segunda-feira, 28 de maio de 2012

Amor maior.

Já faz um tempo que estou com esse texto pronto na mente, não escrevi antes porque sempre acho pouco pro tamanho do sentimento. Sempre acho que não vou conseguir explicar pra alguém, talvez por minha falta de capacidade de entender, que desperta meu amor por ser exatamente da maneira que é, que tem toda a minha admiração justamente por não se esforçar pra conseguí-la, você não imagina o quanto gosto disso.
Gosto de te ouvir cantar música brega pela casa enquanto eu tomo banho, de saber que você tá no andar de baixo mexendo nos meus livros tentando achar algo que se identifique. Gosto de dormir de conchinha, de como você se joga em mim, de como esquece do orgulho pra pedir carinho. Das piadas idiotas, das implicâncias irritantes, das críticas exageradas. Gosto de passar tardes discutindo psicanálise e religião mesmo quando uma das duas não entende do assunto, de como você faz questão de me ter por perto, dos lanches que você inventa e prepara pra mim, por você apoiar e dar corda pras minhas maluquices e estranhezas. Gosto das suas músicas tristes, dos seus seriados ridículos, das suas frases feitas que sempre fazem sentido. Gosto porque sei que posso contar com você mesmo quando eu erro, mesmo quando está chateada. De quando você repete a mesma coisa mil vezes, dá uma de mãe, reclama de tudo que eu faço e falo, ri dos meus dramas. Da sua inteligência, da sua esperteza, do seu dom pra falar merda até conseguir me fazer rir. Gosto da sua liberdade de preconceitos nesse mundo onde todo mundo aponta o dedo sempre e no final finge que não, por seu saber que com você posso ser qualquer coisa, posso falar e pensar absolutamente tudo sem ser julgada, sem medo. De te ouvir dizer "você é a primeira pessoa pra quem conto isso", por poder dizer "nunca ninguém além de você vai saber isso", por termos a mesma vibe, por sermos tão diferentes e tão iguais. Gosto de te encher de demonstrações de afeto mesmo que você se irrite, de poder dividir meu mundo com você, do bico que você faz pra falar oi. De te ver sorrindo entortando o pescoço e esfregando a barriga do jeito mais sincero que já vi, do respeito e carinho incondicional que trata a sua família. Gosto, mesmo me irritando, de você sempre deixar a pasta de dente destampada, de sempre jogar sua roupa pelo meu quarto, de sempre perder tudo na minha casa, por ter mais calcinhas na minha casa do que na sua. Eu gosto dessa implicância por ciúme que evoluiu tanto se transformou nesse amor tão bonito que a gente sente. Gosto do seu jeito autoritário e pseudo-arrogante, da sua sinceridade tão marcante, das suas ligações bêbada de madrugada, do seu jeito "não to nem aí" "ninguém tem nada com isso" "eu faço o que quero" "eu me banco" "eu sou assim". Você é um dos meus maiores motivos de orgulho nessa vida e é muito bom saber que eu posso me dividir com você por completo, sem máscaras, sem poréns, sem medo. "Você é o neném mais lindo que eu tenho", a pessoa pra quem eu mais dou amor, amor de verdade, sem esperar nada em troca, mesmo que só tenha me dado conta disso de umas semanas pra cá. Eu sei que a gente ainda vai brigar muito, se odiar, se chamar de burra ignorante, mas pode ter certeza que por você eu sempre vou voltar atrás, sempre vou tentar de novo, pra te fazer sorrir.

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