sábado, 7 de maio de 2011

Frango Teriaki

Talvez eu vá embora. Não, não é nada pessoal, você não fez nada de errado, eu só não acho justo mentir pra quem tem sido tão legal comigo. Não tem um motivo assim concreto. Não, não vou te contar o porque, assim você vai me achar ridícula! Ta, ridícula não, mas vai me dizer que isso não é motivo e acabar me convencendo do contrário. Eu sei que eu tinha prometido falar do que sinto, eu sei! Não precisa me lembrar das minhas promessas! Ok, eu falo, mas só se você prometer que não vai rir. Promete? Então lá vai!
Talvez eu vá embora porque não suporto o jeito que seus olhos pequenos encaram os meus. Porque você me faz rir tão espontaneamente, o tempo todo, tem esse jeito engraçado só seu. Porque você acha que me manda e me conta histórias absurdas que eu não tenho nada a comentar a não ser "eu preciso mesmo saber isso?". Talvez eu vá embora porque não consiga parar de pensar no timbre da sua voz, na sua respiração no meu ouvido, nas suas mãos acarinhando meu rosto. Talvez eu vá embora pela nossa liberdade, a intimidade conquistada em tão pouco, a espontaneidade com que falamos as coisas um pro outro que chega a assustar. Talvez eu vá embora porque pela primeira vez em tanto tempo tudo que eu mais quero é ficar, é deitar ao seu lado e te ver dormir, porque quando eu te vejo, o seu rosto fica na minha mente a semana inteira e eu não consigo parar de me ver junto de você.
Não, eu não preciso de promessas, eu nunca disse que queria alguma coisa de você. Mas tem uma coisa que eu te peço, só uma, nunca acredite quando eu digo que vou embora.

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