terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Natal.
Então é Natal, o dia do milagre. Eu não acredito muito nisso de milagre, tampouco de espírito natalino e confesso que sinto que não estamos comemorando o aniversário de Jesus no dia certo, mas apesar de não acreditar, eu posso sentir. Eu posso sentir cada irradiação de bom pensamento que chega até mim, cada olhar se transformando ao encontrar o meu, cada alma sendo acolhida depois desses tantos abraços que a gente espera o ano inteiro pra receber. Acredito que esse seja a verdadeira magia: o milagre do sentir. Todo mundo fica mais sensível no Natal, não tem jeito, é como se nesse dia a gente pudesse parar e perceber tudo que cobre o nosso coração, que envolve nossa mente que sente. Presente de Natal? Já passei da idade de pedir uma boneca, um celular ou mais uma câmera fotográfica, no dia de hoje eu peço que você sorria, que saiba olhar pras coisas de forma diferente, que saiba sentir tudo de bom que é capaz de te afetar hoje. No dia de hoje eu peço a Papai Noel, que você esqueça um pouco todos os tormentos, de todas as diferenças, de tudo que te faz sofrer e sinta só todo amor que só o seu coração lindo é capaz de sentir.
Sobre o que é ser Neves.
Ser Neves é chorar sorrindo e rir escandalosamente de alguma piada idiota
Ser Neves é não se deixar abater por nenhum problema, por maior que seja o abalo
Ser Neves é ser feliz com cada pequeno detalhe
Ser Neves é ter sentimento demais, mas saber direcioná-lo
É estar juntos cumprindo ou não o que se diz
Ser Neves é ser igual sem medo das diferenças
É poder conversar abertamente sobre qualquer assunto num almoço de família
É transformar tudo em festa, em música, em implicância
É deixar doer, mas não sofrer
Ser Neves é encarar, é arriscar, é refletir, filosofar
Ser Neves é não ter medo de aceitação, de erros, de teorias mirabolantes
É pensar "pode vir qualquer coisa que eu aguento", mesmo que no final a gente não aguente sozinho
É ter a certeza de que em qualquer lugar do mundo não estamos sozinhos, nunca
É poder dividir, compartilhar, o prazer, a dor, a pirraça, as gordices
Ser Neves é ser pervertido
Ser Neves é ser bom em tudo (ou quase tudo)
Ser Neves é ser IRRESISTÍVEL
Ser Neves não é só um gene, não é só um sobrenome, não são só pessoas que nasceram com o mesmo sangue
Neves é uma família, é uma nação, é um compromisso de lealdade, é união, é respeito, é, sobretudo, força. Um Neves pode estar quebrado por dentro, o mundo desmoronando sobre a cabeça e mesmo assim vai estar sorrindo, dando força pros outros, colocando o amor e o milagre de mais um dia, acima de tudo.
E é por isso, que toda vez que eu penso em desistir, eu bato no peito de grito "sou Neves nessa porra, quem manda aqui sou eu".
Ser Neves é não se deixar abater por nenhum problema, por maior que seja o abalo
Ser Neves é ser feliz com cada pequeno detalhe
Ser Neves é ter sentimento demais, mas saber direcioná-lo
É estar juntos cumprindo ou não o que se diz
Ser Neves é ser igual sem medo das diferenças
É poder conversar abertamente sobre qualquer assunto num almoço de família
É transformar tudo em festa, em música, em implicância
É deixar doer, mas não sofrer
Ser Neves é encarar, é arriscar, é refletir, filosofar
Ser Neves é não ter medo de aceitação, de erros, de teorias mirabolantes
É pensar "pode vir qualquer coisa que eu aguento", mesmo que no final a gente não aguente sozinho
É ter a certeza de que em qualquer lugar do mundo não estamos sozinhos, nunca
É poder dividir, compartilhar, o prazer, a dor, a pirraça, as gordices
Ser Neves é ser pervertido
Ser Neves é ser bom em tudo (ou quase tudo)
Ser Neves é ser IRRESISTÍVEL
Ser Neves não é só um gene, não é só um sobrenome, não são só pessoas que nasceram com o mesmo sangue
Neves é uma família, é uma nação, é um compromisso de lealdade, é união, é respeito, é, sobretudo, força. Um Neves pode estar quebrado por dentro, o mundo desmoronando sobre a cabeça e mesmo assim vai estar sorrindo, dando força pros outros, colocando o amor e o milagre de mais um dia, acima de tudo.
E é por isso, que toda vez que eu penso em desistir, eu bato no peito de grito "sou Neves nessa porra, quem manda aqui sou eu".
domingo, 29 de janeiro de 2012
Abro a mochila de maneira que possa caber o maior número de coisas ali dentro, porque sei que apesar do tempo curto, preciso de muito espaço. Textos, fotos e poses são fichinha perto de toda a vivência. Quase meio ano de uma vida inteira, isso não é nada, ou não deveria ser. De todos os direitos tirados, o pior é o de não poder tentar.
Você já sabe tudo que precisa, já nos somos, nos encontramos e sinceramente, coloco um pouco de esperança, ali do lado das diferenças que nos fazem nos estranhar esporadicamente, de que a vida se encarregue de cruzar nossos caminhos mais uma vez. Tento apertá-la, tornando-a mínima, intocável. Tento te arrancar do meu coração e só o que consigo pensar é no quanto eu queria uma chance. Foda-se, não consigo nem escrever, devo ter que parar de pensar.
Você já sabe tudo que precisa, já nos somos, nos encontramos e sinceramente, coloco um pouco de esperança, ali do lado das diferenças que nos fazem nos estranhar esporadicamente, de que a vida se encarregue de cruzar nossos caminhos mais uma vez. Tento apertá-la, tornando-a mínima, intocável. Tento te arrancar do meu coração e só o que consigo pensar é no quanto eu queria uma chance. Foda-se, não consigo nem escrever, devo ter que parar de pensar.
sábado, 21 de janeiro de 2012
adeus dói
Nada dói mais que o adeus, ou quase nada. Nada faz crescer mais que o adeus, ou quase nada. Passamos uma vida inteira, ou pelo menos grande parte dela, discutindo com as regras impostas pelo pai, com a mania de limpeza da mãe, com a chatice dos irmãos. Não foram poucas as vezes que tentei fugir de casa - e até fugi, por algumas horas, levando um pacote de biscoito, o troco de um sábado à noite e um casaco - e foram muitas as vezes que desejei ir embora, ser livre.
Costumo dizer que vale à pena, saudade faz bem. Distância nos faz dar valor àquilo que realmente importa e deixar de lado tocas as picuinhas que o dia a dia nos causa. Distância nos faz ter olhos de ver, ouvidos de ouvir e a sentir mais que pensar. Distância nos prova quem e o que é de verdade no mundo de ilusão que criamos pra nos proteger do mundo real. Distância nos abre cada vez mais pro mundo, pras novas amizades, pros novos sabores, cores, visões, "desaliena" a alma e a vida.
Me fiz e refiz estando longe, me fiz e refiz sendo reflexo de tudo que aprendi. Hoje sou o que os meus pais podem chamar, com orgulho, de filha que deu certo: cumpri os valores ensinados e exerci o caráter bem moldado, agarro as possibilidades de crescimento, ou melhor, me penduro nelas pra não ter como escapar.
Agora, melhor que tudo que a distância me deu, melhor que os amigos, melhor que desfazer as máscaras - as minhas e as do que me cercavam, melhor do que rever conceito, aprender a se virar e se bancar, é ter pra onde voltar, é viver sabendo que eu posso ir, tentar, cair, quebrar a cara porque quando eu olhar pro lado, aquelas pessoas que eu tanto desejei que me deixassem em paz, hoje são toda a paz que eu preciso pra continuar seguindo e que vão me segurar pela mão e me levantar toda vez que eu cair.
(para Rosimar, Gabriel, Filipe e Biel).
Costumo dizer que vale à pena, saudade faz bem. Distância nos faz dar valor àquilo que realmente importa e deixar de lado tocas as picuinhas que o dia a dia nos causa. Distância nos faz ter olhos de ver, ouvidos de ouvir e a sentir mais que pensar. Distância nos prova quem e o que é de verdade no mundo de ilusão que criamos pra nos proteger do mundo real. Distância nos abre cada vez mais pro mundo, pras novas amizades, pros novos sabores, cores, visões, "desaliena" a alma e a vida.
Me fiz e refiz estando longe, me fiz e refiz sendo reflexo de tudo que aprendi. Hoje sou o que os meus pais podem chamar, com orgulho, de filha que deu certo: cumpri os valores ensinados e exerci o caráter bem moldado, agarro as possibilidades de crescimento, ou melhor, me penduro nelas pra não ter como escapar.
Agora, melhor que tudo que a distância me deu, melhor que os amigos, melhor que desfazer as máscaras - as minhas e as do que me cercavam, melhor do que rever conceito, aprender a se virar e se bancar, é ter pra onde voltar, é viver sabendo que eu posso ir, tentar, cair, quebrar a cara porque quando eu olhar pro lado, aquelas pessoas que eu tanto desejei que me deixassem em paz, hoje são toda a paz que eu preciso pra continuar seguindo e que vão me segurar pela mão e me levantar toda vez que eu cair.
(para Rosimar, Gabriel, Filipe e Biel).
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Eu quero ir embora.
Adentro a festa como quem adentra o próprio quarto, é assim nas festas da faculdade, todo mundo se conhece, todo mundo sorri e todo mundo bebe junto. Entretanto, hoje não estou aqui pra dançar, colocar o papo em dia, rir da noite anterior, hoje, eu só quero esquecer. Homens e meninos passam por mim, tentam se aproximar, me fazem gargalhar, mas eu desconverso, eu fujo. Camisa xadrez, alargador, all star, o cara que estava até agora do meu lado falando sobre Skinner vai subir no palco com a banda, ele é o guitarrista e dedilha Los Hermanos. O outro, que já viajou metade do mundo com uma mochila nas costas, acaba de me trazer mais uma bebida e faz piada em alguma língua diferente da minha que eu não consigo entender muito bem, nem ele nem eu estamos totalmente sóbrios, acredito ser por isso. Ainda são duas da manhã e todo esse papo sobre legalizar ou não o aborto no Brasil me revira o estômago, eu quero voltar pra casa, eu quero a minha cama, o meu travesseiro, eu quero sumir.
O que há de errado com todos os outros caras? Nenhum deles é você. Eu sei o que eu quero, eu já escolhi, com qualquer um deles a vida seria muito mais fácil, ou pelo menos, não tão complicada. Eu já disse mil vezes que você não é nada do que eu quero, que a decisão de ir embora foi a mais sensata. Mas se o que eu fiz era o certo a ser feito, porque o meu coração não pára de doer? Eu quero ir embora. Quando dou por mim, estou no meio da pista de dança, chorando. Isso tá errado, a vida não deveria ser assim, deveria parecer uma festa, como sempre foi. Eu quero ir embora. Todo mundo berra: "não te dizer o que eu penso já é pensar em dizer" enquanto pula e dança e se abraça. Eu quero ir embora. Eu passo a noite pedindo que o mundo, que o mar, que Deus, faça você sumir, mas quando você aparece eles é que somem, nada faz sentido sem você e eu me odeio um pouco mais a cada vez que penso nessa frase. Eu quero ir embora. Eu não suporto dependência, co-dependência, cobrança, mas sabe o que eu descobri hoje? Que eu não suporto ainda mais essa saudade que sinto de tudo que só você é. Eu descobri que eu sempre quis o diferente e todos esses caras se tornaram tão iguais perto de você, todos eles querem coisas e tem valores diferentes dos seus e eu passei a abominar tudo que não tem os seus dedos. Eu quero ir embora. Você foi a única pessoa no mundo que me fez calar a boca e ouvir, que me fez sentar e esperar sem previsão de chegada. Eu quero ir embora. Por que eu não vou? Por que eu permaneço mais uma madrugada inteira numa festa que se parece o meu quarto, com pessoas que eu conheço tanto e não gostaria de estar? Porquê eu não tenho pra onde ir. Não importa pra onde eu vá, não vai ter você, não vai ser pra você. Então eu fico, eu enfrento, sorrio e converso, pareço interessada e digo que choro de vontade de estar num show dos Los Hermanos com todos os que estão ali, "efeito do álcool", o cara que mora com o meu amigo me diz, mas é porque ele não é você.
O que há de errado com todos os outros caras? Nenhum deles é você. Eu sei o que eu quero, eu já escolhi, com qualquer um deles a vida seria muito mais fácil, ou pelo menos, não tão complicada. Eu já disse mil vezes que você não é nada do que eu quero, que a decisão de ir embora foi a mais sensata. Mas se o que eu fiz era o certo a ser feito, porque o meu coração não pára de doer? Eu quero ir embora. Quando dou por mim, estou no meio da pista de dança, chorando. Isso tá errado, a vida não deveria ser assim, deveria parecer uma festa, como sempre foi. Eu quero ir embora. Todo mundo berra: "não te dizer o que eu penso já é pensar em dizer" enquanto pula e dança e se abraça. Eu quero ir embora. Eu passo a noite pedindo que o mundo, que o mar, que Deus, faça você sumir, mas quando você aparece eles é que somem, nada faz sentido sem você e eu me odeio um pouco mais a cada vez que penso nessa frase. Eu quero ir embora. Eu não suporto dependência, co-dependência, cobrança, mas sabe o que eu descobri hoje? Que eu não suporto ainda mais essa saudade que sinto de tudo que só você é. Eu descobri que eu sempre quis o diferente e todos esses caras se tornaram tão iguais perto de você, todos eles querem coisas e tem valores diferentes dos seus e eu passei a abominar tudo que não tem os seus dedos. Eu quero ir embora. Você foi a única pessoa no mundo que me fez calar a boca e ouvir, que me fez sentar e esperar sem previsão de chegada. Eu quero ir embora. Por que eu não vou? Por que eu permaneço mais uma madrugada inteira numa festa que se parece o meu quarto, com pessoas que eu conheço tanto e não gostaria de estar? Porquê eu não tenho pra onde ir. Não importa pra onde eu vá, não vai ter você, não vai ser pra você. Então eu fico, eu enfrento, sorrio e converso, pareço interessada e digo que choro de vontade de estar num show dos Los Hermanos com todos os que estão ali, "efeito do álcool", o cara que mora com o meu amigo me diz, mas é porque ele não é você.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Pois é!
- Pois é, você tem que colocar numa balança: se você sente mais sentimentos que não são bons, apesar dos bons serem fortes, é melhor deixar de lado. Tem coisas que infelizmente não são pra nós, ou são difíceis de acontecer por um monte de motivos e temos que aceitar isso também. Pra vocês ficarem juntos, tem que te querer muito, porque será complicado, terá que ter muito empenho sabe?
- Pois é, eu nao caibo na vida dele agora e nem ele na minha.
- Pois é, e por mais que doa, às vezes é preciso aceitar isso né?
- Pois é, é preciso saber ir embora, saber a hora. O que causa sofrimento não é o final, é não aceitar que acabou.
- Pois é, por mais dificil que seja. Não ta sendo fácil ficar sem aquela comodidade, sem tudo, sem o lado bom...mas era precisa, era o melhor a ser feito, e nem sempre o melhor deixa de doer no começo né?
- É. Mas sei lá sabe... Eu vejo de dois modos, só não decidi ainda qual o modo certo. Tem esse lado
do sofrimento ser maior que o lado bom e não valer a pena e tem o lado que é que eu sempre encontro um milhão de problemas quando a coisa ta ficando séria pro meu lado. E fujo, eu não tenho paciência pra esperar por ninguém, por nada, porque eu vou embora antes. Problema todo relacionamento vai ter...será q vale a pena?
- Mas você acha que pode estar ficando sério? Que você está é fugindo?
- Não o relacionamento, eu não permitiria isso. Mas o que eu sinto, sim. Acho que fica assustador quando se começa a passar por cima dos obstáculos pra ficar juntos, isso me mete muito medo! Sei lá também, tenho certeza que se ele me pedisse em namoro hoje eu falaria que não e se a gente já tivesse namorando de antes, eu já teria desistido. Porque eu sou assim, eu entendo os homens porque o que eu gosto, assim como eles, é o desafio, é o não ter, não poder. Perde a graça depois que fica sério e eu fico com medo de me entregar e por isso vou embora antes.
- Ai, parece que você ta falando de mim! Credo! Eu sou exatamente assim, eu gosto do desafio e depois tudo perde a graça! Por quê somos TÃO complicadas? Não é possível! É por isso que todo mundo arranja alguém e a gente não! Porquê a gente nem sabe o que quer na verdade. Ou sabe e tem medo. Ou quer e na mesma hora nao quer.
- Pois é, ta todo mundo namorando. A gente ficou pra titia de verdade!
- Pois é, quem diria né? Por essa eu nao esperava! Mas... será que a gente quer namorar amiga?
- Eu não, me cago de medo!
- Eu também! Eu me cago e aí eu enjoo! Acho mil defeitos, acho tudo. Se eu gosto do cara, é porque ele não me dá tanta ideia
- Se eu gosto, é porquê eu não sabia que gostava, até que ele começa a cagar na minha cabeça e aí eu percebo! Sério, a gente não tem jeito!
- Ai! Por quê a gente é assim? Eu queria entender! Quando esse medo começou? Quando vai acabar?
- Pois é! Não sei quando começou! Pode ser em outra vida, muito possível! Mas também é coisa de hoje em dia! O casamento dos meus pais, por exemplo, o meu ex... Eu sempre ouvi muito as pessoas, sempre gostei, desde criança; e todo mundo sempre reclamou de casamento. A gente cresce ouvindo todo mundo falar que relacionamento é uma merda e depois esperam que a gente abstraia isso e perca o medo.
- Pois é.
- Pois é.
- Pois é, eu nao caibo na vida dele agora e nem ele na minha.
- Pois é, e por mais que doa, às vezes é preciso aceitar isso né?
- Pois é, é preciso saber ir embora, saber a hora. O que causa sofrimento não é o final, é não aceitar que acabou.
- Pois é, por mais dificil que seja. Não ta sendo fácil ficar sem aquela comodidade, sem tudo, sem o lado bom...mas era precisa, era o melhor a ser feito, e nem sempre o melhor deixa de doer no começo né?
- É. Mas sei lá sabe... Eu vejo de dois modos, só não decidi ainda qual o modo certo. Tem esse lado
do sofrimento ser maior que o lado bom e não valer a pena e tem o lado que é que eu sempre encontro um milhão de problemas quando a coisa ta ficando séria pro meu lado. E fujo, eu não tenho paciência pra esperar por ninguém, por nada, porque eu vou embora antes. Problema todo relacionamento vai ter...será q vale a pena?
- Mas você acha que pode estar ficando sério? Que você está é fugindo?
- Não o relacionamento, eu não permitiria isso. Mas o que eu sinto, sim. Acho que fica assustador quando se começa a passar por cima dos obstáculos pra ficar juntos, isso me mete muito medo! Sei lá também, tenho certeza que se ele me pedisse em namoro hoje eu falaria que não e se a gente já tivesse namorando de antes, eu já teria desistido. Porque eu sou assim, eu entendo os homens porque o que eu gosto, assim como eles, é o desafio, é o não ter, não poder. Perde a graça depois que fica sério e eu fico com medo de me entregar e por isso vou embora antes.
- Ai, parece que você ta falando de mim! Credo! Eu sou exatamente assim, eu gosto do desafio e depois tudo perde a graça! Por quê somos TÃO complicadas? Não é possível! É por isso que todo mundo arranja alguém e a gente não! Porquê a gente nem sabe o que quer na verdade. Ou sabe e tem medo. Ou quer e na mesma hora nao quer.
- Pois é, ta todo mundo namorando. A gente ficou pra titia de verdade!
- Pois é, quem diria né? Por essa eu nao esperava! Mas... será que a gente quer namorar amiga?
- Eu não, me cago de medo!
- Eu também! Eu me cago e aí eu enjoo! Acho mil defeitos, acho tudo. Se eu gosto do cara, é porque ele não me dá tanta ideia
- Se eu gosto, é porquê eu não sabia que gostava, até que ele começa a cagar na minha cabeça e aí eu percebo! Sério, a gente não tem jeito!
- Ai! Por quê a gente é assim? Eu queria entender! Quando esse medo começou? Quando vai acabar?
- Pois é! Não sei quando começou! Pode ser em outra vida, muito possível! Mas também é coisa de hoje em dia! O casamento dos meus pais, por exemplo, o meu ex... Eu sempre ouvi muito as pessoas, sempre gostei, desde criança; e todo mundo sempre reclamou de casamento. A gente cresce ouvindo todo mundo falar que relacionamento é uma merda e depois esperam que a gente abstraia isso e perca o medo.
- Pois é.
- Pois é.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Carta para mim.
Eu espero que daqui a uns 10 anos você aí do futuro não esteja ocupada demais com seus mil e um planos adolescentes que se acha adulta a ponto de não voltar aqui e me ler às vezes. Me ler não, se ler, não sei, isso não importa muito agora. Só quero te pedir que daí onde você está, se coloque no meu lugar e olhe com carinho pra essa criança perdida que vos fala agora. Pra que lembre do dia de hoje, e ache graça e tenha ainda mais vontade de crescer e ser diferente de tudo que hoje te obrigam a ser. Espero que hoje você não seja mais uma vez a menina com uma receita médica ou com dores maiores que a própria alma, que ou você tenha arrumado uma maneira de finalmente se aceitar ou uma forma de não precisar mais desse tipo de ajuda que tanto necessita e tanto abomina. Que você olhe pro que tem hoje e se sinta ainda mais feliz comparado ao que tinha. Sim, eu sei que hoje eu me considero mais feliz que ontem, então espero que amanhã, você se considere mais feliz que hoje. E por favor, já esteja com a vida meio engatilhada, ok? Vou ficar aqui torcendo pra você ter parado com esse papo de não querer relacionamentos, compromissos, casamento e, principalmente, filhos. Venhamos e convenhamos, a gente quer ter filhos e ainda tem uma pontinha de esperança de que as coisas possam se diferentes do que insistimos em acreditar...lembra disso, ta? Dos nossos sonhos.
Não se preocupe se você não conseguiu fazer seu mestrado fora do país, senão falar 3 línguas ou ainda não voou de balão, ok? Pensa no que você tem, no que você fez. Você não vai ficar pra titia, claro, se você deixar de ser chata, parar de colocar defeito em todo mundo e de fugir cada vez que o caso fica sério, vai ajudar bastante. Eu sei que você não conhece nem a metade dos lugares que planejou, mas eu te garanto que isso é porque sua lista de lugares pra conhecer triplicou, certo? Espero que tenha acontecido o mesmo com a lista de livros que você já leu.
Tomara que você não tenha perdido a mania de revelar fotos, começar os livros pelo final, ouvir com atenção e fazer sempre o contrário do que todo mundo acha que deve. Tomara que você ainda escreva, mesmo que em um arquivo secreto do word, pelo menos de vez em quando. Tomara que não tenha desistido de trabalhar na área que gosta por não conseguir grana com isso.
Agora o que eu quero mesmo é que você possa desconsiderar todos esses conselhos, que você leia e perceba que não precisa deles, que a nossa vida seja muito melhor do que o pessimismo, que a gente chama de "se preparar para". Que a gente tenha se tornado o puta-mulherão tão falado, que a gente acredite nos sonhos como na lei da gravidade e que ainda tenha muita fé.
"vê lá o que você vai fazer" - diz a mulher trintona
"e vê lá como você vai contar" - sorri a menina de 22.
Não se preocupe se você não conseguiu fazer seu mestrado fora do país, senão falar 3 línguas ou ainda não voou de balão, ok? Pensa no que você tem, no que você fez. Você não vai ficar pra titia, claro, se você deixar de ser chata, parar de colocar defeito em todo mundo e de fugir cada vez que o caso fica sério, vai ajudar bastante. Eu sei que você não conhece nem a metade dos lugares que planejou, mas eu te garanto que isso é porque sua lista de lugares pra conhecer triplicou, certo? Espero que tenha acontecido o mesmo com a lista de livros que você já leu.
Tomara que você não tenha perdido a mania de revelar fotos, começar os livros pelo final, ouvir com atenção e fazer sempre o contrário do que todo mundo acha que deve. Tomara que você ainda escreva, mesmo que em um arquivo secreto do word, pelo menos de vez em quando. Tomara que não tenha desistido de trabalhar na área que gosta por não conseguir grana com isso.
Agora o que eu quero mesmo é que você possa desconsiderar todos esses conselhos, que você leia e perceba que não precisa deles, que a nossa vida seja muito melhor do que o pessimismo, que a gente chama de "se preparar para". Que a gente tenha se tornado o puta-mulherão tão falado, que a gente acredite nos sonhos como na lei da gravidade e que ainda tenha muita fé.
"vê lá o que você vai fazer" - diz a mulher trintona
"e vê lá como você vai contar" - sorri a menina de 22.
Agradecimentos
Meu nome é Amanda Neves Rastrelli, tenho 22 anos (a idade da loucura!) e curso psicologia na UFF. Comecei a escrever quase no mesmo momento que dei o primeiro choro, quando saí de uma bolsa de sangue pra mergulhar no mundo. Sim, tem gente que acha que escrever é papel, caneta e letras, pra mim, é construir histórias, diálogos e poesias dentro da própria mente. Decidi criar um blog, à princípio, para que as cartas que eu escrevia e não tinha coragem de mandar, chegassem aos meus amigos e amores através de links em suas redes sociais. Hoje, quando já tenho coragem de "falar na cara" e mudei meu modo de escrever, não consigo imaginar meus dias sem pelo menos 15 minutos dedicados às letras.
Entretanto esse texto não é pra dizer sobre mim, meus amores, família ou amigos, esse texto é sobre você, caro amigo. É graças à você que nos últimos 4 meses eu não passo um dia sem um elogio ou identificação e digo, que cada detalhe nostálgico, vale a pena para que no final eu ouça um “nossa, naquele texto parece que você escreveu sobre mim” ou “eu não sabia o que fazer, fiquei desesperada, daí eu li seu blog e lá encontrei auxílio”. Por muito tempo, morri de vergonha e medo que alguém me lesse, não queria lidar com críticas ou pensamentos alheios. Por muito tempo eu não quis me mostrar para que não perdesse as poucas pessoas que consegui conquistar, acho que isso passou com a liberdade interna que conquistei com o benditos problemas que arranjei pela vida e agradeço, imensamente, por você estar aqui, em silêncio, sem comentários aqui em baixo, dedicando alguns minutos da sua preciosa existência lendo a minha emoção. Não sou escritora e nem sei se pretendo ser e é exatamente por eu ser só uma pessoa normal que traduz sentimentos em palavras, que agradeço ainda mais e mais uma vez pelo reconhecimento descabido.
Ao contrário do que a maior parte dos meus amigos acham, nem tudo que está escrito aqui (na verdade, quase nada) é sobre mim e é então que mais uma vez o texto volta a ser sobre você, porque é inspirada na sua história que eu escrevo a minha, o mundo. E é devido à multidão que me atravessa e que me habita, que eu me permito mudar tantas vezes de ideia, de valor e de direção. O que eu desejo à você nesse ano? Exatamente isso: novas idéias, novos valores, novas direções, que direta ou indiretamente eu possa fazer a você o mesmo que você faz em mim: mudar toda uma vida. E isso eu digo aos que me inspiram histórias e aos que, pela vida inteira ou apenas por algumas semanas, são protagonistas dela.
Entretanto esse texto não é pra dizer sobre mim, meus amores, família ou amigos, esse texto é sobre você, caro amigo. É graças à você que nos últimos 4 meses eu não passo um dia sem um elogio ou identificação e digo, que cada detalhe nostálgico, vale a pena para que no final eu ouça um “nossa, naquele texto parece que você escreveu sobre mim” ou “eu não sabia o que fazer, fiquei desesperada, daí eu li seu blog e lá encontrei auxílio”. Por muito tempo, morri de vergonha e medo que alguém me lesse, não queria lidar com críticas ou pensamentos alheios. Por muito tempo eu não quis me mostrar para que não perdesse as poucas pessoas que consegui conquistar, acho que isso passou com a liberdade interna que conquistei com o benditos problemas que arranjei pela vida e agradeço, imensamente, por você estar aqui, em silêncio, sem comentários aqui em baixo, dedicando alguns minutos da sua preciosa existência lendo a minha emoção. Não sou escritora e nem sei se pretendo ser e é exatamente por eu ser só uma pessoa normal que traduz sentimentos em palavras, que agradeço ainda mais e mais uma vez pelo reconhecimento descabido.
Ao contrário do que a maior parte dos meus amigos acham, nem tudo que está escrito aqui (na verdade, quase nada) é sobre mim e é então que mais uma vez o texto volta a ser sobre você, porque é inspirada na sua história que eu escrevo a minha, o mundo. E é devido à multidão que me atravessa e que me habita, que eu me permito mudar tantas vezes de ideia, de valor e de direção. O que eu desejo à você nesse ano? Exatamente isso: novas idéias, novos valores, novas direções, que direta ou indiretamente eu possa fazer a você o mesmo que você faz em mim: mudar toda uma vida. E isso eu digo aos que me inspiram histórias e aos que, pela vida inteira ou apenas por algumas semanas, são protagonistas dela.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Redenção
Descobri hoje que não posso mais divulgar o meu blog em outras redes sociais. E junto dessa descoberta, veio uma vontade imensa de cessar minhas palavras. De alguma forma, senti que já está repetitivo, em especial, tudo que digo de você. É certo que entre a vontade e a realidade, cabem "três vidas inteiras" e eu sei que quando eu decidir cessar palavras, é porque dentro de mim, algo morre.
Não pense que desisti, eu ainda espero por você, como na primeira vez, eu ainda sinto e muito por você, acho que o problema é comigo, quando fica fácil demais, não vejo motivo pra continuar, quando fica difícil demais minha despedida é iminente. Entre nós, há muito mais do que a distância física, entre nós, há traumas demais, medo demais, covardia demais e hipocrisia demais, das duas partes. E ao mesmo tempo que sou tomada pela certeza de que não há como insistir nisso, me convenço a cada dia que não tem como desistir: somos irresistíveis. E também por isso, preciso parar de gastar o que eu sinto com palavras, assim como precisamos parar de gastar o que sentimos com indecisões, desencontros e complicações. Preciso parar de querer buscar uma resposta que não existe e deixar que a vida tome seu rumo, siga seu fluxo. A partir daqui, não deixo só as palavras pra você, mas a certeza de que fiz tudo que podia, agora, é com o destino.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Redenção - o aniversário
Dizem que esse ano o mundo acaba. Não decidi ainda se acredito ou não, pode parecer maluquice de gente apavorada feito quando chegou o ano 2000, não sei. Sei que toda vez que estou aqui, na boa, sem nem lembrar da sua existência, do seu cheiro ou da sua voz, me vem à cabeça que este pode ser o último ano das nossas vidas e, admito, eu gostaria de passar o último ano da minha vida com você. Pode parecer exagero ou drama demais, mas esse lance de estar juntos , na verdade, sempre é exagerado e dramático.
Ontem foi meu aniversário e eu juro que nem por um minuto desejei que você estivesse comigo. Já tinha gente demais pra eu dar atenção, tava tudo tão lindo e completo e...aí cantaram parabéns e depois, "com quem será?", sabe essa musiquinha que a gente canta pra criança quando ela tem um namoradinho na escola e todo mundo implica (perdi a conta do número de vezes que isso fez com que eu me escondesse debaixo da mesa e só saísse de lá depois do meu pai ameaçar me deixar de castigo)? Então! E eu estava morrendo de rir disso até que, no final da canção, falaram seu nome. Fechei a cara na hora, deu medo. Medo porque sei que o meu querer é a contramão da realidade, medo porque essa é a idade da loucura e, pra mim, não teria loucura maior do que estar ao seu lado e no entanto, sei que preciso procurar outras formas de extravazá-la. Medo porque a cada dia que passa menor fica o que sinto e eu queria tanto que crescesse, eu queria tanto poder dividir com você todos os sorrisos que tenho dado, mas ao invés disso, restam-me apertos no peito quando eu penso sobre o fim do mundo, sobre o último ano da humanidade, a idade da loucura e tudo que eu sonhei pra nós.
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Ele.
Eu jurei não escrever mais sobre você e a cada vez que escrevo, re-juro a mesma coisa. Como me disseram uma vez, a gente nunca cumpre as promessas que fazemos a nós mesmos.
Não sinto mais nada por você. Tanto faz falarem o seu nome ou do figurante da novela das 6 perto de mim, meu coração nem se comove. A única diferença entre você o figurante é que eu não penso no figurante toda vez que vejo um menininho loirinho com cachinhos caindo pelo rosto. Você que tirou meu sono, minha paz, meu ar durante tanto tempo e hoje não me causa nada além de indiferença, você que foi contra tudo que planejei, sonhei, acreditei. Você que seria o melhor pai do mundo e que hoje não poderia ser feito de amor, como a gente dizia. Eu não sinto mais nada, só a ausência de uns sonhos despedaçados que hoje eu só acredito que existiram pelas fotos. E pelas cartas. E também pelos meninos loiros que passam por mim diariamente e que nunca deixam de me lembrar o rosto do filho que eu quis.
Não sinto mais nada por você. Tanto faz falarem o seu nome ou do figurante da novela das 6 perto de mim, meu coração nem se comove. A única diferença entre você o figurante é que eu não penso no figurante toda vez que vejo um menininho loirinho com cachinhos caindo pelo rosto. Você que tirou meu sono, minha paz, meu ar durante tanto tempo e hoje não me causa nada além de indiferença, você que foi contra tudo que planejei, sonhei, acreditei. Você que seria o melhor pai do mundo e que hoje não poderia ser feito de amor, como a gente dizia. Eu não sinto mais nada, só a ausência de uns sonhos despedaçados que hoje eu só acredito que existiram pelas fotos. E pelas cartas. E também pelos meninos loiros que passam por mim diariamente e que nunca deixam de me lembrar o rosto do filho que eu quis.
domingo, 8 de janeiro de 2012
Enquanto sonho.
E eu, que só não esqueço a cabeça porque é colada no pescoço, decidi, inconscientemente, te perpetuar em mim. Pode parecer difícil, vindo de alguém que sempre esquece se passou ou não shamppo durante o banho, mas não é. Pensar e repensar você já se tornou hábito, olha aqui eu, que sempre morri de medo da rotina, fazendo-a presente sem cansar-me, fazendo presente a vigência de que pra um final feliz existir, não precisa de um amor perfeito, tampouco de um final. Eu, veja só, preciso apenas da lembrança da claridade dos seus olhos iluminando o negro da minha alma enquanto sonho.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Não é de hoje que tento descobrir o significado e o sentido dele, o amor. Parece que esse vai ser o seu ano, julgo isto pelo fato de estar sendo emocionalmente preparada pra ele desde a virada, por ter sido escolhido como assunto no primeiro dia do ano quando o álcool se apossou dos meus reflexos, por me perseguir em todos os lugares que estou. Tenho visto que talvez, ele não seja tão ruim, que talvez a amargura dos mais velhos que me falam mal do mesmo seja fruto de falta de entendimento, de respeito e de encontros, não sei. Não sei se consigo acreditar em algo que te tira de órbita, que te faz colocar o outro na frente de si mesmo, que te faz querer que dois mundos se tornem um só, que duas vidas sejam uníssonas e únicas.
Não sei se estou pronta, sei que com você espero que seja diferente, com você eu espero encontrar o sentido que todo mundo diz que não deve ter. Depois de passar tanto tempo em relacionamentos feitos pra acabar, espero nos ver juntos no futuro. E por esperar demais, sou tomada pelo medo e me despeço a cada noite, pra acordar te desejando mais e te querendo mais. Eu te peço, enfim, por favor, por favor, por favor, não seja só mais um. Não me deixe sair por aquela porta, não me deixa te dizer adeus depois de tantos planos que eu fiz pra nós. Não me deixa aqui acreditando que o amor é toda a tristeza, a co-dependência, a perda de tempo que a muito eu vejo. Vamos experimentar entender que sentir não é de todo ruim e que talvez tudo de ruim que a gente plasme seja só medo e covardia pra estar juntos. É o ano do amor, bebê. E só vai ser possível com você.
Não sei se estou pronta, sei que com você espero que seja diferente, com você eu espero encontrar o sentido que todo mundo diz que não deve ter. Depois de passar tanto tempo em relacionamentos feitos pra acabar, espero nos ver juntos no futuro. E por esperar demais, sou tomada pelo medo e me despeço a cada noite, pra acordar te desejando mais e te querendo mais. Eu te peço, enfim, por favor, por favor, por favor, não seja só mais um. Não me deixe sair por aquela porta, não me deixa te dizer adeus depois de tantos planos que eu fiz pra nós. Não me deixa aqui acreditando que o amor é toda a tristeza, a co-dependência, a perda de tempo que a muito eu vejo. Vamos experimentar entender que sentir não é de todo ruim e que talvez tudo de ruim que a gente plasme seja só medo e covardia pra estar juntos. É o ano do amor, bebê. E só vai ser possível com você.
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
primeiro
To com tanta saudade de você que daria pra escrever um livro. Não só com a saudade, digo, mas com a nossa história. Nela caberia os sonhos de ser “Pedro e Julia”, a tristeza da despedida, as incertezas de duas crianças que diziam se amar mesmo não fazendo ideia do que era o amor. Olha, eu ainda não sei o que é amor, mas posso dizer que se ele existe nas entrelinhas da minha história sem que eu sequer perceba, foi graça as você. Graças à felicidade dos nossos encontros, desencontros e reencontros, graças a confiança, carinho e respeito que temos. Nosso futuro se transformou em algo totalmente diferente do que sonhamos, mas pode ter certeza, a cada vez que sei de você, é como no dia que eu te descobri: 6ª série, colégio militar e algumas piadas idiotas. É como se tudo se renovasse e eu percebesse que não adianta prever o destino, não de uma maneira ruim, mas por ele ser muito melhor. Saudade sempre.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
"Eu sempre achei ridículo essa gente que chama o namorado ou a namorada de Vida" "pior que isso só colocar foto de casal no perfil" "mas todo mundo faz, já viu?" "ah, hoje em dia todo mundo faz tudo e nem pensa" "sei lá, às vezes acho que o problema é comigo" "como assim?" "eu não nasci pro amor" "mas você mesma disse que vive se apaixonando" "mas eu nunca consigo ter um relacionamento a partir da paixão" "mas sente" "sinto paixão, amor vem depois" "depois de quê?" "depois que a afobação passa ué. O amor é a calma" "ah, mas e isso de loucura de amor?" "não acredito, pra mim a maior loucura é estar amando" "como assim?" "sentir amor é maior que qualquer coisa, é enfrentar a si mesmo todo dia dizendo que aquilo é o mais importante" "por isso as pessoas que amam chamam uma a outra de vida" "por isso que eu não amo ninguém" "mas se apaixona e se confunde" "mas quando eu percebo que to me confundindo eu vou embora" "isso é errado" "errado é deixar que o sentimento seja maior que si mesmo, isso só por filho" "meu ônibus chegou. Tchau" "Tchau. Prazer em te conhecer" "Igualmente"
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Quereres
Quero que você saiba que eu entendi. Depois de muita briga, muita raiva, muito espernear, eu vi. E vendo, pude sentir com o coração e não com o orgulho. A gente tem dessas na vida: de sentir sem usar o sentimento, nos enchemos de razão e acreditamos que ela no guia pro mesmo caminho que a consciência não nos cobrará no futuro, leso engano, se não agirmos com o coração, hora ou outra a culpa assola. Sei que um novo ano começa e com ele, uma nova vida se inicia dentro de mim. Pode parecer exagero, mas a cada meia noite de cada dia trinta e um de dezembro, ratifico a certeza de que ganhei uma folha em branco pra escrever, desenhar, transbordar e espero com afinco que com o novo ano, a gente ganhe uma nova chance, nessa nova vida, de fazer diferente. Palavras não voltam, eu sei, mas não vejo isso como uma coisa ruim, pelo contrário, vejo como uma chance de fazer os atos serem tão maiores que o que foi dito seja substituído. Convido-te então para um novo começo, sem medo, receio, recalque, sem travas ou comparsas e que dessa vez a gente consiga ver com os olhos da alma tudo que o corpo trava.
Não olha agora.
Não olha agora porque quando eu te olhar de novo, vai ser pra dizer adeus. Vou levar comigo meus gibis e cds do Chico Buarque e te deixar toda dor e cada detalhe em mim que eu sei que você não quer esquecer. É fácil me dizer o que fazer quando se sabe que não será feito. Deve ter sido fácil me deixar falando sozinha, não ouvir as minhas preces, me tratar como qualquer uma exatamente por você cogitar que o adeus nunca viria. Estou aqui. Estou aqui arrumando minha mala e tirando de dentro dela tudo que lembra você. Tem uma sacola de lixo pros seus bilhetinhos, pros nossos primeiros ingressos de cinema, pro origami que você fez com o papel da primeira bala que me deu; tem outro pras suas fotos: suas caretas, nossos beijos e sorrisos bordado no papel e a cada vez que jogo alguma coisa no lixo, é como se eu jogasse também uma parte de nós, do que sinto. Não olha agora, porque quando me olhar de novo, não vou mais estar aqui. Não olha agora porque se você olhar de novo, eu não vou querer ir.
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