Na
contra-mão do medo de escrever qualquer coisa que registre tal momento
conturbado, transbordo sentimentos pelos dedos antes que eles escorram em uma
ligação telefônica, um email, uma garrafa de vodka. Eu corri e quem hoje
critica meu sorriso idiota quando ouço sua voz do outro lado da linha, não deve
lembrar do quanto eu corri de você e de tudo que eu sinto. Corri tanto que hoje
de manhã tive que marcar um encontro com tudo que realmente sinto pra me
lembrar. Eu esqueci tão bem da parte de mim que você habita que preciso retirar
algumas camadas de medo e repulsa pra acessar, pra entender que tudo que
vivemos teve um saldo muito mais positivo do que negativo. Eu estou escaldada e sei que ainda vou ficar
assim por um bom tempo, porque se de hoje pra amanhã você decide que não é nada
disso que quer, que foi um erro, eu estou bem. Porque se quando você se der
conta que entre nós nunca vai ser “só um encontro” e quiser desistir mais uma
vez, eu vou ficar bem. Porque quando eu
me der conta da loucura que estou fazendo e perceber que você nunca vai sentir
por mim nem metade do que sinto por você, eu vou ficar bem.
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