Ta, tudo bem, teve aquela vez que você estava bêbada e pegou aquele estranho na balada que na hora você jurava ser um deus grego, ou aquela que ficou com o cara feio pra sua amiga ficar com o amigo gato dele e até mesmo aqueles dias de amor à humanidade que você decidiu “fazer um feio feliz”. Mas tirando isso, ou seja, 99% das vezes, tudo é movido pelo sexo. Li uma pesquisa vez que dizia que a segunda maior energia da humanidade é a sexual, só perde pela energia do amor um pelos outros, é sério. E não me venha com essa que beleza não conta, eu não to falando de beleza, to falando de química, de tesão, de paixão, vulcão, sexo. Sim, você pensa “naquilo” enquanto mexe no cabelo, fingindo que o faz distraidamente, enquanto ele diz alguma besteira. Quando passa andando que nem bambi na frente de onde ele está sentado. Quando ele te olha no olho pela primeira vez. Até quando ele sorri, você ta pensando em sexo. Não importa se curte ombros largos ou magreza, você está avaliando seu parceira na cama, não interessa se você quer fazer amor ou sexo selvagem, quando entrelaça a mão na dele e sente a textura de sua pele, ta pensando em sexo. Não me venha com esse lenga lenga. Eu também acho Freud pervertido por ligar tudo a sexo, continuo discordando do fato de não lembrar de nada antes dos meu terceiro ano de vida porque era a época que eu me atraía pelo meu pai e tinha raiva da minha mãe por ela ser a dona dele e não eu como Freud dizia, mas que você pensa muito mais em sexo do que gosta de admitir pra si mesmo, ah, isso pensa!
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Animus.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Libertar
domingo, 20 de fevereiro de 2011
...
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Ele.
Eu não amei ninguém depois de você. Na verdade eu nunca dei tempo de ser amor pra esses outros amores, eu vou embora antes. E sabe por que eu vou embora? Você sabe? Porque eu tenho medo de que se eu não for embora, eles façam que nem você, me jurem ser pra sempre, me façam promessas que depois dizem simplesmente não querer cumprir e sumam! Eu vou embora porque eu me cago de medo que eles façam isso antes de mim.
Eu queria alguém capaz de me fazer voltar atrás, alguém capaz de segurar minha mão e me dizer que eu não preciso ter medo que eu não vou me machucar, alguém que não me deixe ir embora, que me faça calar a boca e ouvir. Mas sabe o que é? O único alguém assim é você. E só eu sei o quanto dói admitir isso pra mim todos os dias e continuar caminhando, continuar sorrindo como se não estivesse acontecendo nada. Todo amor que deveria refletir no olho de alguém por mim, eu guardo dentro de mim, eu aprendi a me amar apenas, a pensar só em mim, a ser egocêntrica, a querer apenas o meu próprio bem, aprendi a te esquecer e me seguir. E sabe o que mais? Eu sei que nunca mais vou conseguir reativar o meu poder de amar um homem e querer que ele seja o pai dos meus filhos.
Eu não te odeio por você ter ido embora, por ter me trocado, por ter me rejeitado, por ter esfregado na minha cara que é mais feliz sem mim, por ter me difamado, por ter duvidado de mim ou por cada milímetro de dor que você me deixou. Eu te odeio porque depois de você eu nunca mais consegui viver e sentir ao mesmo tempo.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
recaída
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Estrelas.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Chegada a hora.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Todo adeus é necessário
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
“a vida é procurar”. O problema é que a gente passa grande parte da vida procurando for a o que deveríamos procurar dentro. Procuramos um grande amor fora quando o grande amor da nossa vida deve ser nós mesmos, procuramos um motivo pra sorrir, quando o maior motivo pra sorrir é a nossa sobrevivência diária. Vivemos e somos uma sociedade e não questiono isso, mas questiono o quanto a sociedade deve interferir no que somos e queremos e, muito mais, no que buscamos.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
melhor
Essa noite, no processo entre mergulhar no sono e distinguir a realidade descobri que não estou pronta. Não estou pronta pra te deixar ir embora, não estou pronta pra perceber que não tenho domínio sobre isso. Como se algum lugar dentro do meu cérebro de loira ainda fôssemos duas crianças brincando de escorregar de bunda escada abaixo todo domingo de manhã. A gente cresceu e eu também não tava pronta. Tinha um mundo lá fora esperando a gente e fomos, será que já era a hora? Bem, se tudo que tem quer ser é, devíamos estar, ou ir pra nos tornar. Em cada erro meu você era o meu elo mais forte e real com quem eu realmente era, como se eu ainda existisse de verdade em algum lugar, alguém me aceitava exatamente como eu era. Pra você eu nunca precisei fingir, nunca precisei de muitas palavras (você sempre soube me ler) ou de encenação. Éramos aquilo, somos isso e sempre soubemos onde encontrar apoio e afeto quando o mundo nos negava. Estamos seguindo caminho iguais em passos diferentes e isso me assusta. Nunca tive medo da distância ou do tempo pro que eu sei ser de verdade, eu tenho medo é de mim. Medo de não estar pronta pra tomar decisões sem seu crivo da razão, medo de não ter seu abraço quando eu fizer besteira ou seus conselhos quando eu fizer pirraça com a vida. “você já é uma mocinha” ouço sua voz de neném dizendo dentro da minha mente. Mas sou uma mocinha perto de você, muitas vezes pra não te decepcionar. Eu tenho medo disso tudo que eu sou, da minha falta de controle, dos meus excessos. Eu sei que cada pessoa no mundo ama o outro pela falta e eu tive a sorte de encontrar um amigo ou outro que me ama pelo quem me sobra, me excede.
Não é uma despedida, é uma constatação: eu não estou pronta. Se eu pudesse, pedia pra você ficar aqui comigo, pra não ir embora, pra nunca mais me dar abraço de adeus. A gente renasceu junto pra ficar junto, seu idiota, o que você acha que ta fazendo indo pro outro lado do país? “ué Amanda, eu to seguindo minha vida, lutando pelo que eu sonho!” “é, eu também”. Mas porque, me diz? Porque a gente tem que sonhar tão diferente? Eu não estou pronta. Não queria dizer, mas o nó na minha garganta se formou de tal forma que tenho que expurgá-lo.
Você me diria que eu sei muito bem que palavra é força e que eu deveria dizer que estou pronta sim. E eu, com toda a falta de delicadeza que reina em mim diria pra você respeitar meu direito de ficar chateada mesmo que isso não me faça bem. Ta vendo o que eu disse? Eu não estou pronta!
noite
Não vou dizer que é amor, paixão, tesão ou seja lá o que for. Eu não sei diagnosticar. É só que o leve roçar da sua perna na minha “sem querer”, o encontro dos seus pêlos com a depilação em dia da minha perna me causa calafrio. Esse seu cheiro de ombro amigo e essa vontade que tenho de repousar minha cabeça em seu colo e ficar em silêncio observando meticulosamente alguma coisa sem muita importância. Isso me assusta e por isso me esquivo. Meu radar, quando te encontra, berra no meu ouvido: “perigo! Risco de se apaixonar!” e eu fujo, porque não quero me apaixonar. Invento qualquer desculpa, começo a namorar caras desinteressantes às vésperas do nosso encontro, te falo de outras meninas, chamo meu irmão mais novo pra sair com a gente, sei lá! Eu só fujo. Já prevejo o fim, o seu adeus em uma rodoviária lotada e cinzenta e corro contra correnteza que me leva pra tão perto de você. É por medo, não por falta de sentimento. Eu só não quero te querer assim.5
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Ele.
Lembro da primeira vez que te vi, do seu sorriso largo e bobo que seria a razão da minha existência durante os próximos anos. A gente era tão bom no que fazia e só o que a gente sabia fazer era ser feliz. E garanto que fomos os melhores nessa área. A gente se completava nas nossas estranhezas, tanta adversidade! Apesar disso, sempre foi muito amor pra pouca (muita) adversidade. Éramos a crise mais encantadora da sociedade, éramos inteiros, plenos, quem sempre sonhamos e procuramos um pro outro. Seríamos pra sempre, eu achava isso, você achava isso, seu melhor amigo e até o porteiro do prédio ao lado achava isso. A gente exalava luz!
Mas acabou, como tudo um dia. A gente tem mania de ficar querendo o pra sempre e não percebe que o pra sempre é o momento. O momento que te beijei pra sempre, o momento que transamos pra sempre, o momento da nossa pra sempre viagem perfeita de lua de mel, as nossas mãos entrelaçadas no parque pra sempre. Pra sempre é isso, as lembranças que guardamos coladas a retina até o último pulsar do nosso coração. Pra sempre não é tempo, é memória. Hoje, um ano depois, digo que o nosso fim foi a melhor coisa que poderia nos acontecer, você encontrou o seu próximo pra sempre que pode durar até o seu último fio de cabelo branco receber informação de crescimento do seu cérebro ou mais alguns meses (e ainda assim vai ser pra sempre) e eu me encontrei. Não é nada pessoal, sabe? Como é que temos mania de terminar uma relação mesmo? O problema sou eu e não você! Neah? Eu me perdi em você, sabe? Em nós! Eu já não sabia mais qual era meu beijo e qual era o seu, qual era o meu sabor de sorvete preferido e qual era o seu, qual era a minha posição do soninho e qual era a sua, qual era a minha música preferida e qual era a sua. Eu não sabia mais andar sem você e só percebi isso quando nos deixamos. Eu precisava aprender a caminhar com as minhas próprias pernas e acredite, serei eternamente grata a você por isso! Você enxergou isso antes de mim! Assim que nos encontramos combinamos de só permanecermos juntos até onde os dois estivessem felizes e eu não enxerguei que já não éramos mais! A gente não tinha mais pra onde crescer, demos o nosso máximo estando juntos!
A um ano atrás meu coração doía de um jeito que eu achei que nunca mais fosse parar, era uma dor tremenda que eu achava que nunca mais fosse passar. Hoje, eu tentei lembrar como era essa dor e não consegui, eu tentei resgatar dentro de mim alguma centelha da minha alma que ainda te quisesse por perto e não encontrei. Sorri, que bom que nossos caminhos se desentrelaçaram de vez, a gente precisava disso neah? Eu não lembro mais como era amar você, como era estar a não sei quantas centenas de dias apaixonada pelo mesmo sorriso e não me entristeço por isso, também não me alegro. Faz parte do processo. Eu sempre disse que o amor não acaba, se transforma. E o nosso, apesar de tudo que você diz tentando provar pra si que não valemos a pena quando eu sei que você deita no travesseiro e tem certeza que valeu, se transformou num carinho muito grande, numa lembrança muito boa, numa paz muito grande de ter vivido o máximo e ter dado o melhor de mim. Mesmo que, apesar de lembrar, eu não consiga mais sentir nem faísca do que foi quando avistei seu sorriso largo e bobo pela primeira vez.