domingo, 8 de abril de 2012

Estrelas.

Qualquer pessoa do mundo te pediria em casamento agora. Ou pelo menos pegaria o próximo ônibus rumo aos seus braços e nunca mais sairia de lá. Eu não. E muito provavelmente isso faz de mim uma pessoa covarde, pela primeira vez na vida, eu não me envergonho disto. Apenas porque sei que não nasci pra relacionamentos, que o fim é sempre iminente e que a cada dia que passássemos juntos seria menos um dia ao seu lado. Do jeito que somos e estamos, sei que seremos pra sempre e me parece boçal escolher o pouco se eu posso ter o muito.
Outro dia, nos afundamos numa discussão sobre as coisas terem ou não seu próprio tempo. De um lado, eu usava Geraldo Vandré como mantra e embasava meus argumentos em "quem sabe faz a hora, não espera acontecer", do outro, você me dizia de maturidade e maturação, escolhas e pessoas, não chegamos a um ponto comum, como de costume, mas hoje eu vejo que se a gente não tem coragem de fazer acontecer e tampouco o tempo certo chega, é um modo do Universo dizer-nos que podemos ser pra sempre se nos aceitarmos como irmãos. Ou talvez, e muito provavelmente, que deixemos de ser ansiosos, porque fazendo acontecer ou esperando a hora certa, a nossa hora há de chegar.

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