quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Diálogos bêbados (e não-etílico)

- Pode falar?
- Posso sim...
- Já se mudou?
- Ainda não, mudo no final dessa semana.
- Quero te mandar uma coisa, me fala um email que ninguém tenha sua senha.
- Ninguém tem senha nenhuma minha.
- Mando na sexta.
- Na véspera?
- Era pra ser semana que vem, por isso.
- Ah sim!
- Tudo bem aí? Tá fazendo o que?
- Sim, num bar ouvindo blues. Você iria gostar.
- Seria a boa ouvir música boa.
- Quê que você ta fazendo?
- Falando com você, ué.
Por quê?
- Pra saber. E por saudade.
- Quer me ligar? Essas paradas são fodas.
- Não dá, pra sair da minha mesa passo no meio do palco.
E ouvir sua voz seria pior.
- Você que sabe.
- Ignorante, como sempre.
- Ouvir minha voz vai ser pior? Só você mesmo! Ainda me trata mal!
- Se isso é tratar mal, não sei o que é tratar bem.
- Sabe me tratar bem sim.
Ou sabia, sei lá.
- É, não sei,
- Sei lá também.
Acabou o assunto comigo?
- Você me irrita.
- Eu te irrito? Então vou dormir.
- Não!
Você tem permissão pra me irritar!
- Então tá tranquilo.
- Sua mãe ta felizona que você tá namorandinho neah?
- Parece que sim, mas porque você ta falando isso?
- Tava todo mundo achando que você não tinha coração, daí aparece essa mina arrebatadora aí.
- Pior que tava desse jeito mesmo! Arrebatadora foi foda.
- Pra te fazer namorar...pago pau!
- Paga pau? Você é foda!
- Conseguiu o que nunca conseguirei.
- Nossa...
Oi?
Oi?!?!
Ooooi?
- O que você quer que eu responda?
- Só tava zuando, pára.
- Olha o que você fala.
- Pára de viajar.
- Oi?

Oi?!?!
Ooooi?
- Ta.
- Vou parar de te perturbar.
- Ta.
- Vai ficar me tratando assim?
Pelo menos da pra me responder?!
- To normal, ué! Não to chateada não! (:
- Aham. To vendo o tratamento normal.
- Desculpa, eu não gosto que você namore,
- Entendi e não entendi ao mesmo tempo.
- O que você não entendeu?
- Que você não gosta. Você t;a aí com um carinha e tal. Situações iguais.
- A diferença é que se eu pudesse escolher estaria com você. Não fui eu quem decidi que as coisas fossem como são.
- Aham, to ciente das coisas. Me desculpa se falei alguma merda aqui hoje pra você.
- Olha como você é.
- O que eu fiz agora?
- Você fala como se eu estivesse implorando.
- Você sabe que eu não acho isso! Você viaja, não acho nada disso. Viaja! Se liga, vou ter que dormir que preciso acordar cedo amanhã.
- Ok. Beijos.
- Boa noite, não queria me despedir assim de você esse noite.
- Assim como?
Pode me deixar falando sozinha mesmo,.




- Dormi com o celular na mão...desculpa.
- Sem problemas, volte a dormir.
- To indo, durma bem. Beijos. Muitos.
- Você também.
- Valeu por ter conversado comigo desse jeito hoje, até mais.
- Espero que não seja ironia. Eu que agradeço por você existir.
- Você me conhece. Beijos.

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