgar importante. Eu não sei quanto tempo isso vai durar, sequer se hoje à noite ainda vamos existir ou se o tempo que nos espera é curto demais para imaginar o depois de amanhã, sei que hoje eu sinto borboletas no estômago, eu flutuaria se a lei da gravidade me permitisse.
E mesmo que você nunca seja capaz de perceber o óbvio, por não querer ou não conseguir, a paz do que eu sinto por você é tão grande, é tão minha que me basta saber que o que eu sinto é real pra me sentir feliz, viva. Eu não me importo com o que você pensa, o que você quer ou até se não me quer não vai interferir no meu sentimento, porque ele me pertence, ele me torna essa idiota com um sorriso bobo no rosto, com vontade de abraçar o mundo que me espera todo dia, de conhecer, viver e sentir tudo que ta aí no mundo esperando pra que eu conheça, viva e sinta. Essa liberdade, que tenho que tomar conta todo dia pra que não se torne libertinagem, me dá cada vez mais vontade de ter aqui perto, aqui dentro. E eu sei que isso não é possível, pelo menos não pelo tempo que eu quero.
Então eu deixo os planos, os "e se" guardado dentro da gaveta de cabeceira e guardo você em mim, cada detalhe, cada palavra, cada sorriso, cada beijo, pra que quando você for embora (já te sinto voando por aí como sempre já que nunca esteve de fato aqui) de vez eu fique com o que foi bom, com as lembranças que vão me fazer sentir sua falta numa manhã fria de 2032 e quem sabe eu não pegue o telefone e te ligue pra saber como vai a sua vida, te chame pra ir dar uma volta, contar dos filhos, projetos, viajens e trabalhos, ou talvez eu fique com a lembrança, só a lembrança da sua respiração no meu cabelo enquanto eu durmo aninhada em seu peito.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
42 anos.
domingo, 15 de maio de 2011
o amor acontece
sábado, 7 de maio de 2011
Frango Teriaki
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Primeiro ano!
domingo, 1 de maio de 2011
...
Hoje, eu prefiro que você mantenha o seu silêncio. Não insisto mais nas palavras que eu sei que você conseguiria dizer com um pouco mais de segurança e tempo, prefiro que se cale. Eu tenho medo. Muito medo. Medo de que eu volte a desejar sua pele morena escorrendo suor e molhando meu corpo, medo de tornar a me encantar com o contraste de cores dos seus pêlos negros com os meus loiros e ralos num abraço. Medo de sentir seu cheiro quando você virar a esquina, das borboletas voltarem a habitar meu estômago quando seu nome aparecer no visor do meu celular. Medo de ir dormir com vontade de você, da sua voz. Medo de chorar à noite antes de dormir querendo seu ouvido e seus conselhos, querendo seu colo. Eu morro de medo de voltar a querer que nossas bocas se esbarrem novamente, que nossas pernas se entrelacem numa cama de solteiro como sempre, que sua respiração pare em meu cabelo noite adentro. Que a sua palavra tenha total poder sobre meu pensamento. Que o meu conforto seja os seus braços e o meu consolo os seus carinhos.
E é por isso que eu te mantenho longe, é por isso que eu me distancio. Você acertou quando preferiu se afastar pro meu bem, errou por se dizer o motivo, acertou por achar agravá-lo, errou pelo tempo longo que passou longe.
Eu não quero que você vá embora, mas eu também não quero que você fique. Tenho medo de te perder pra sempre e tenho medo de não te ter nunca mais. Eu tenho medo.
Eu sinto tanto a sua falta...