terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Não olha agora.
Não olha agora porque quando eu te olhar de novo, vai ser pra dizer adeus. Vou levar comigo meus gibis e cds do Chico Buarque e te deixar toda dor e cada detalhe em mim que eu sei que você não quer esquecer. É fácil me dizer o que fazer quando se sabe que não será feito. Deve ter sido fácil me deixar falando sozinha, não ouvir as minhas preces, me tratar como qualquer uma exatamente por você cogitar que o adeus nunca viria. Estou aqui. Estou aqui arrumando minha mala e tirando de dentro dela tudo que lembra você. Tem uma sacola de lixo pros seus bilhetinhos, pros nossos primeiros ingressos de cinema, pro origami que você fez com o papel da primeira bala que me deu; tem outro pras suas fotos: suas caretas, nossos beijos e sorrisos bordado no papel e a cada vez que jogo alguma coisa no lixo, é como se eu jogasse também uma parte de nós, do que sinto. Não olha agora, porque quando me olhar de novo, não vou mais estar aqui. Não olha agora porque se você olhar de novo, eu não vou querer ir.
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