domingo, 6 de fevereiro de 2011

noite

Não vou dizer que é amor, paixão, tesão ou seja lá o que for. Eu não sei diagnosticar. É só que o leve roçar da sua perna na minha “sem querer”, o encontro dos seus pêlos com a depilação em dia da minha perna me causa calafrio. Esse seu cheiro de ombro amigo e essa vontade que tenho de repousar minha cabeça em seu colo e ficar em silêncio observando meticulosamente alguma coisa sem muita importância. Isso me assusta e por isso me esquivo. Meu radar, quando te encontra, berra no meu ouvido: “perigo! Risco de se apaixonar!” e eu fujo, porque não quero me apaixonar. Invento qualquer desculpa, começo a namorar caras desinteressantes às vésperas do nosso encontro, te falo de outras meninas, chamo meu irmão mais novo pra sair com a gente, sei lá! Eu só fujo. Já prevejo o fim, o seu adeus em uma rodoviária lotada e cinzenta e corro contra correnteza que me leva pra tão perto de você. É por medo, não por falta de sentimento. Eu só não quero te querer assim.5

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