Nunca tive medo do novo, o mesmo sempre me excitou e sempre foi o que eu busquei. Isso sim, hoje, tem uma certa diferença.
Comecei a me despedir da cidade antes de voltar pra ela, no momento em que aceitei um emprego em outro lugar. Desde lá a ansiedade me tira sono.
Desci do ônibus, já aqui: dois cavalos dividindo a calçada comigo, sem conseguir controlar as lágrimas.
Olhei em volta: a Universidade, a ciclovia, o cheiro de maresia, o caminho percorrido todos os dias, um filme. Deixar Rio das Ostras é deixar uma parte de mim que eu não gostaria que deixasse de existir.