Insisto em não lembrar do jeito que você me puxa pra perto de si com apenas um movimento, esqueço nossas conversas deitada no seu peito enquanto você me faz cafuné e me olha como se eu fosse a última das mulheres, tento não pensar no nosso apreço por mate, desenho ou música lenta, varro pra longe da minha memória a gente dançando agarradinho no seu quarto, seu prato tal qual mandam os nutricionistas, suas verdades estampadas no olhar e nas frases ríspidas.
Eu me esforço, sabe? Isso ninguém pode dizer que eu não faço! Esforço-me pra não me apegar, pra não te querer, pra mandar esse sentimento brotando em mim pro lugar onde ele veio. Afinal, ele veio de onde? Será que da nossa primeira conversa em onde descobrimos uma infinidade de afinidades? Será que na primeira troca de olhares e do primeiro sorriso bobo de aprovação de ambas as partes? Pode ter sido no seu jeito tímido de pegar minha mão no meio da rua enquanto eu teimava em desentrelaçá-la da sua, ou da maneira que você tem de me deixar confortável pra falar dos meus sentimentos como se eu estivesse pensando alto! Ou quem sabe, seja só fogo de palha, luz de velas numa rajada de vento. Torço pra isso, sabe? Pra esse sentimento ir embora logo, pra essa paixão desanuviar de mim e pra eu conseguir passar meus dias sem controlar até o que eu posso ou não pensar.
Nossa maninha, foi como se fosse comigo. "Apreço por mate, desenho ou música lenta[...], infinidade de afinidades[...], da maneira que você tem de me deixar confortável pra falar dos meus sentimentos como se eu estivesse pensando alto"
ResponderExcluirhahahaha Te amo irmã.